Rodrigues dos Santos gosta de polémicas, elas vendem livros. Umas serão por desatenção, outras por preconceito, outras ainda por literatura. Há de tudo, dos paralíticos gregos aos homossexuais portugueses, agora o marxismo e o fascismo, tudo vai a eito, umas vezes como jornalista, outras como romancista, no mais das vezes nas duas qualidades reunidas. Assim sendo, só posso elogiar este autor por escrever e dizer o que pensa, oxalá se conserve assim. Mas ainda há um problema: é que se quer polémica convém preparar-se.
Ainda por cima, a mais recente é de grande calibre teórico e meta-doutrinário. O romancista decidiu “mostrar realidades” e “factos”, para “fazer demonstrações” numa entrevista ao DN: “Continuo a escrever livros polémicos. As Flores de Lótus e O Pavilhão Púrpura mostram realidades, porém politicamente incorretas. O facto de que o fascismo é um movimento que tem origem marxista, por exemplo, é uma das demonstrações feitas nesta saga que poderá parecer polémica.” Poderá “parecer polémica” mas é evidentemente “o facto”.
O jornal PÚBLICO, que tem esta perturbante mania de verificar factos, foi atrás do assunto e descobriu, certamente com alguma aflição, que o romancista andava oblíquo em relação à história. No que se foi meter. O romancista puxou dos seus pergaminhos e cometeu uma resposta em forma.
Vale a pena absorver a finura desta argumentação. Rodrigues dos Santos, não se esqueça o leitor ou leitora, “mostra realidades” e “faz demonstrações”, não é coisa pouca. E qual é ela, a demonstração, que arrasa com o ignaro jornalista do PÚBLICO que se atreveu a questionar a “realidade”? Pois leia com atenção, é mesma esta: “Newton tinha descoberto as leis da física e Darwin as da seleção natural” (Darwin, “leis da selecção natural”? leis mesmo? onde é que leu isto, caro Rodrigues dos Santos?) e Marx e Engels quiseram imitá-los, apregoando leis históricas determinísticas, evidentemente “independentes da vontade humana”. Pensava eu que o marxismo era uma teoria da emancipação, “os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo, é preciso transformá-lo”, ou seja, vontade humana, mas foi desatenção minha, ainda não tinha estudado nem “As Flores de Lótus” nem o “Pavilhão Púrpura”.
E portanto fica tudo “demonstrado”: como Newton e Darwin elaboraram leis e Marx e Engels os tentaram imitar e o Sorel isto e aquilo e um alemão que foi para Itália influenciou os sindicalistas revolucionários que influenciaram os socialistas e os socialistas dividiram-se e Mussolini tornou-se fascista, assim se “mostra a realidade”, os fascistas têm origem no marxismo. Quod erat demonstrandum.
Rodrigues dos Santos vai à guerra, com a confiança e o garbo de quem passou quinze minutos a ler a Wikipedia sobre este assunto, e atira: “Se acham que o fascismo não tem origens marxistas, façam o favor de desmentir as provas que apresento nos dois romances. E, já agora, aproveitem também para desmentir que o fascismo alemão se designava nacional-socialismo. Como acham que a palavra socialismo foi ali parar? Por acaso?”
Esta última frase é maravilhosa. Os nazis dizem-se “nacional-socialistas”, não é por acaso, é porque são “socialistas”, logo marxistas, logo vêm da esquerda. O problema é que este receituário é esquisito, caro Rodrigues dos Santos, pois alguém malicioso pode então perguntar: como é que a palavra “Santos” foi ali parar ao nome de Rodrigues dos Santos? Por acaso? Nunca, só pode ser porque ele é santo. Perfilhará o romancista a implicação, certamente justa mesmo que indiscreta?
