Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

Francisco Louçã

Francisco Louçã

Francisco Louçã, nascido em Lisboa, economista. Foi deputado (1999-2012) e é professor de economia na Universidade de Lisboa. Os últimos livros que publicou foram "A Dividadura" e "Isto é um Assalto" (Bertrand, 2012 e 2013), ambos com Mariana Mortágua, "Os Burgueses" (Bertrand, 2014, com J. Teixeira Lopes e J. Costa) e “A Solução Novo Escudo” (Lua de Papel, 2014, com João Ferreira do Amaral). Também se dedica agora a este Tudo Menos Economia e ao que mais se verá.

30 de Novembro de 2017, 19:16

Zé Pedro e os X&P, uma geração de combate que reinventou Portugal

Surpreendido pela morte do Zé Pedro, como se não soubessemos todos o que ele passou, mas como pode morrer alguém como ele?, aqui vos trago algo que escrevi para os Xutos há um par de anos. É a minha homenagem a um rockeiro de combate. Trinta e quatro anos é o tempo de uma geração. Esta inventou Portugal moderno, retirou-o do século passado, trouxe-o para a Europa e ouviu outros sons das Américas e das Áfricas, brincou com o fado,… Continuar a ler ›

29 de Novembro de 2017, 00:48

Minha cara cliente,

Já sabe do inquérito que aqui lhe estendo: de que clientela é vocelência? Porque a sociedade à beira mar plantada está dividida entre as clientelas, portanto malévolas e interesseiras, e os garbosos cavaleiros da virtude pátria. Todas as vozes autorizadas se conjugam nesta certeza, a de que as clientelas tomaram conta do fraco do primeiro-ministro e procedem a esventrar o orçamento, comendo-lhe nacos sangrentos, tudo num apetite que compromete o futuro de Portugal. É portanto de grande responsabilidade a escolha… Continuar a ler ›

25 de Novembro de 2017, 00:05

Dois anos entre Belzebu e Lúcifer

Pois passaram dois anos sobre a tomada de posse deste governo. Se se lembra do início, pode medir o caminho seguido: o presidente Cavaco Silva tocou as trombetas do apocalipse, enunciando uma Nato furibunda, uma União Europeia assustada, uma burguesia de malas feitas e uma sociedade afundada. O presidente foi-se embora e o governo lá singrou, nem precisou de muito para confirmar uma maioria capaz e resultados que desbarataram a contestação da direita, para mais prejudicada pelo voluntarismo simpatizante do… Continuar a ler ›

22 de Novembro de 2017, 10:06

Vá lá, não se façam de novas

Ninguém notou, quanto em 2004 uma investigação do Senado norte-americano sobre a fortuna do ditador chileno Augusto Pinochet identificou as dependências das Ilhas Caimão e da Florida do BES como veículos para a ocultação dos dinheiros e fuga ao fisco? Vá lá, toda a gente notou. O BES fez mesmo um comunicado de imprensa contra quem, como este cronista que aqui assina, chamou a atenção para as conclusões do relatório. Ninguém notou quanto em 2009 o BCP português foi forçado… Continuar a ler ›

18 de Novembro de 2017, 00:32

Os bons desejos do Dr. Júdice

Quem comenta, seus males espanta? Nem sempre. José Miguel Júdice, comentador TVI, tem a sina de se enganar quando trata da esquerda, o que ficou evidente no seu anúncio solene de que o PCP se absteria no Orçamento. Era coisa garantida depois das autárquicas, aí vinha uma orgulhosa abstenção. A conta era esdrúxula, pois implicava que, para que o orçamento ainda assim fosse aprovado pondo-se o PCP de lado (15 votos), o PS votasse com o Bloco, o PAN e… Continuar a ler ›

15 de Novembro de 2017, 11:13

O risco da intoxicação de banalidade

O episódio do Panteão tem mais significado pelo que não diz do que pelo que diz. Não é que não tenha graça em si mesmo. De facto, ele revela todos os tiques da política: o governante que assinou o despacho abrindo a porta à mercantilização do espaço atira-se para a televisão indignado por ter sido usada essa técnica de financiamento que ele inventou, mas não se lembra se ele próprio autorizou coisa parecida; o secretário de Estado do turismo do… Continuar a ler ›

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