Tudo falhou na estratégia dos Tories e os resultados não deixam margem para dúvida. A aventura começou – e foi ontem – com uma vantagem de 20% nas sondagens e a certeza da maior vitória em cem anos, com Corbyn etiquetado como um “activo tóxico” que levaria os trabalhistas às catacumbas. À medida que a campanha decorria, apesar do reforço de gravitas que os atentados sempre permitem, Theresa May foi caindo e recorreu ao desespero, com a promessa de dinamitar os direitos humanos, facto significativo para demonstrar como a direita pensa ganhar uma eleição. Perdeu a maioria e agora só sobrevive com uma difícil aliança com os lealistas irlandeses (na Irlanda o partido que mais cresce é o Sinn Fein, que disputa a supremacia e que beneficiará desta aliança).
Mas engana-se quem pensa que ficará tudo na mesma, passado o nevoeiro eleitoral. Há pelo menos três grandes mudanças de que estas eleições são sintoma.
A primeira, e é irreversível, é que a Europa se tornou um remoinho destruidor dos partidos em que assentou o poder político tradicional. Isso não volta atrás. Veja bem, há uma regra que se aplica nos grandes países: os perdedores da globalização e da União desconfiam dos seus governantes e preferem trocá-los por quem estiver em condições de os substituir. É isso que leva alguns dos líderes europeus à vertigem da aventura, como os referendos no Reino Unido e em Itália. É isso que explica a derrota da UE na primeira volta das presidenciais francesas e o recurso a uma cesarismo de ocasião para reverter o resultado, o que conseguiu na segunda volta. Assim, o consenso neoliberal desabou, e era o suporte dos partidos governantes, em Itália desde que o Partido Comunista se transformou em Renzi, em França desde que o PS ficou Hollande, na Grã-Bretanha desde que Blair herdou o thatcherismo e Cameron lhe sucedeu. Hoje só sobrevive Merkel e a razão é evidente: a Alemanha é a única beneficiária da globalização e da UE. Portanto, cada eleição continuará a crise, excepto na Alemanha.
A minha segunda conclusão é que não vale a pena perguntar se a social-democracia pode renascer com Corbyn. Ela já morreu e é vítima do fim da hegemonia neoliberal. A Segunda Internacional é uma fantasmagoria, inclui o MPLA e os partidos ditatoriais que foram derrubados no norte de África e é presidida por Papandreou, lembra-se dele? Resta o Partido Socialista Europeu, que é de pouca valia. Isto não tem destino: define-se como centro, ou nos dias de festa como centro-esquerda, e faz por cumprir, veja as listas das portas giratórias entre os governantes e a finança ou as privatizações e ficamos conversados. Mas que um partido com tradições populares possa ter 40% de votos com um programa de nacionalizações, isso já tem muito significado. Corbyn está fora desse triângulo das Bermudas que é o centro e foi por isso que venceu Blair, os tabloides e as sondagens.
Finalmente, há uma derradeira resposta a esta crise europeia com a fragilização do centro e dos partidos neoliberais, que é manipular as leis eleitorais. Cuidado com ela. Em alguns casos, isso ainda funciona: no domingo, em França, Macron com um terço dos votos pode eleger dois terços dos deputados. Em Itália fracassou. Em Portugal é a confusão: Montenegro tanto propõe um sistema brasileiro, que poucos acharão um caso de sucesso, quanto se distancia dos círculos uninominais, que por sua vez o PS deseja mas não consegue aprovar (estava no seu programa, ao cuidado dos que aplaudem o desejo de uma maioria absoluta). Mas, como se viu, leis eleitorais manipulatórias podem tornar-se um factor de exasperação popular. E agravar a crise retirando-lhes legitimidade não é solução para a crise dos governos, pois não? Pois é nisso que estamos. No topo ninguém sabe o que fazer. Excepto a Alemanha.
Quero aqui felicitar e agradecer a José e a ncmf pelos comentários extensos e cuidadosos que aqui nos ofereceram, e claro a Francisco Louçã pela excelente análise que os motivou. Fazem imensa falta estas conversas pensadas :-).