Adiante. Não se entretenham os leitores, no entretanto, com esta coisa do “fascismo alemão”. À falta de um trânsfuga como Mussolini para explicar a génese marxista do nazismo, o nosso romancista lembrou-se do argumento tremendo da conjugação da palavra. Não havendo um rufia, ficou uma rima. Qual questão social, qual grande depressão económica, qual Tratado de Versalhes, qual memória da derrota na Primeira Guerra, qual revolução russa, qual Rosa Luxemburgo, quais milícias fascistas, qual xenofobia anti-semita, qual crise da acumulação de capital, esqueça tudo o que aprendeu, o nazismo vem do “socialismo” porque está lá no nome. Ora, o resultado de tudo isto foi apesar de tudo parco, porque lá teve que vir alguém chamar a atenção para a ligeireza destas asserções rodriguianas (depois da sova, só sobrou um tal André Alves para vir em socorro de Rodrigues dos Santos, em desespero de causa, repetindo umas banalidades de guerra fria, mas teria evitado o vexame se lesse o artigo de António Araújo).
Só que aquela dos marxistas a criarem o nazismo é uma “realidade” um pouco mais complexa para o nosso romancista, é preciso saber estudar a sua “saga”. Voltemos à entrevista do DN, de que o PÚBLICO só quis investigar a conexão marxista, o que é evidentemente suspeito. Nessa prosa, o romancista explica outra “das demonstrações feitas nesta saga que poderá parecer polémica”: “Outra: o nazismo é inspirado em ideias então muito populares nas democracias ocidentais, incluindo Inglaterra, EUA, Escandinávia e França. A ideia nazi é-nos apresentada hoje como uma aberração que aparece de repente na Alemanha, mas é um embuste. A minha saga mostra-o claramente. Tenta-se apagar essa informação da história, mas por exemplo nos EUA o Carnegie Institute propôs em 1911 que se matassem os deficientes em câmaras de gás. Os nazis nada inventaram.”
Mau. Afinal o nazismo não é “socialista”, ou é e não é, porque afinal temos uma “demonstração” que “demonstra claramente” que o nazismo se “inspira em ideias então muito populares nas democracias ocidentais, incluindo Inglaterra, EUA, Escandinávia e França”. Não se metam com o romancista sobre este tema, que levam: “A ideia nazi é-nos apresentada hoje como uma aberração que aparece de repente na Alemanha, mas é um embuste. A minha saga mostra-o claramente”. Pronto, se “a saga o mostra claramente”, qual é o historiador que pode contestar a “realidade” e que persiste no “embuste” aqui desmascarado?
Ora, meu caro Rodrigues dos Santos, a dificuldade é que isto fica um imbróglio. Afinal, todos conspiraram para criar as ideias que inspiraram o fascismo e o nazismo: os marxistas, evidentemente, já os tínhamos debaixo de olho, mas também as respeitáveis democracias ocidentais, todas à vez, ninguém falta à chamada, como “a saga” o prova “claramente”. Mas, se não havia nada a fazer, todos eram fascistóides, afinal teremos aqui uma lei determinística, “independente da vontade humana”, uma “saga” rodrigues-santiana que prova que todos ajudaram o fascismo. Ora tomem e “façam o favor de desmentir as provas dos meus romances”.
O resultado, assim, é impressivo, tiro-lhe o chapéu. Nada menos do que uma nova teoria da história, o século XX revisto de cabo a rabo, uma doutrina nascente, uma “saga” ainda por cima. O melhor resultado a que poderia aspirar um romancista, que digo eu, um historiador, um teorizador, o homem que estabelece a doutrina definitiva. Quem se atreve a “desmentir as provas” e a questionar os seus romances?
Fica o assunto arrumado. Mas, já agora, talvez um dia um amigo lhe tenha que dizer que, se escolhe ser jornalista, apregoando aliás uma pureza virginal de tal independência que se vangloria de nunca votar, estas aventuras no reino da polémica podem tornar inconveniente que seja escolhido para um dia, quem sabe, entrevistar ou fazer uma notícia sobre os herdeiros dos marxistas-fascistas ou mesmo dos democratas-ocidentais-que-inspiraram-o-nazismo ou de outra qualquer tribo respeitável. Porque o problema é que não sobra ninguém, pois não, Rodrigues dos Santos?
No seu próximo livro vamos descobrir que a antiga Republica Democratica Alemã foi uma grande Democracia.
Não vejo razão para que alguém se dê ao trabalho de desmentir ou polemizar as afirmações de R dos Santos. Ele não é ninguém em literatura, não tem nada a dizer a não ser ler telejornais. Destas polémicas gosta ele porque alimentam o seu ego e a sua publicidade. R dos Santos está abaixo de qualquer crítica.
