Um juiz não deve dar entrevistas. Sobretudo sendo uma figura em evidência pública, não deve dar entrevistas, porque o que é relevante para o país é a sua sentença nos processos e nada mais. A sua vida privada ou as suas considerações sobre o mundo não importam para a nossa apreciação da sua conclusão. É na sua justiça e não na sua vida ou opiniões que devemos poder confiar. Por isso, não deve dar entrevistas, pois não pode tratar dos processos nem explicar sentenças e o resto é irrelevante. O silêncio da justiça sobre si própria é a melhor forma de criar confiança na justiça, pois os actos é que devem falar.
Se um juiz dá entrevistas para falar de si, temos que nos perguntar porque é que quer falar de si. Pode considerar-se um herói e aspirar a que o povo lhe erga um pedestal. Pode querer dar algum recado. Pode querer reinterpretar a sua própria função. Todas essas razões para dar uma entrevista são razões que aconselhariam o contrário, que o juiz evitasse disputar o espaço mediático, porque no caso esse é simplesmente o espaço da política. O juiz que dá uma entrevista está a intervir politicamente e sabe que está a fazer precisamente essa escolha.
Ao contrário do juiz, outras figuras públicas devem dar entrevistas, se o seu espaço natural é o da política. O público quer saber o que pensa o candidato a Presidente, o que disse, o que escreveu, o que discutiu, e até se é divorciado ou casado ou solteiro ou o que for, que casas e carro é que tem, o seu percurso profissional. Até é obrigado a fazer declaração de bens no Tribunal Constitucional, que pode ser consultada pelo público (o juiz não é obrigado a fazê-lo). Esses dados podem importar para a formação de uma opinião sobre a sua capacidade de exercício de cargo público. E, porque será escolhido pelo voto, a sua imagem e história são relevantes, bem como os actos. É por isso que se nos apresenta em entrevistas.
Ao contrário, o juiz não é escolhido pelo voto e, onde o político tem que ser visível, o juiz tem que ser invisível. Não me interessa em quem vota, não me interessa quem são os seus colegas de bilhar, não cuido de com quem janta, nem do seu clube de futebol, nem da sua leitura acerca do último discurso de António Costa ou de Marcelo Rebelo de Sousa. Só por essa razão, falar e falar é demais a entrevista do juiz Carlos Alexandre é estranha.
Também estranha é a data: uma semana antes de se concluir (mais um) prazo para a eternamente adiada acusação do Processo Marquês.
Mas mais estranho ainda é o que diz o juiz. Primeiro, pela mesquinhez da piscadela de olho: “sou o saloio de Mação que não tem dinheiro em nome de amigos”, porque meia palavra basta. Para quem não ouviu à primeira, repete que não tem “dinheiro” nem “contas bancárias em nome de amigos”. Percebeu?
A conversa sobre os dinheiros é perturbante. O juiz vive uma vida espartana, não vai a restaurantes e não tem “amigos pródigos”. Aliás, para descansar as nossas almas, nem tem amigos, de todo (se o leitor ou a leitora consegue confiar numa pessoa que não tem amigos dou-lhe um prémio). Queixa-se do governo do “senhor engenheiro José Sócrates” que lhe cortou o salário mas, que engraçado, não se lembra do governo seguinte que também lhe cortou e bastante mais no salário – ele ainda hoje desconta uma sobretaxa do IRS, mas não deve ter dado por isso, tão cuidadoso com as contas apertadas que é. Mas, espartano, e com um ordenado que, já agora, é maior do que um deputado, o juiz tem que trabalhar 48 sábados por ano para compor o fim do mês. Percebeu? Eu não.
E, se a conversa sobre dinheiros é perturbante, há outra que vai ainda mais longe. É que o juiz sabe muito, vangloria-se ele. Ouve muitas escutas. Tinha todos os processos. Está em todas as buscas. Manda tudo. Se isto for tudo verdade, e se este for o homem que sabe mais sobre a vida dos outros na nossa República, está mesmo certo de que pode confiar na justiça? Até porque o juiz sabe tudo, ouve muitas escutas, e muitas delas vão aparecendo escarrapachadas na capa do Correio da Manhã ou na Sábado.
Não sei portanto se a entrevista é vantajosa ou não para a transparência. É transparente ficarmos a saber que hão há transparência alguma. Que há uma só pessoa que tem tudo na mão. Que pode decidir a detenção e libertação de suspeitos ou arguidos que podem ficar meses ou anos na prisão, mesmo que não tenham sido acusados e não se sabe quando o venham a ser. Que é possível adiar a apresentação da acusação, porque, de facto, não obedece a prazos nem responde a ninguém. Que o segredo de justiça é segredo para todos menos para certos jornalistas. Que o juiz tem grandes aflições de dinheiro e uma vida rigorosa, penalizada pelas horas extraordinárias, ganhando o que ganha. Que diz de si próprio ser “o saloio de Mação que não dinheiro em nome de amigos” e que aliás não corre o risco porque nem tem amigos.
Assim sendo, ainda bem que o juiz Carlos Alexandre deu a entrevista que não devia ter dado.
O Juiz Carlos Alexandre auto-intitula-se “o saloio de Mação que não tem dinheiro em contas de amigos”.
Eu intitulo-o a vergonha mais proeminente da Magistratura portuguesa, carregando com ostentação o estandarte do Portugal pequenino, poucochinho, invejoso, mesquinho e de pobres desgraçadinhos que nunca deveriam ter saído debaixo da pedra onde foram mal paridos.
Carlos Alexandre, a conduzir um processo como o Operação Marquês é o mesmo, não, é pior, que a fábula dos 3 macacos: faz que nada vê mas é ofuscado pelo seu próprio baço brilho, faz que nada ouve mas intui o que nem sequer foi dito, faz que nada diz, mas vitupera nos media parolos grunhidos.
O arredo
Tenho-me arredado dos comentários à entrevista feita ao juiz Carlos Alexandre não porque tenha algo contra as entrevistas aos juizes, fora dos casos judiciais, mas porque ainda a não percebi, e primeiro gosto de perceber antes de palpitar, se for caso disso.