“a Alemanha é a unica beneficiaria da globalizaçao e da UE.” Ou seja, a Italia por ex. teria a ganhar em sair da UE e em erguer barreiras protecionistas ao comercio e ao investimento internacional. Sério ? Pois vamos ter aí o Brexit para testar esta teoria no que toca à saída da UE, especialmente em caso de hard Brexit.
Estas eleições no RU fizeram mais pela união do reino que o tempo perdido pela Grã-Bretanha na CEE primeiro e na UE depois fizeram pela sua desunião. As tentações independentistas ficaram em stand-by, os partidos de alternativa reduziram-se à irrelevância e o RU volta à eterna alternância: Conservadores – Trabalhistas.
Realmente Corbyn vem de longe sempre fiel a uma alternativa e sempre opositor aos desvios neoliberais do seu partido socialista. O triunfo de Corbyn não é o triunfo da sua alternativa, mas a derrota da arrogância dos Conservadores inimiga da sua própria base de apoio.
A correlação de forças saída das eleições de 8 de Junho de 2017 condicionará a negociação da saída do RU da UE suavizando as condições de saída e abrindo espaço a tentações de reversão do referendo que deu o Brexit. Também abrirá grandes dificuldades internas no partido Conservador podendo levar a eleições antecipadas que ponham Corbyn no lugar de PM convenientemente enquadrado por velhos amigos do velho poder neoliberal dos tempos da morta terceira via.
Os mesmos que ensaiam a propaganda da “unidade da Europa” como resposta à “agressão externa” a que promoveram Trump na sequência dos recentes contactos no contexto da 1ª deslocação externa do presidente dos EUA, reforçarão essa propaganda logo que Corbyn chegue a PM.
A crença construída pela UE e semeada pelos povos submetidos segundo a qual a seguir à UE e ao Euro resta o dilúvio está muito amplamente instalada na generalidade das pessoas comuns desses povos.
Já interessou muito à UE que a Grécia dissesse não ao Euro e não à UE nem que fosse temporariamente como propôs Schäuble no verão de 2015. A resposta da Grécia foi não às consequências do Euro, não às consequências da UE, mas sim ao Euro e à UE. O resultado está a ser a continuação da submissão da Grécia à austeridade punitiva da UE.
Os povos submetidos querem acreditar que não estão submetidos e que a UE se transformará milagrosamente no sonho cor-de-rosa que lhes venderam.
A desconstrução do embuste da UE é um processo muito longo. De sofrimento em sofrimento de desilusão em desilusão se fará crescer a consciência da capacidade dos povos construírem o seu próprio futuro com a sua própria riqueza, a sua própria inteligência e as suas próprias mãos. Chegará o momento em que o interesse de acabar com o Euro e com a UE existirá do lados dos povos e também do lado dos feiticeiros do embuste. O feitiço virar-se-á contra o feiticeiro. até lá muita luta, muita persistência, muito sofrimento farão os dias futuros das pessoas comuns.
Hoje o post do Prof. Francisco tem falhas graves (Escócia, apesar do SNP ser de centro esquerda, os escoceses já votaram nisso, e tem que se deixar disso da independência do UK, e da dependência da Alemanha, ainda mais agora com o petróleo e gás do Mar do Norte ao preço da ‘uva mijona’)
E parece-me um pouco tenso, tal como eu fiquei tenso ao ver uma notícia no jornal luso-angolano ‘í’, de que a irmã da Mariana era “admiradora” do venezuelano Capriles (Maduro é perigoso, mas foi eleito, e tal como Angola, sofre também com a baixa do petróleo. As eleições são só para o ano, com nova constituição circunstancial, ou não). Mas enfim, adiante.
Não há desespero nenhum dos neoliberais. Eles ganharam as eleições. Ponto.
E o primeiro discurso de May, no novo Parlamento, e depois da ensaboadela da Rainha que levou nas orelhas, vai ser: “Meus amigos, antes de eu começar a falar, já dei ordem para reprivatizar do Royal Bank of Scotland, agora limpo e asseado pelo banqueiro português da moda Horta Osório.