Diria que o mais interessante de tudo isto não é a mais do que óbvia indigência intelectual de JRS, enfim, uma estafada evidência, mas a forma como, afinal, Francisco Louçã se inscreve no ideário de “Progresso” em voga, e encontra o seu lugar no seio das “democracias ocidentais”.
Mas Pasolini já escreveu sobre isto:
« Il existe aujourd’hui une forme d’antifascisme archéologique qui est du reste un bon prétexte pour se procurer une licence d’antifascisme réel. Il s’agit d’un antifascisme facile qui a pour objet et objectif, un fascisme archaïque qui n’existe plus et qui n’existera plus jamais. […]»
«[…] Voilà pourquoi une grande partie de l’antifascisme d’aujourd’hui, ou du moins, de ce qui est appelé antifascisme, est, ou bien ingénue et stupide, ou bien de mauvaise foi: parce qu’elle livre bataille ou elle feint de livrer bataille à un phénomène mort et enterré, archéologique, justement, qui ne peut plus faire peur à personne. C’est, en somme, un antifascisme de complaisance et de tout repos. […]»
« […] Je suis profondément convaincu que le vrai fascisme est ce que les sociologues ont trop gentiment nommé « la société de consommation », définition qui paraît inoffensive et purement indicative. Il n’en est rien. Si l’on observe bien la réalité, et surtout si l’on sait lire dans les objets, le paysage, l’urbanisme et surtout les hommes, on voit que les résultats de cette insouciante société de consommation sont eux-mêmes les résultats d’une dictature, d’un fascisme pur et simple. […]»
« […] Le fascisme avait en réalité fait [des Italiens] des guignols, des serviteurs, peut-être convaincus, mais il ne les avait pas vraiment atteints dans le fond de l’âme, dans leur façon d’être. En revanche, le nouveau fascisme, la société de consommation, a profondément transformé les jeunes ; elle les a touchés dans ce qu’ils ont d’intime, elle a donné d’autres sentiments, d’autres façons de penser, de vivre, d’autres modèles culturels. Il ne s’agit plus, comme à l’époque mussolinienne, d’un enrégimentement superficiel, scénographique, mais d’un enrégimentement réel, qui a volé et changé leur âme. Ce qui signifie, en définitive, que cette « civilisation de consommation » est une civilisation dictatoriale. En sommes, si le mot de « fascisme » signifie violence du pouvoir, la « société de consommation » a bien réalisé le fascisme. […]»
Pier Paolo Pasolini, Écrits corsaires
Deixe-me dizer-lhe isto, Francisco Louçã: precisamos urgentemente de outro antifascismo que não o seu.
Eu também acho exagerado afirmar uma descendência directa marxista do fascismo.
Mas não oferece dúvida que o fascismo se insere na tradição socialista anterior ao marxismo.
O Louçâ goza muito com o nome do “Santos” como se fosse a mesma coisa um nome dado por outrém a uma pessoa ou a desginação de um partido político.
Partido nacional SOCIALISTA, república SOCIAL italiana.
Como é que estes nomes foram lá parar ? Hitler e Mussolini designaram os seus movimentos de moeda ao ar ?
E como é que aparecem cláusulas socialistas nos programas dos dois partidos ?
E sim, a eugenia era popular nos países ocidentais. Mas também o antisemitismo o foi nos socialistas anteriores ao marxismo. Quando muito tudo isto prova que existem origens multiplas para o fascismo, mas a influência socialista, em parte marxista, é inegável.
Mas o Louçâ não explica nada…
o autor esqueceu-se de referir que mussolini era marxista antes de criar o partido fascista. Ou seja, o marxismo (e seus derivados) só tem dado origem a abortos (a Venezuela é o exemplo mais recente). Mias, o melhor amigo de Mussolini e companheiro até à hora da morte era um marxista convicto. Marxismo implica ditadura, tal como o fascismo italiano. Por isso é justo dizer que ideologias como aquelas em que se baseiam partidos como o do autor são até certo ponto fascistas. Vai tudo dar ao mesmo, ditadura.