De todos os glosadores em cujas glosas pus a vista em cima, uns apologéticos, outros arruaceiros, outros servis, outros clarividentes, a minha pontuação máxima vai para Francisco Louçã.
A clarividência de Louçã percebe-se nos comentários que lhe sucedem, e que estão mais acima, e que é bom ler com a máxima atenção.
Há um comentário incendiário à prosa de Louçã de alguém que diz ter trabalhado com o Sr. juiz que (13-09-16, às 8:20) que é um incêndio maior do que todos os fogos-postos em Agosto.
Hoje, poucos dias depois da entrevista o “Correio da Manhã”, onde em tempos opinei durante cerca de dez anos, titula que “O super Juiz abdica de caso de Sócrates”. Sabe-se, e o “Correio da Manhã” também sabe, que a justiça não tem super-juizes e que o verbo “abdicar” não está correcto porque a justiça não funciona com base na abdicação dos juízes titulares dos processos.
Ora o “Correio da Manhã” sempre esteve à frente da concorrência neste caso, e supostamente bem informado.
Posto isto, e sendo verdade a “abdicação”, tenho de entender que a entrevista do juiz foi uma despedida.
Se assim for confirma-se a pontuação de Francisco Louçã, inda mais por vir de um não-jurista.
GT
De facto se o juiz C.Alexandre se quisesse enterrar até ao pescoço e enlamear a justiça portuguesa nao podia ter feito melhor. Mas é preocupante que um juiz se sinta å vontade para atropelar levianamente principios elementares de ética e deontologia profissionais, (depois de atitude identica ha poucos meses atras de um membro do sindicato dos magistrados do Ministerio Publico) e é infelizmente revelador do estado deploravel e de desnorte em que está a justiça portuguesa.
O Louçã escreveu algo sobre o Juiz Rui Rangel, também comentólogo, que emite opinião em televisões e jornais sobre processos, incluído o do Marquês? Mas estes comentários não impediram o Rui Rangel de ser chamado a tomar parte no processo, mas como as decisões foram favoráveis ao Sócrates não houve (tantas) indignações. Também nos juízes existem uns mais iguais que outros.
Mas nem de propósito, noticiou na altura o Correio da Manhã que Sócrates e Rangel tinham jantado quando se encontraram os dois em Nova Iorque. Neste caso eu cuido se o Juiz janta com alguém que depois vai beneficiar numa decisão que toma.
Carlos Guerreiro, nesse caso estaria em causa o “direito” de se jantar com quem se quer!!!
Neste artigo, o próprio título “Ainda bem que…” parece traduzir bem a intenção do autor. Sempre que há casos que envolvem gente importante há sempre fazedores de opinião que correm à praça publica para fazer chacota de quem está com o processo, para ver se o desmoralizam…, lembra-se do processo Casa Pia… É só coincidência…
Da mesma forma que insinua que o Sr. Juiz ao dizer “não tem dinheiro em nome de amigos” está a acusar o Sr. José Socrates, e por conseguinte, um acto condenável, poderia depreender-se que o Sr Dr. Louçã ao escrever “Até porque o juiz sabe tudo, ouve muitas escutas, e muitas delas vão aparecendo escarrapachadas na capa do Correio da Manhã ou na Sábado.” estaria a acusar o Sr. Juiz de ser ele quem viola o segredo de justiça. Está disposto a aceitar uma interpretação destas?
Foi o que ele disse,não altere os factos
Maria aguiar, não estou a alterar factos nenhuns. Eu fiz uma comparação, deixando uma pergunta ao Dr. Louçã, não vejo o sentido do seu comentário.
Fico espantado por o Juíz CA defender a DELAÇÃO e Louça pura e simplesmente omitir essa ideia macabra. É preciso lembrar que juízes dos tribunais plenários transitaram, tranquilos, para a democracia, e muitos chegaram aos pontos mais altos da magistratura nacional, e nunca foram responsabilizados pelos seus actos ! A defesa da DELAÇÃO que preconiza o Juíz Carlos Alexandre traz água no bico, peca pelos efeitos nefastos que se conhecem de um passado tenebroso. Ainda não esqueci que a existência dos tribunais plenários de Lisboa e do Porto destinavam-se a julgar acusações (sustentadas por legiões de informadores da PIDE) e DELAÇÕES contra a segurança do Estado e, ainda, processos de liberdade de imprensa, não apenas circunscritos a matéria editada em jornais e revistas mas também em livros e outras publicações. Esta herança deixou lastro ! Só os ignorantes natos ou comprometidos, podem aceitar essa macabra ideia de voltar à delação, que o Juíz CA tanto anseia, para complementar o seu parco trabalho, face ao realizado em concreto, nos muitos processos judiciais mediáticos que lhe foram atribuídos e cujos fundamentos que alega, demoram tempos indefinidos, sem controlo nem consequências dos seus efeitos, nem quem ele destrói na praça pública, antes sequer dos julgamentos acontecerem, se é que chegam aos Tribunais. Porca miséria da justiça que ele personifica, que causa danos irreparáveis e ele continua na crista da onda do pobrezinho imune (faz-me lembrar o beirão das botas) aos seus desaforos justiceiros sem consequências e cuja hierarquia (se é que ela existe ?) o transformou num “TOPO DE GAMA” da justiça. Ao que chegamos !
Gosto, aqui está alguém que pensa e escreve o que pensa de maneira que todos compreendam, parabéns e muito obrigado.
A delação que interessa, e era essa a que o juiz se referia, é aquilo a que os brasileiros chamam «delação premiada», ou seja, como é sabido, a delação feita por quem tenha cometido um crime em comparticipação com outros indivíduos, para beneficiar de uma redução da pena que, sem ela, sofreria. E o seu melindre está nas questões éticas que põe ao Estado (também as põe ao indivíduo, mas essas são do foro pessoal). Coisa bem diferente é a delação a que o seu comentário se refere. A equipação é um tanto desastrada, seja quanto às motivações, seja quanto aos efeitos. Delação que fuja a um destes dois tipos, ainda hoje é feita e sem que o seu uso seja reprovável, como é o caso da queixa criminal para defesa de direitos próprios ou alheios,
Era precisamente no tempo do “beirão das botas” que a PIDE fazia interpretações iguais à que se depreende do artigo de opinião do Dr. Louçã. Ironia do destino! Alguém enfiou a carapuça e o Sr. Juiz é que tem que estar amordaçado. Mas por outro lado em vários artigos da comunicação social e mesmo aqui pode-se fazer todo o tipo de julgamento do Juiz, claro em nome da liberdade de expressão… Pobre País…, Não sei é, como ainda há gente com coragem de por em risco a si e sua família ao serviço de um povo com tanta gente que expressa opiniões como as que leio aqui.