E também não há mudança no resto do discurso: “Logo agora que tínhamos convencido o povo de que não há dinheiro excepto para os bancos, vem agora este “extremista, fanático, temido até pelo Diabo do Coelho”, esse antiquado pré-Blair, Jeremy Corbin, com essa coisa da social democracia, que só trouxe 70 anos de paz à Europa!?? Logo agora que que quase entregávamos isto novamente aos fascistas, e nos preparávamos para armar e guerrilhar isto outra vez!??
Mas falta algo a Jeremy Corbin: a afirmação, que pode ainda levar tempo. Ele deve colocar pessoas novas à frente (novas e velhas). Ele não tem, por exemplo, a voz poderosa que ecoa na sede do PS, de António Costa: “Virar à direita agora, não!!! E tu, Augusto, cala-te lá com isso do ‘gado’, e ordeno a reclusão dos ministros da velha guarda 3ª via, nos ministérios, enquanto durar o julgamento do Sócrates!!!”
O Professor Louçã identificou o problema: a Alemanha é a única beneficiária da mundialização da economia e da UE.
Alguns pontos:
(1) Em 15 de Março último Schäuble teve uma surpresa pouco agradável: recebeu um presente, provindo de mãos gregas, mais exactamente duma organização política grega não identificada. Esta organização declarou que esta acção se inscrevia no “Plano Nemesis”(Nemesis o símbolo do equilíbrio e da equidade, na mitologia grega, que punia especialmente a arrogância e a transgressão dos limites impostos à natureza humana). Esta acção simboliza a luta Norte-Sul;
(2) A Grécia como símbolo da opressão alemã:as pensões diminuíram 30%, desde 2008; 24% da população activa com menos de 30 anos está sem emprego; a Grécia faz das tripas coração – recebeu 60.000 refugiados devido à sua situação geográfica e recebe a hostilidade do vizinho turco, o que é uma situação de desespero, pois, à sua débil situação económica, tem de arcar com o custo do acolhimento, perante a total indiferença de Berlim;
(3) O FMI, em relatório de Maio último – não me enganei, é o FMI – aconselha a Alemanha a aumentar os salários e o investimento. E acentua o risco de pobreza, que computa em cerca de 16,7% da população, à volta de 14 milhões de pessoas. Inacreditável, não é? A poderosa Alemanha com problemas de pobreza de parte da sua população – porventura, na sua maioria, imigrantes. A quem serve, afinal, toda esta devastação?;
(4) É consensual: a Alemanha, para salvar o Euro e salvar-se a si própria, deve:
– Promover o ajustamento das dívidas dos países deficitários através dos seus excedentes, no âmbito do cumprimento do “six-pack” da UE, de 2010 – em causa os excedentes acima de 6% do PIB, que na Alemanha se aproximam de 9% ;
– Política orçamental europeia financiada pelo BCE, orientada para o investimento, como foi esquematizado pela própria Comissão, a fim de evitar a estagnação económica;
– Governo Económico Europeu, em detrimento da actual orientação que visa desapossar os países das suas soberanias, em favor da poderosa Alemanha. O BCE tem contrariado estes intentos. Existe um forte contencioso entre Bruxelas e Frankfurt. Daí não parecerem estranhas as intenções de Berlim de escolher um sucessor alemão para Draghi.
EM ADITAMENTO:
É muito interessante reflectir nos escritos de Vicente Jorge Silva e Diogo Queiroz de Andrade, inseridos respectivamente nas edições em papel de domingo, 11 e segunda-feira. Os escritos prendem-se com os resultados eleitorais de Inglaterra da passada 5ª. feira.
A Jorge Silva dou-me ao trabalho de gastar algum tempo ; já conheço o seu trabalho desde o “Comércio do Funchal”, na década de 60, “o vómito” cor-de-rosa na opinião do situacionista-oposicionista Mário Castrim no “Diário de Lisboa”. Admirei o trabalho de Jorge Silva no “Expresso” e “Público”. Mas, hoje, Jorge Silva está a alinhar pelo “TINA” que se instalou. Lamento sinceramente esta posição de unicidade – a fazer lembrar as críticas que se dirigiam a certos comportamentos das décadas 70/80.