Coitado do JSR, já coro de vergonha por ele, com a ignorância que mostra, disfarçada de investigação.
Lá diz o ditado “quem te manda a ti sapateiro, querer tocar rabecão?”
Para além de pivot de telejornal e dan brown tuga, não é também professor numa qualquer universidade? Qualquer aluno com cultura mediana o fará passar uma vergonha…
Sinceramente, qual é a grande diferença entre Estaline, Hitler ou Mao? Talvez JRS não esteja errado de todo.
Penso que a crítica, para ser eficaz, deve ser sóbria, visar o essencial, e demonstrar efetivament e a sua superioridade em relação ao objeto criticado. Cada um tem o seu estilo, mas convém nomeadamente, a meu ver, que o crítico se abstenha de recorrer à troça para desfeitear o contendor. Regra a não violar, custe o que custar, deve ser a de não brincar com o nome do parceiro. Por mais que nos incomode (e efetivamente incomoda), José Rodrigues dos Santos tem, como qualquer um, sem exceção, o direito de ver o seu nome respeitado…
E o Trump em que fica no meio disto tudo?
Para vender resmas de papel dá muito jeito colar-lhe a imagem de marca desse vulto da ciência política que tudo arraza nos States e incendeia paixões na massa mais imbecil da humanidade a quem realmente se destinam as tais resmas de papel que estão à venda.
Afinal Trump já garantiu que com ele é tirar aos ricos e dar aos pobres e isto é fascismo, marxismo, republicanismo liberal ou tea partyismo?
Populismo é que é! E para vender o produto, as paletas de resmas de papel, não é de negligenciar.
A maior parte do pessoal que por aqui anda, incluindo o articulista, estão a desviar-se dos objetivos da revolução socialista. Estão a ficar frouxos. Devem estar contaminados por comerem tanto caviar e simultaneamente desfrutarem das mordomias capitalistas, como andarem de mercedes e outras coisas. De outro modo como é possível dizer JRS deve continuar com as suas escrituras?
Proponho um ano num campo de reeducação na terra do camarada Kim. Já!
Viva o Povo! A ignorância é poder! Viva!
Viva o camarada Kim. O farol da revolução! O génio dos génios! E outras tretas…
Não é por acaso que nunca comprei um único livro de Rodrigues dos Santos…………………..
Não. Não é por acaso.
Os livros de JRS constam da lista de livros proibidos pelo partido.
Contudo, podemos tecer comentários sobre os mesmos, desde que seja para dizer mal. Ainda que não os tenhamos lido.
“alguém acuda depressa ao Rodrigues dos Santos”. Ao Rodrigues? Conhece-o? Acha-se no direito de o tratar por tu? Ou está simplesmente a ter a atitude do polícia autoritário?
Wow, onde está a ser tratado por tu? O Rodrigues dos Santos pode querer dizer “o jornalista” ou “o autor” Rodrigues dos Santos.
O Senhor quer que o tratem pour SENHOR DOUTOR, SENHOR ENGENHEIRO, quem sois vos desde que tendes um pouco de estudos pensemm que sao superiores aus autres. Vos os intelligentes da onca saem um pouco de Portugal para aprenderem serem educados com todos mesmo com os mais fracos nao e so os mandarem IMIGRAR.
O Senhor Jorge Cunha quer que o tratem pour SENHOR DOUTOR, SENHOR ENGENHEIRO, quem sois vos desde que tendes um pouco de estudos pensemm que sao superiores aus autres. Vos os intelligentes da onca saem um pouco de Portugal para aprenderem serem educados com todos mesmo com os mais fracos nao e so os mandarem IMIGRAR.
o facto de tratar-se a pessoa pelo nome não é sinónimo de tratamento por “tu”. é utilizado a terceira pessoa do singular, e não a segunda.
Tenho centenas de livros mas nunca comprei um único livro de Rodrigues dos Santos. Não é por acaso…….