Ó Louçã não nos dês música pá … Se for o Juiz Rui Rangel já pode tudo, até ser comentador na TV. A conversa e a estratégia dos bandidos tem muito que se lhe diga.
Onde o Carlos Alexandre se borrou todo foi nas indirectas ao Sócrates, arguido no Processo Marquês que tem em mãos. O saloio não tem estatura de juiz. A mediocridade da sua argumentação faz medo, tendo em conta o poder que detém. É arrepiante a Justiça estar nas mãos de homens tão ordinários.
O Sr. Juiz não podia ter dito “não tenho dinheiro em nome de amigos” mas o Sr. Octávio acha que tem o direito de chamar-lhe ordinário, de facto o seu sentido de justiça é formidável.
Nunca gostei de comiserações de beatos de sacristia, e é esse epíteto que desejo ver escarrapachado na testa do senhor juiz Carlos Alexandre, Ele defende-se de acusações hipotéticas por parcialidade que nunca lhe foram feitas, ao invés das vítimas desse discricionário senhor.que nem uma pequena acusação depois de dois anos de investigação, consegue concretizar.
Ele é parcial no julgamento de quem lhe caia nas mãos, por outro lado exige imparcialidade na avaliação do seu próprio comportamento, às instituições de suposta justiça, onde é reverenciado como, o Messias que se julga.
Lá se foi o quadro que eu pintei do Francisco Louçã(era multicolor)
Sr Louçã, este JUIZ é de tomates e a esperança do povão, se tem dúvidas, tire-as nos celébres jantares do Sócrates e seus apanágios, quanto a mim e mais alguns, gostei da costela humana do Meretissimo Juíz e que DEUS o guarde.e a nós que tenhamos esperança na CONDENAÇÃO destes chicos espertos que enriquecem à custa do suor do pobreta
Abençoados tomates de chumbo deste Juíz e seu colega Drº Rosário Teixeira.BEM HAJAM
maria
Apoiado totalmente !!!A.Lopes
Completamente de acordo A Lopes
Partindo do pressuposto que a melhor defesa é o ataque, não entendo esta sua ânsia (notória com o erro ortográfico básico do seu artigo) em vir aqui defender José Sócrates. No mínimo, estranho. Ah, e o erro está em aconselhar quem nunca lhe pediu nenhum conselho.
Mau mesmo é ser um servidor de estado, dos mais bem pagas por sinal, com uma carreira de luxo, e que diz abertamente que para compor o seu salario, tem que fazer todos os sábados como trabalho extraordinario, logo pago como tal, quando outros funcionarios, para fazer um sabado de trabalho extraordinario,só com autorização superior e se tal se justificar, por norma nunca se justifica, logo tera que ficar para alem da sua hora a fim de deixar o seu trabalho em dia….penalizando assim a sua vida familiar, resumidamente é pago com os impostos de todos nós e que nos diz na cara…o que faz….sem nada lhe acontecer, porque é um super juiz e tudo lhe é permitido, admito que existe muito funcionario publico que pouco faz. mas ou porque nao tem trabalho a fazer, pela duplicação de serviços entre ministerios , para tratarem das mesmas coisas, dos mesmos papeis, onde todos acham que devem dar o seu parecer , porque é de bom tom e lhes dá um certo estatudo, darem pareceres, a media de salarios da função publica é elevada, verdade, mas a conta dos salarios de luxo dos médicos, juizes e militares de alta patente, que são muitos mais num só ramo, que em todos os ramos juntos dos EUA.
cerca de 50% dos funcionarios publicos ganha o salario minimo, ou pouco mais que isso, mas o que vem nas noticias é o salario medio, que vai causar revolta em nós , contra todos os funcionarios.
Em abstracto, Louçã, você tem razão. Mas nós vivemos no concreto…Essa sua perspectiva é puritana. Etérea. Não existe. O que interessa é ver o real. Por mim, nada de mal disse o juiz.
“Que há uma só pessoa que tem tudo na mão. Que pode decidir a detenção e libertação de suspeitos ou arguidos que podem ficar meses ou anos na prisão, mesmo que não tenham sido acusados e não se sabe quando o venham a ser. Que é possível adiar a apresentação da acusação, porque, de facto, não obedece a prazos nem responde a ninguém. Que o segredo de justiça é segredo para todos menos para certos jornalistas.”.
Duas questões.
1º Se não estão a ser cumpridas as leis por que motivo os advogados do Sócrates não se queixam? Porque não recorreram ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem?
2º Se os prazos estão a ser cumpridos, por que motivo o Louçã que foi deputado durante tantos anos não tomou a iniciativa de alterar a lei? Que eu saiba neste caso não poderá culpar o Passos, foram leis criadas ou modificadas pelo próprio Sócrates (não recordo como o Louçã votou)…
Aqui está o meu pensamento. As leis são efectivamente corruptas e o socretes e o loucã sabem muito bem disso. São leis feitas para os tornar IMPUNES.”É transparente ficarmos a saber … Que há uma só pessoa que tem tudo na mão.” Quem votou a lei que põe “tudo na mão” de um só Juíz? E porque foi a lei assim votada? Naturalmente para colocarem no DCIAP um qualquer bandalho, como foram os procuradores da república durante anos.