Quanto ao Sub-Director nada a estranhar: é a natureza do trabalho para que foi contratado. Ele sabe lá o que diz…
A continuar, pelo menos da parte do Snr.Andrade, deixo de comprar o “Público”. O “Público” não pode assumir EDITORIAIS deste teor. Não respeitam as regras da independência jornalística. E também para a irrelevância jornalística. Quando o keynesianismo e a social-democracia causam pruridos às direcções dos jornais…A Liberdade está a passar por aqui?
Senhor Professor, peço-lhe o favor de publicar o meu comentário, uma vez que não tem insultos e o senhor já escreveu neste blogue que só não publica comentários com insultos. Curiosamente, até há pelo menos um comentário a este artigo com insultos: por exemplo, “A PM britânica é uma caricatura patética” e “O outro palermita do Ukip”. Em face disto, é incompreensível que não publique o meu comentário.
E o comentário que submeti ontem? Foi apagado pelos hackers russos?
Ai ai abrenuncia.
O sistema eleitoral no Reino Unido distorce a representatividade das diversas forças políticas.Menos de de 2,5 % de votos no partido trabalhista traduz-se numa diferença de 57 lugares no Parlamento, enquanto um sistema proporcional apresentaria uma diferença de apenas 13 lugares.
Por cá. os defensores do “centrão” político andam a ver o modo de alterar o sistema eleitoral de modo a proporcionar-lhes a hegemonia que tanto desejam.
E no entanto os partidos mais pequenos também nada fazem para tornar a democracia mais participativa. Já o povo continua alienado porque, entre outras coisas, é obrigado a passar 10h por dia no trabalho para não passar fome…
O resultado obtido deve-se ao “Efeito Aznar”, tal como demonstrou no seu artigo anterior. Daqui se pode prever que, em futuras eleições, teremos ataques terroristas como parte da campanha eleitoral?
Hoje o post do Prof. Francisco tem falhas graves (Escócia, apesar do SNP ser de centro esquerda, os escoceses já votaram nisso, e tem que se deixar disso da independência do UK, e da dependência da Alemanha, ainda mais agora com o petróleo e gás do Mar do Norte ao preço da ‘uva mijona’)
E parece-me um pouco tenso, tal como eu fiquei tenso ao ver uma notícia no jornal luso-angolano ‘í’, de que a irmã da Mariana era admiradora do Capriles (Maduro é perigoso, mas foi eleito, e tal como Angola, sofre também com a baixa do petróleo. As eleições são só para o ano, com nova constituição circunstancial, ou não). Mas enfim, adiante.
Não há desespero nenhum dos neoliberais. Eles ganharam as eleições. Ponto.
E o primeiro discurso de May, no novo Parlamento, e depois da ensaboadela da Rainha que levou nas orelhas, vai ser: “Meus amigos, antes de eu começar a falar, já dei ordem para reprivatizar do Royal Bank of Scotland, agora limpo e asseado pelo banqueiro português da moda Horta Osório.
E também não há mudança no resto do discurso: “Logo agora que tínhamos convencido o povo de que não há dinheiro excepto para os bancos, vem agora este “extremista, fanático, temido até pelo Diabo do Coelho”, esse antiquado pré-Blair, Jeremy Corbin, com essa coisa da social democracia, que só trouxe 70 anos de paz à Europa!?? Logo agora que que quase entregávamos isto novamente aos fascistas, e nos preparávamos para armar e guerrilhar isto outra vez!??
Mas falta algo a Jeremy Corbin: a afirmação, que pode ainda levar tempo. Ele deve colocar pessoas novas à frente (novas e velhas). Ele não tem, por exemplo, a voz poderosa que ecoa na sede do PS, de António Costa: “Virar à direita agora, não!!! E tu, Augusto, cala-te lá com isso do ‘gado’, e ordeno a reclusão dos ministros da velha guarda 3ª via, nos ministérios, enquanto durar o julgamento do Sócrates!!!”