O JRS é mau escritor? Poderá ser, nunca o li. E Francisco Louçã? Seria bom governante se o país tivesse a insensatez de o eleger. Tenho a certeza de que não. Seria mais um ditadorzito, cheio de prosápia refém das suas fanfarronices ideológicas e que levaria Portugal ao abismo, mais depressa do qu leva a ler um livro do JRS. Vade retro Francisco Loução. Espero que tenhas como destino arder numa pira de livros de JRS
Fico manifestamente ofendido com o professor por eliminar comentários meus que não chegam aos calcanhares deste que sugere que o professor seja queimado numa pira de livros do JRS. Ainda não percebi os seus critérios, dado que não foi a linguagem devo ter tocado em alguns botões que não devia. Mas enfim…
O JRS é mau escritor? Não sei. Bom não é de certeza!!!!
Calma “Francisco só o Papa”, ainda te dá um treco, de tanto ódio acumulado!!!
Foi porreiro ver que não tens nada a acrescentar ao artigo! Felicidades para ti.
PASSOS PASSOS PASSOS! SOCIAL DEMOCRACIA, SEMPRE:)
Não quero que arda, mas realmente não passa de um ditadorzito de pacotilha, ao estilo do maduro e chavez.
Se lermos o que louçã escreve, vemos que não consegue refutar a afirmação de JRS.
O Autor de Eusebio Leão eh Dr Antonio Ventura.
Fico esbugalhado com tal obra, no sentido menor da coisa. Já dizia Gao Pitun, “Se a chuva cai, é porque subiu.” . Mas nem a chuva subiu, nem Pitun existiu. Espero que o comentário esteja ao nível da obra(?), que me proporciona o prazer do desconhecido, e assim deve permanecer.
Olha que a chuva sobe….
O que fica demonstrado, claramente e, com a finura diáfana e prosaica do autor é que a promoção das suas obras é um assunto demasiado sério, para que o próprio não tenha de arregaçar as mangas, vestir o uniforme de guerra e partir á desfilada, acometendo contra as teorias e idealogias, que ficam reduzidas à sua mais infíma expressão, face às demonstrações e provas irrefutáveis que estarão, apenas e só, ao alcance dos eleitos e dilectos leitores de tão profícua prosa.
Confidencial nº 75–A
Roma 27 de Novembro de 1922
Ex.Snr. Ministro dos Negcios Esrangeiros
(…) A verdade e que o sr Mussolini com o seu feitio de pessoal e energico autoritarismo ao serviço de altos ideais de reconstrução nacional e como simbolo de combate não so a todas as violencias anarcoides a que o mito bolchevique tinha levado as classes trabalhadoras(…) Tenho observado como materia de facto que nele se deposita a maior confiança e que sabe fazer respeitar o seu autoritarismo.(…) Um problema importante e complexo que o sr.Mussolini pretende atacar e o da desestatização de certos serviços do Estado entregando-os a empresas privadas;tais como são os Caminhos de Ferro,telegrafos,telefones etc.(…) Com as economias resultantes da reorganização dos serviços e com o aumento das receitas que resultara principalmente da boa arrecadação espera o governo do sr. Mussolini ir-se aproximando do equilibrio orçamental.Atenção especial da o novo governo a facilitação da emigração de capital estrangeiro (…)
Saude e Fraternidade
Eusebio Leão
Embaixador de Portugal em Italia
In EUSEBIO LEAO- Um Paladino Discreto da Republica–Câmara Municipal do Gavião-1991
—–COMO SE VÊ Mussolini era um marxista do caraças…as propostas de Assis,Passos & Portas ja veem de longe requentadas em micro ondas e o JRS descobriu agora!
Falta referir que tudo se passava sob o controlo do estado e acabou em ditadura. Mussolini era um marxista que tentou dar uma nova imagem ao marxismo. No fim, tudo igual.
Li dois livros daquele senhor.Eram tão bons,que até não me recordo do nome.
Citando o meu querido e saudoso professor de filosofia e história Cruz Malpique,ler aqueles livros era como
“Beber narcótico às colheres de sopa…”
Tenho pena.
Está divertida, a opinião de Francisco Louçã. Aproveito para fazer aqui publicidade à obra que vou publicar em breve: “O escotismo deriva do marxismo”. Quem quiser contradizer-me que compre a obra. Obrigada.