Sobre a conversa dos dinheiros, o Louçã esquece-se, ou talvez não, das denúncias anónimas de 2015 sobre os rendimentos do mesmo Juiz, quando necessitou de estar na PGR a justificar os seus rendimentos (pesquisar no Google “denuncias anónimas Juiz Carlos Alexandre”, o Público não deixa colocar links…). Quanto ao facto de o Juiz não ter dinheiros nem contas em nome de amigos, eu fico satisfeito. Se outros enfiam a carapuça (o “Sr. Eng.”), lá saberão as razões. Acho que se devia preocupar mais com o facto de um arguido tenha a facilidade em escrever “artigos de opinião” em jornais para se defender… Estou a falar do “artigo” do Sócrates no Diário de Noticias. Mas não admira, esse pasquim é controlado por Proença de Carvalho, nas escutas da Face Oculta Sócrates aparece a combinar com o dito a escolha das direcções do DN e do JN.
O Louçã comentólogo e conselheiro de estado está cada vez mais integrado no sistema, nunca o imaginei a defender o formalismo de um cargo (mais uns anos e estará a defender o exercício formal que Cavaco tinha da presidência)… E se o Juiz Carlos Alexandre é um radical, e quer revolucionar a justiça, acabar com as regras bafientas que amordaçam os magistrados?
Eu francamente vivo na Suiça hà jà 28 anos. Nunca vi um juiz dar uma entrevista a uma radio ou televisão sobre si ou algum caso em especial. Um juiz não se exibe, fica no anonimato se quer que a sua justiça seja independente e reconhecida. Aliaz, na Suiça nunca vi um caso durar anos a ser resolvido, nunca vi uma justiça para o Senhor Ricardo Salgado nem outra para um cidadão cumum que rouba 1 kg de açucar. Aqui, esses tristes espetaculos não existem porque a justiça é celere e igual para todos, seja rico, pobre, ministro, deputado ou até mesmo o presidente da confederação. Em Portugal, é esse triste espetaculo que nada de positivo tras à justiça nem à credibilidade de um juiz. Eu vi a entrevista do senhor juiz e francamente não gostei nem do que ouvi e menos ainda de ver um juiz com casos tão senciveis entre mãos a se vangloriar porque se acha um super homem…E depois a choradeira do homem pobrezinho…alguem lembre ao senhor juiz que em Portugal hà quem viva com o salario minimo.
A Suiça é a cloaca mais fétida e parasita no sistema financeiro global. Não é exemplo para nada. E você vai pelo mesmo caminho.
Esta entrevista resume-se, assim: ” povo português, não temos como provar ou condenar o José Sócrates porque ele tem todo o seu dinheiro, conta bancário que abriu em nome do seu amigo de infância Carlos Santos Silva”.
“Se isto for tudo verdade, e se este for o homem que sabe mais sobre a vida dos outros na nossa República, está mesmo certo de que pode confiar na justiça? Até porque o juiz sabe tudo, ouve muitas escutas, e muitas delas vão aparecendo escarrapachadas na capa do Correio da Manhã ou na Sábado.”
O que quererá dizer-se com o juiz sabe tudo, ouve muitas escutas, e muitas delas vão aparecendo escarrapachadas na capa do correio da Manhã ou na Sábado? Eu não entendo bem onde se quer chegar!
Quer dizer que este juiz é, provavelmente, a fonte de muitas das notícias que estão em segredo de justiça. E de facto faz sentido. É muito mais seguro haver uma única fonte de fuga para esses jornais do que várias. Este juiz tem o perfil perfeito para ir dando umas “facadinhas” no segredo de justiça sem ser apanhado. Tem um estatuto elevado e faz-se passar por sonso e saloio. O disfarce é – quase – perfeito.
Fui ver a entrevista depois de ler este artigo. Trabalho inútil porque já estava aqui tudo escrito. E o que está escrito deveria ser de senso comum mas infelizmente não é, e tanto não é que este personagem acaba por permitir expor-se desta maneira, expor as suas fragilidades, as suas frustrações e até os seus traumas não ultrapassados que o perseguem e fazem andar perdido desta maneira. O pai era austero, mas o problema não está no chapéu de chuva de chocolate no natal. O problema é a austeridade afetiva, essa deixa marcas. Mimem as vossas crianças, é uma bênção que fica para a vida.
O homem sentou-se de livre vontade no banco dos réus de um tribunal que ele próprio ajudou a criar, que é o da justiça tablóide. Talvez espere indulgência deste tribunal, mas se a espera está enganado. Os tubarões não conhecem, nem praticam, a gratidão.
Ouço, leio e chego à conclusão que os que nao têm voz ou poder seja ele qual for estão encurralados por lobos brancos ou pretos porem, todos eles igualmente interessados e manhosos. Ai de nós! Parece inevitável o nosso karma!
Já trabalhei com o Sr. Juiz e sei que só se não puder é que não os prende a todos. Obrigado pelo seu esforço Carlos Alexandre. Cuidem-se srs políticos.
Estou a ver que o número de indivíduos que consiga meter na cadeia passou a ser um indicador de qualidade da atividade de juiz. Eu pensava que a missão de um juíz era administrar a justiça, mas devo estar desatualizado.
Este Juiz é um Maroto e deu um tiro no pé, mas se estes ditadores bem falantes que escreveram o artigo fossem juizes fariam com que saloio parecesse um anjo.
Um Homem falou de si, coisa que politicos não podem fazer…..Obrigado por se considerar humano.
O mundo do avesso: um juiz dizer que não tem dinheiro em nome de amigos é criticável; um ex-primeiro ministro sem qualquer rendimento viver (um pouco às largas, convenhamos) do dinheiro de um amigo é natural; e achar que não, é próprio de mentes mesquinhas e “fassistas”
O que é uma mente “fassista”? ignorância minha……
Operação Marquês, prisão do Marquês, entrevista concedida ou pedida para ser dada ( a jornalista agradece e ele diz obrigado sou eu), parece tudo alicerçado em teorias e montagens com pouca ou nenhuma ligação ao real, a entrevista parece-me uma montagem de defesa da sua incompetência.
Que bom o Juis Carlos Alexandre ter dado uma entrevista ! estão deliciados …Porquê ? Querem tentar afastá-lo para bem longe ,para ver se todos os envolvidos nos processos que tem em mãos ,são ilibados e aplaudidos na praça pública . É este o conceito de justiça de muitas « cabecinhas pensadoras »deste Portugal moribundo e desbaratado …Grandes democratas deste país tenham juízo !
