Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

Francisco Louçã

Francisco Louçã

Francisco Louçã, nascido em Lisboa, economista. Foi deputado (1999-2012) e é professor de economia na Universidade de Lisboa. Os últimos livros que publicou foram "A Dividadura" e "Isto é um Assalto" (Bertrand, 2012 e 2013), ambos com Mariana Mortágua, "Os Burgueses" (Bertrand, 2014, com J. Teixeira Lopes e J. Costa) e “A Solução Novo Escudo” (Lua de Papel, 2014, com João Ferreira do Amaral). Também se dedica agora a este Tudo Menos Economia e ao que mais se verá.

22 de Dezembro de 2017, 11:07

Em tempo de guerra, não se limpam as armas?

Os factos são muito teimosos. As eleições na Catalunha deram uma maioria confortável aos partidos cujos dirigentes estão presos ou fora do país, mesmo depois de uma vaga repressiva com a convocação de milhares de guardas civis para impedirem um referendo, a dissolução das autoridades eleitas, a prisão de responsáveis de associações e de governantes e a proibição de, sendo candidatos, participarem na campanha eleitoral. Esse resultado é impressionante e demonstra que o desafio catalão beneficiou de Rajoy. Esperava Rajoy,… Continuar a ler ›

19 de Dezembro de 2017, 12:43

A angústia do tesoureiro antes do penalti

Talvez seja melhor fazer um desenho para que os que se fazem de inocentes percebam o sinuoso percurso da factura de um spa no Brasil. A cliente chegou ao hotel e fez a sua vida, mas depois terá de fazer o check out. A factura é então emitida pelo hotel e inclui várias despesas: a pernoita e os consumos extra, nalguns casos pode ser o pequeno almoço ou uma garrafa de água ou uma sessão de spa. É paga pela… Continuar a ler ›

15 de Dezembro de 2017, 13:13

O que começa mal, acaba pior?

1 . O caso da Raríssimas é um exemplo de como o que começa mal acaba pior. Mas, no meio da pândega de coluna social em que isto se tornou, convém distinguir no terceiro sector o que responde por cuidados necessários e o que é “guito” e BMW. Não é fácil fazê-lo, porque o caso se presta a todas as derivações: a indiferença exibida quanto às dificuldades das contas, contrastada com a pressa da cobrança das prebendas, só pode chocar;… Continuar a ler ›

12 de Dezembro de 2017, 15:54

Valha-me Deus, a Justiça é discutida

Os casos sucedem-se: primeiro foi o juiz Neto de Moura e os seus pergaminhos que condenam à morte a mulher adúltera, agora vem um juiz de Viseu absolver um acusado porque a mulher agredida seria “moderna” e “autónoma” e portanto que se safasse. Há nisto várias coincidências, todas preocupantes. Mesmo que se admita que a comunicação social está mais atenta à repetição do folclore machista do que ao direito administrativo, estes acórdãos em si mesmos já são suficientes para demonstrar… Continuar a ler ›

8 de Dezembro de 2017, 11:17

O deslumbramento faz bem à saúde

Como todas as paixões, o deslumbramento faz bem à saúde. Anima a circulação, eleva o espírito, compõe a alma. Tudo coisas boas. No entanto, há um problema: o deslumbramento, curativo de tantas maleitas, também tolda a visão, pois o ser amado ocupa todo o universo, a sua voz enfeitiça os passarinhos, os seus passos moldam o tempo. Para os comentadores, a doença dá mais grave: como alguém lembrava, deixam de ver o que está à frente do seu nariz. Creio… Continuar a ler ›

5 de Dezembro de 2017, 09:52

Erguei as mãos para as alturas

Abra-se o champanhe: Mário Centeno é o novo presidente do Eurogrupo. Surpreendente? Sim, há meses houve quem suspeitasse, eu também, que era estratagema de propaganda. Não, era o início de um movimento vitorioso e Dijsselbloem (socialista, pois é) tinha de ser substituído por outro ministro da mesma família. Pois temos Centeno, champanhe. Para o ministro, grande promoção. Para o governo português, sucesso total. Para o PSD e CDS, mais uma humilhação, vénia ao vencedor, acabou a conversa sobre os números… Continuar a ler ›

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