Maiorias absolutas nunca mais (esperemos)!
Depois de ler este artigo, convencido fiquei de que algo extraordinário se teria passado desde que tinha lido as notícias pela última vez. Talvez se tivesse descoberto que May tinha conspirado com os russos para falsificar os resultados eleitorais. Fui imediatamente consultar o site da BBC.
Afinal, nada de novo. May venceu as eleições, Corbyn perdeu as eleições e não se descobriu uma conspiração russa. Segundo este artigo, Corbyn teve um resultado extraordinário, mas a verdade é que nem com uma geringonça chega ao n.10. O melhor é os trabalhistas substituirem Corbyn por um António José Seguro. Sempre terão uma oportunidade de vencerem as próximas eleições por poucochinho.
E lá veio também de novo a narrativa alternativa sobre as presidenciais francesas. Recordemos os factos. Na primeira volta, o candidato mais votado era pró-europeu, a segunda antieuropeia fascista, o terceiro pró-europeu, o quarto antieuropeu comunista. Conclusão alternativa: a derrota da UE na primeira volta das presidenciais francesas. Na segunda volta, o candidato pró-europeu venceu com 2/3 dos votos, sem necessidade de ceder à chantagem da geringonça. Conclusão alternativa: o recurso a uma cesarismo de ocasião para reverter o resultado. (A que César se referirá esta frase? O cônsul ou o do PS?)
Aguardo ansiosamente o artigo em que nos será explicado como o povo venezuelano, neoliberal, ignorante e violento, está a tentar derrubar o governo socialista, iluminado e pacífico de Maduro, esse timoneiro da revolução a quem até aparece o “pajarito chiquitico” de Hugo Chávez.
Há muitas análises possíveis mas todas, como as suas, acabam com a constatação inegável da vitória da Alemanha sobre os países encurralados na UE, particularmente clara sobre os que caíram debaixo das TINAs do euro. Não há aqui nenhuma “união” a emergir, apenas “várias velocidades”, agora acorrentadas por dívidas hereditárias e instituições que formalizam mecanismos antidemocráticos. Será então altura de assumirmos que há aqui um padrão com precedência histórica que importa analisar? Eu não vejo solução para este problema que não passe pelo fim do euro. Ponhamo-nos no papel da Alemanha por um momento. O regresso do marco seria não só bem vindo por uma boa parte do eleitorado alemão como seria a melhor maneira de como nação escaparem ilesos com os despojos da batalha que, temos de admitir, ganharam completamente: são só os valores e arquitetura política e socioeconómica alemãs que restam de pé no campo de batalha. Fazer estas perguntas a alemães é um exercício que recomendo muito, mesmo muito (Francisco Louçã, você também e em particular
). Vão descobrir que muitos recordam, na minha experiência sempre com nervosismo de serem mal interpretados, que o plano Jean Monnet (https://en.wikipedia.org/wiki/Monnet_Plan) e a imposição do euro a Wolfgang Schäuble quando ele negociou a unificação da Alemanha (sim foi mesmo ele, e escreveu um livro sobre isso, entitulado “Der Vertrag: Wie ich uber die deutsche Einheit verhandelte”) foram desenhados para os conter e controlar. O fim do euro, suspeito, seria recebido por muitos na Alemanha como uma libertação histórica de um padrão que a longo prazo não serve a sua sociedade. Por razões pessoais eu gosto imenso da Alemanha, e espero que desta vez se libertem dos grilhões históricos que os amarram. Nós Portugueses não temos nada a ver com estas estórias e não há nenhum benefício em continuarmos nelas com a sabujice e submissão com que continuamente nos despojamos da nossa dignidade e da nossa própria História :-(.
A PM britânica é uma caricatura patética. Que fiasco. Como é que um povo ilustre vai em balelas daquela estouvada? O outro palermita do Ukip ainda teve o bom senso de desaparecer rapidamente de cena depois do assalto às maçãs.