Não minha cara, o problema não tem a ver com o objecto, em si, do seu trabalho. Algo que é de louvar. Mas sim da forma leviana, e mostrando uma consciência algo perturbada, com que lida com o seu cargo. Você tem que perceber que isto não pode, nem deve ser uma Republica das Bananas. Estamos num Estado de Direito e – veja só – até os juízes têm que respeitar a lei. A mim o que preocupa é que este juiz, no que toca ao seu discurso, parece que lhe dá gozo esta acima da lei. Se é assim, ele não é muito diferente dos ladrões e corruptos que põem lá dentro.
Concordo consigo Maria Teresa. Há muita gente com mêdo…
Já há tempos desconfio que esse fulano não é bom da cabeça. Mas como não há um teste seguro para provar isso, vamos ficar na dúvida mais algum tempo.
Caro Dr. Louçã, acho que foi demasiado radical na sua análise. Por que motivo não pode um juíz dar entrevistas ? Até acho muito positivo que o façam para sabermos como pensam os que julgam. Ou é preferível ter um sistema judicial composto por pessoas com um poder imenso, que para além de não serem escolhidos directamente pelos cidadãos, são totalmente desconhecidos nem se sabendo o que e como pensam ? A transparência também se pode avaliar ouvindo os actores do sistema ao natural, sem comentadores e demais media pelo meio a interpretar as suas ações e palavras.
O que um juíz nunca pode fazer, obviamente, é fazer referências directas ou indirectas a casos judiciais, e no caso concreto, se o juíz disse o que se diz que disse (não ouvi a entrevista), então errou e com gravidade, sobretudo se esse erro conduzir a um desfecho anómalo do caso judicial em causa, por via da exploração da referida entrevista.
Tanto este auto-intitulado “saloio de Mação” como o “que Adora aparecer na TV e nas Docas”….não deveriam dar entrevistas, o conteúdo e a mensagem que pretendem dar que deem no Despacho Final dos casos que processam! Para mim um Juiz a sério é como um Bom Arbitro quanto menos derem nas vistas melhor é o “Jogo”…NÃO É OS CASOS ATRÁS REFERENCIADOS!
O Homem é um Senhor Juiz , que como cidadão tem o direito de falar se si mesmo, o que quizer , Se não tem ´”amigos” , nenhum justo os o tem, porque para exercer a sua magistratura só tem de ter competência e isenção.
E quem diz ao politiqueiros que o denigrem , que só o são porque têm “amigos” sem os quais nada seriam…
Parece que ser sério e humilde , franco e transparente quando fala de si próprio incomoda muita gente. Senhor Dr. Juiz, tiro-lhe o meu chapéu pela modéstia da pessoa assumindo-se frontalmente como é, falando unicamente da sua vida privada, que só a cada um pertence.
Querem instrumentalizar a entrevista de um Cidadão Juiz para um campo politico. Êles lá sabem porquê. Será que terão amigos com dinheiro?
Grato pelo seu exemplo, com quem muitos deveriam aprender.
Parece-me que esta personalidade tem um problema de narcisismo. Qual o valor da entrevista? Pouco, talvez esteja a nível das colunas sociais. Mas pronto, mesmo se fosse esse o objectivo, penso que não deveria recorrer a piadas, ou a indirectas. Se é um juiz sério, como aparenta querer vender, então não faça referências nem indirectas a respeito de um processo que tem em mãos. Até pode descrever a forma como se vê, os sonhos de criança…mas pára ai… Nem se compreende a estranha necessidade de se destacar de Sócrates. Para que? Têm afinal algo em comum? Quer provar alguma coisa a ninguém? E se sabe tudo, como também parece vender, então já devia haver processos em tribunal por quebra de segredo de justiça… Mais parece que só quer saber o que lhe interessa…
O Digníssimo Juiz leva escutas para trabalhar em casa? Não era suposto este tipo de matéria sensível não sair das instalações?
Pessoalmente não li a entrevista porque isso não me interessa, apenas vi algumas reacções de virgens ofendidas.
O direito de expressão é para todos. Goste-se ou não de ver alguém expor a sua vida pessoal, é um direito que lhe assiste e isso não nos dá o direito de enxovalhar o homem. Pessoalmente só me interessa que seja competente e honesto.
Se alguém não gostou por achar que estava a ser visado, paciência. Se a carapuça lhe serve, que a enfie. Se não lhe serve, deixe o homem desabafar e ocupe-se da sua própria vida.
Tenho dito.
Gostei. Assino em baixo.
E disse muito mal. Lamentavelmente mal. Tristemente mal. É sobretudo perigosamente mal.
Não és muito esperto, pois não Magalhães? Eras assim já na primária, não eras Magalhães?
Tacho tapado faz boa comida. Bela oportunidade perdida para estar calado, o entrevistado e este comentador!
Eu “pessoalmente” também só me interessa que seja competente e honesto. O problema é que a entrevista, aquela vontade, aquela liberdade de expressão, o direito – meu deus !!! – o direito de dizer o que quer e lhe apetece ! De mostrar a sua vida pessoal !!! deu nisto …. o “homem” não me parece nem competente, nem honesto … e isto não é ser “virgem ofendida” nenhuma.
Já o Rangel, amigalhaço, pode tudo…
Difícil é caçar o inveterado mentiroso que com ardis e artimanhas enganou tudo e todos.Quando se clama por transparência é obrigatório conhecer o lado humano, sobretudo com a sobriedade, o detalhe, o pormenor, o enquadramento natural, a franqueza, a singeleza, e até a serena isenção que tivemos oportunidade de observar. Mas não é que saltaram logo por todos os lados uma série deles com carapuças enfiadas até às orelhas?!
Bolas José Magalhães. Se nem conhece a entrevista mas apenas as reacções… porque casou com a sua mulher em vez de casar com a imagem dela no espelho, por exemplo?
Do que não se sabe/conhece, não se fala.
Por outro lado, Magalhães, o direito de expressão não é para todos; há funções que têm que abrir mão desse privilégio por troco dos privilégios e prerrogativas inerentes à função, que impõe, por outro lado, deveres e ou obrigaçºoes especiasi. As obrigações de reserva dos Magistrados estão plasmadas na Lei, como o dever dos Sacerdotes não falarem, nem sobre tortura, do que lhes é dito em confissão está no Direito Canónico. O Direito de expressão é para todos, mas o Padre não pode “desabafar” o que lhe confessam remetendo para alguém em concreto. Um advogado, mesmo zangado com alguém que foi seu cliente, não pode usar o que sabe através dfa relação de cliente para usar contra o seu cliente. Também isso está plasmado/consagrado.
Então, “O direito de expressão é para todos” mas condicionado aso especiasi deveres de reserva dessas determinadas funções, certo?…
Não há nenhuma acusação formal da Justiça contra Sócrates. Na entrevista do Juiz Carlos Alexandre à TV foram feitas declarações que coincidem com boatos postos a circular pelo Correio da Manhã. O Juiz pôs-se ao nível do Correio da Manhã: violou o segredo de Justiça e legitimou quem o tem violado sistematicamente.
O Juiz Carlos Alexandre não está à altura do cargo que desempenha.
Não consegue formular uma acusação e comporta-se como boateiro.
O que isto significa é que não há matéria para acusar Sócrates, nem provas dos indícios e consequentemente o Juiz faz um lamento público confessando a sua impotência, incapacidade para fazer acusação formal e deixa a suspeita de que fêz o frete de prender Sócrates por pressão política das suas cores.
Lamentável. Grau zero da Justiça.
«… o Juiz faz um lamento público confessando a sua impotência, incapacidade para fazer acusação formal…» O Juiz de Instrução não acusa! A acusação é feita pelo Ministério Público!
Parabéns! Assino por baixo. Se este juiz fosse competente, algum ou alguns dos processos que tem em mãos já teriam tido acusação deduzida… não tiveram e não se sabe quando terão! Será porque o juiz perde mais tempo a “ouvir escutas” do que a trabalhar? E sente-se este douto juiz confortável por manter alguém preso sem culpa formada… gostava de saber o que diria ele se sobre ele fosse levantada a suspeita da violação do segredo de justiça e o prendessem sem acusação formada… porque, caro (des)meritíssimo, diga-nos sem pestanejar: de quem é a culpa das fugas de informação que acontecem no seu TIC?
Bravo, Maria Duarte! O Juiz de Instrução é só um amanuense; está para o Ministério Público como a franquia dos CTT está para a correspondência postal. É meramente o carteiro, vamos, ocupação geracional…
– O Juíz de Instrução é! – e por isso Carlos Alexandre também deveria sr – o Juíz dos Direitos. Subordina a acção dos Procuradores – e não o contrário – Lidera as investigações no terreno – e não o contrário…
Veja a informação mais abaixo que refere que nesta investigação já se gastaram masi de 5 milhões de euros – e parte dessas despesas knem estarão ainda documentadas!!!…
A entrevista pode ser um episódio inocente e despretensioso de alguém, que procura descrever-se como um cidadão exemplar, homem frugal e honrado, sem acrescentar muito quanto ás dificuldades da instrução processual que é a sua missão principal, para além do quase isolamento monástico que o impede de conviver com os colegas, por opção própria e face ao volume e complexidade de processos que aprecia e da opinião ,que expressa ,de que a delação premiada seria um importante contributo para aligeirar o andamento dos processos, mas é tudo menos isso.A entrevista pretende ser um acto de legitimação , recorrendo a uma demonstração de qualidade do agente de Justiça e, de infalibilidade na suspeita produzida como elemento probatório que, ela própria, torna legítima qualquer acusação. Ao juiz Carlos Alexandre faltou o corolário de ousar dizer que um Juiz de Instrução nunca tem dúvidas e o seu magistério é o das certezas que a fé sustenta.
Ai que nós ficamos tão contentes com a mancada do juiz Carlos Alexandre. O maroto nem sabe o bem que nos fez.
Até dá dó ver uma pandilha de gente a criticar um juiz por este dar uma entrevista. Eu suponho que o problema deles não está no facto dele dar uma entrevista. O problema da pandilha é que o juiz teve “tomats” para engaiolar um marquês que pensou ser a encarnação de Cristo e, como tal, estava acima das leis que ele próprio ajudou a publicar. Para isso, montou uma “capangada” cuja figura central será um tal amigo que lhe emprestava uns milhares de “fotocópias”, sem que fizesse qualquer registo, nem de memória. Áh valente, isto é que são amigos do peito. Gostava de ter amigos assim. Não estou aqui para defender o juiz, que não conheço de lado nenhum, mas valha-me Deus, ele foi bem mais comedido do que a pandilha que o tem atacado desde que o tal engenheiro foi para a sombra. Isto parece um ninho de vespas. Desde aqueles políticos “picaretas” moralistas, até ao capanga mais reles lá do “ninho”, todos se levantam de espada em riste contra o juiz que teve tal ousadia de prender o amigo. Esta gentalha, é a mesma que tanto num café como num canal televisivo, critica a justiça por não tocar nos poderosos. Grandes pregadores de moral. Defendem, pelos vistos, que a justiça apanhe os poderosos, exceto os seus amigos e colaboradores. Meus caros “socristas”, lá diz o ditado “Quem não deve não teme”. Se não deve nada á justiça, para quê andarem tão agitados? Acalmem-se. Doeu-lhes? É natural. Mas a censura já acabou há algum tempo. Deixem lá o “saloio de Mação” fazer o trabalho dele e que se faça justiça.
O amigo anda mesmo todo baralhado. Um juiz deve ser isento e imparcial, se quer dar opiniões, que vá para comentador , pois não faltam tvs a querer esse tipo de pessoas. A liberdades de expressão não é dizer tudo o que lhe apetece, é ter a liberdade de saber o que diz sem interferir na liberdade dos outros. E já agora tente saber os casos que este super juiz teve em mãos e quantos resultaram em alguma coisa. Para mim é só um incompetente que não sabe o lugar dele nem as funções que deveria ocupar.
Isso é rigorosamente verdade, Luís. Aliás, essa é a segurança e a raiz da jactância deste Magistrado: Invocando-se a “independência” dos magistrados, os juízes operam abrigados por duas garantias (chamadas “princípios”), a da irresponsabilidade e a da inimputabilidade (garantias que, como costumo dizer, os juízos partilham com apenas mais dois grupos sociais, as crianças e os portadores de deficiência mental). Se um Juíz fosse responsável/responsabilizável pelos seus actos incompetentes, inadequados, indevidos, como o são outras funções, e lhe fossem assacados o sprejuízos e perdas, este cidadão, concretamente, não quereria ser juiz porque deixou bem patente que não é pessoa para assumir responsabilidades e consequências; é um ‘abrigado’, é o típico “empregado público” como ele era referido no século XIX.
Já se tentou aprovar uma Lei que passasse a responsabilizar os juízes pelos seus erros. Imagine quem a vetou: Cavaco Silva!…
Ora esta é a questão pertinente que o Luís suscita: “dos casos que este super juiz teve em mãos e quantos resultaram em alguma coisa”. Evidentemente, porque não resultam quaisquer consequências das suas decisõrs, por mais arbitrárias e inúteis que se revelam. E depois teve o topete de vir falar de “responsabilidade” na entrevista: Responsabilidade por quê???
Na verdade este Juiz é um malandro da pior espécie, Tem um defeito muito grande, gosta de saber a verdade, nos processo que lhe vão às mãos, e isso é tramado, para alguns naturalmente..
O defeito dele não é saber a verdade. É saber o que fazer com ela e é isso que muito gente, incluído você, não parece querer saber. Parte da entrevista foi o sr juiz a falar sobre “as verdades” que sabe mas que também sabe que não pode, por lei, falar nelas directamente. Mas mandou “indirectas” e juízos subentendidos e este facto diz muito sobre a pessoa que ele é. Se é isso que ele faz com “a verdade”, então estamos à frente ou de um palhaço ou de um incompetente.
O crime teima em não aparecer.
Um tal “Homem Justo” que diz trabalhar nos serviços financeiros dos tribunais mandou uma mensagem a dizer que a magistratura já terá gasto mais de cinco milhões de euros com a investigação Marquês.
Mandaram procuradores a Paris onde investigaram tudo e foram aos restaurantes frequentados pelo Ex-PM, pediram certidões da Conservatória Predial francesa e contataram bancos, etc. Também foram à Suíça, ao Luxemburgo, ao Reino Unido, à Venezuela, ao Brasil, a Angola, à Argélia, às Ilhas Virgens e a quase todos os offshores das Caraíbas. .
Para além disso contrataram revisores de contas para analisar todas as despesas do gabinete de Sócrates, enquanto PM, e todas as compras e obras feitas pelo Estado.
O “Homem Justo” diz que, apesar de terem gasto muito dinheiro em viagens e contratos, faltam ainda faturas para cobrir todas as despesas feitas pela magistratura.
Mesmo assim, não descobriram nada de relevo, exceto uns pequenos empréstimos do amigo Santos Silva da ordem de poucos milhares de euros, o que seria irrelevante numa sala de tribunal sem qualquer coisa mais. Por: Dieter Dellinger.
/viriatoapedrada.blogspot.pt/2015/10/a-maior-cabala-e-mentira-depois-de-74.html
O rapaz se queria fama podia ter-se candidatado à Casa dos Segredos da Tvi. Se não procura fama procurará dinheiro para pagar as dívidas? Defender a sua posição em processos que se arrastam à anos? Mais um que anda aos tiros aos pés.
O juíz Carlos Alexandre nao podia deixar de aludir a Sócrates, porque sao como duas gotas de água, gémeos separados ‘a nascenca; um é um “animal politico”, o outro um “réptil judicial”. O juíz Carlos Alexandre gaba-se de nao ter “contas em nome de amigos” mas dificilmente alguém contribuirá mais que ele para a “inocencia” de Sócrates, como desfecho do processo.
mesquinho? o gajo não gosta do socrates,o cm não gosta do socrates,o psd/cds (vulgo paf) foi para o poder depois do socrates e tambem não gostavam mesmo nada do socrates(estes tinham por exemplo o Observador onde trabalhava um tal david dinis,que parece que vai para o Publico,logo ,vamos ter tiro ao socrates por todos os jornais e tv),entretanto o proprio socrates já teve na cadeia:ora esta é a melhor maneira de fazer do socrates,um autentico martir,e de caminho arrasar com todo o sistema de justiça portugues e as suas relações(preveligiadas) com certos jornalistas.Existe democracia em Portugal:não,não existe,existe sim um certo tipo de “jornalismo” que esta a destruir a tal coesão social que o marcelo tanto gosta que existisse(mas não existe)
Não seja mauzinho, tive tanta pena dele por hás vezes querer ir comer um bitoque à pastelaria ao lado do tribunal e não tem companhia nem amigos… Ele não disse que tinha uma vida espartana (ele aliás mártire como disse ser não tem vida nenhuma) disse que tinha uma alimentação espartana, o que se comprova bem pela sua figura esclética.
Devia-mos formar um grupo de apoio que a miúde se revese para ir almoçar com o juiz Carlos Alexandre para evitar o isolamento a que está sujeito.
Agora mais a sério, alguém que diz a missa e quer ser juiz desde pequenino em vez de astronauta ou corredor de fórmula 1 merece todos os cuidados e cautelas psiquiátricas. Se essa criança ao crescer não muda de ideias e se torna um adulto sem amigos já muito poderemos concluir. E sim tenho medo de todos os juízes, mas de um assim preferia julgado por uma roleta no casino.
Curiosamente são os mesmos que dizem que o juiz não pode falar, que se queixam que a justiça não sabe comunicar e que se esconde na sua torre de marfim. Agora que a justiça fala por intermédio de um dos seus não pode.
E são os mesmos que ao abrigo da liberdade de opinião “batem no juiz” mas que não admitem que ele responda. Assim é fácil ter um alvo que nem sequer tem o direito de responder. Não sou advogado de defesa do juiz, mas há quanto tempo vem sendo o mesmo alvo de ataques alguns deles soezes. Quem apareceu para o defender no seu direito à honra? Nessa altura não vi ninguém. O homem por ser juiz está cerceado no poder de falar publicamente? A entrevista durou 4 horas e meia. Alguém se deu ao trabalho de ouvi-la totalmente? Duvido. Vivemos numa democracia tutelada? E o juiz por acaso falou directamente de algum processo? Penso que não. Em conclusão e apesar de tudo, acho que não devia ter falado porque deu o flanco a quem agora o ataca
Não dá para perceber como pode defender este psicopata que, infelizmente para nós, conseguiu ser juiz. Por favor dê um pouco mais de atenção ao que diz Francisco Louçã..
A entrevista vem mostrar que existem forças a trabalhar para o processo não dar em nada.
Louçã não gostou porque se dá mal com a verdade. Os amigos do suspeito não vão parar.
De facto fez bem em ter dado a entrevista. As decisões do juíz são sempre avaliáveis e impugnáveis. Aliás já o foram, e a vários níveis. Não se percebeu até hoje que tenham sido cometidos exageros num qualquer quadro de arbitrariedade clamorosa.
Acresce que compreender a situação é muito dificil. A máfia politica tem vindo a montar um inextricável labirinto de auto-defesas que torna muito dificil a caça aos ladrões cobardes que se escondem lá dentro. Por isso devemos lamentar é só haver UM como este – o que só por si prova bem a miséria social e institucional em que os trafulhas fizeram cair o país, os meios de investigação e o aparelho judicial, desprovendo-o do mínimo necessário para se porem a recato.
O que realmente acontece é o seguinte: a trafulhagem anda desesperada para desacreditar o homem. E tenta fazê-lo da forma mais capciosa e manhosa possível. Até quando parece que está a projectá-lo honrosamente para a esfera publica quer realmente fazer precisamente o contrário. Aliás, como se viu, a pandilha pôs logo de fora os cães todos e foi ver o vê se te avias nas tendas com o corrupio demencial de comentadores folclóricos montados pela CS ao serviço da “causa” chegando ao delírio de reclamar a substituição do homem ! Se isto não é um país de bandalhos… Alguém duvida que desde há muito andamos a ser roubados por gatunagem de alto gabarito?
100% de acordo, tanta raiva dá que pensar!!!
um juiz não deve dar entrevistas. nunca ouvi o Louça a manifestar-se contra a presença continua do juiz Rui Rangel na TV. É diferente ?
Não, penso que é errado e já é conhecida essa minha opinião.
Pois a mim pareceu-me que a entrevista é de “indirectas” algumas das quais- segundo o mensageiro e portador da carta – dificilmente comprováveis. Havendo escutas e entre-vistas, deveria o Juiz ter de Conrado guardado o prudente silêncio ? É utopia pensar-se que a Justiça é cega, pois o Juiz interpreta e aplica a Lei que outros Poderes publicaram, e fá-lo com a Consciência da classe a que pertence ou com a qual se identifica. Como diz a Prevenção Rodoviária, PARE, OLHE, ESCUTE ?
NÃO BRINQUEM MAIS COM O POBREZINHO DE MAÇÃO. BASTA!FOI INFELIZ AO DAR UMA ENTREVISTA FALANDO DE SI,DANDO LUGAR A ESTE TIPO DE VAIAS.SEMPRE FOI COMUM OS JUÍZES SALOIOS FALAREM DA SUA POBREZA PORQUE AGORA SE CONGRATULAM COM A SUA RIQUEZA E TEM VAIDADE NO SEU PODER.É VERDADE QUE NÃO TEM AMIGOS PORQUE O MUITO TRABALHO NÃO LHO PERMITE.DEPOIS,UM JUIZ TEME-SE E A AMIZADE TERIA UM FIM INTERESSEIRO E QUALQUER JUIZ SABE DISSO E TEM QUE SER CAUTOS NOS SEUS SEGRÊDOS QUE A SEU TEMPO IRÃO ECLODIR.É VERDADE QUE FOI INFELIZ AO DAR ESTA ENTREVISTA?SIM,É VERDADE.NÃO VAMOS AGORA ESPECULAR À CUSTA DE UM HOMEM QUE AINDA CONTINUA FIEL AO SEU CARISMA ALDEÃO.UM JUIZ JULGA,NÃO ACUSAA
HÁ MUITAS INDIRECTAS,SEM DÚVIDA,MAS VÁ LÁ UM SALOIO TER BOA FÉ ON DE ERVA DANINHA CRESCE..
Conhece alguém que tenha dinheiro em nome de amigos? Se isso acontece, por boa razão não deve ser, não acha? E ainda… acho muito bem que o juiz se dê a conhecer. É positivo. Sabe que a personalidade do juiz é importante, já que ele não pode limitar-se a aplicar as leis. Como estas são tão mal escritas pelo legislador, a favor sabe-se lá bem de que “saloios de Mação”, cabe ao juízo do juiz interpretá-las. É bom que se saiba com quem se está a lidar. Se com uma pessoa séria… se com uma espécie de vendedor de computadores fracos.
Completamente de acordo.
Ao analisarmos a confiança que este magistrado nos merece não esqueçamos a pérola da “delação premiada”, que o entrevistado sugere a meio da conversa, não bastasse termos ficado a saber que o passatempo favorito em jovem era a simulação de homilias…
Tem algum trauma com as homilias?
Quanto à delação premiada, pois é uma grande pena não a aceitarmos como fazem os sistemas de justiça mais evoluídos.
Acho que ninguém tem nada contra as homilias. Agora, convenhamos que fazer delas um “passatempo favorito” é algo, digamos … estranho ?!
Já que o Juíz veio a lume permitimo-nos interrogar alguns aspectos da sua vida, agora pública. A primeira questão é qual terá sido o caché — todos os artistas têm um e este é com certeza um artista português.
A segunda, tendo ele unicamente um dia livre por cada sete (mais o Natal e a Páscoa, presumo), é: onde estoura ele tanta massa.
A terceira e última é quantos artistas destes teremos em órgãos de soberania.
PS: Não concordo que o pública se deva interessar se um candidato a Presidente é solteiro ou casado.
Terão melhor noutros órgãos?