Esta última do JRS lembrou-me Karl Kraus. Dizia ele que «quando o sol da cultura se encontra no ocaso, até os anões deitam sombra». E assim temos o JRS a alardear ignorância pelos meios de comunicação, mas com o obejctivo claro de apresentar o marxismo como o diabo ele próprio em pessoa cruzes canhoto! Chamar polémica, como o fez hoje o público, é manifestamente exagerado, porque para ser polémica têm os contendores que se equivaler e JRS está a anos luz de poder ser levado a sério. Contudo talvez tenha tido o mérito de lançar um tema que tem andado muito arredado dos meios de comunicação. Há tiros que saem pela culatra.
Os anões deitam sombra sempre que há luz. Então pessoal?? Mandar bocas sim mas com classe. Estão com sorte que o professor hoje está muito bem disposto e publica tudo.
Louçã faz aqui um belo penteado ao autor de bestsellers e deixa-nos divertidos, mas há que reconhecer que encher 800 páginas de chochice ano após ano (escarrapachadas ou no Verão ou no Natal) como ‘tese meta-doutrinária’ é ‘obra’ …
e haver papalvos que ainda pagam caro para ler isso….
Mas tem tiradas deliciosas como “Os anos passaram e não ocorreu nenhuma revolução, o que contradizia a teoria marxista” uma noção de tempo histórico admirável! quantos anos terão passado? olhem devem ter sido mais que 5… e isso já é bué!
Mas de facto ninguém escapa segundo Rodrigues dos Santos ao marxismo, nem sequer esse grande social democrata que é o nosso Passos Coelho!
Em alemão chama-se Nationalsozialismus.
Obrigado pelo seu esclarecimento, sempre quis aprender Alemão.Já agora, e mais sobre o teor do artigo, quer aulas de história? Dou a bom preço, mas se calhar para si basta comprar o livro do Orelhas!
Oh António Dias Ernesto! Dói?
JRS sabe perfeitamente ao que vem e com as suas ideias “fracturantes” procura apenas publicidade para embolsar. E quanto mais gratuita, melhor. É um produto da TV e se se anuncia na TV – a tal caixinha mágica que pretende mudar o mundo – é porque é “bom” e “fala verdade” – toda a verdade e nada mais que a verdade – como ditam ou rezam os manuais publicitários. Daí a publicista vai “o passo de um anão”. Reza a Wikipedia que é “doutorado em Comunicação Social “ e “ é hoje um dos jornalistas mais influentes para as novas gerações e no panorama informativo nacional” Afinal e de acordo com a mesma fonte “Em 2016 foi eleito o melhor escritor português, por 28 000 portugueses” Quem sabe se com piscadelas de olho, publicidade gratuita e novas maratonas não será em próximo concurso eleito “o MAIOR Português de Todos os Tempos” e os seus “rimances” obras de referência condensando toda a história, ciência e filosofia políticas, “clássicos” que dispensarão a leitura de farfalhudos e obsoletos “calhamaços”, sem necessidade de “queimar pestanas” e tempo em bibliotecas e centros de investigação, porque acessíveis no “sítio do costume” ali ao virar da esquina nas prateleiras intermédias, ao alcance da mão e do olhar. Sobre o efeito JRS, com “ligeireza” e “souplesse”, basta observar os instrutivos comentários nas caixas on-line, desde os tabloides aos “considerados” de referência. Afinal “Time is Money” & “It’s all Business”. Na verdade “JRS sabe perfeitamente ao que vem e com as suas ideias “fracturantes” procura apenas publicidade para embolsar. E quanto mais gratuita, melhor. É um produto da TV e se se anuncia na TV – a tal caixinha mágica que pretende mudar o mundo – é porque é “bom” e “fala verdade” – toda a verdade e nada mais que a verdade – como ditam ou rezam os manuais publicitários. Daí a publicista vai “o passo de um anão”. Reza a Wikipedia que é “doutorado em Comunicação Social “ e “ é hoje um dos jornalistas mais influentes para as novas gerações e no panorama informativo nacional” Afinal e de acordo com a mesma fonte “Em 2016 foi eleito o melhor escritor português, por 28 000 portugueses” Quem sabe se com piscadelas de olho, publicidade gratuita e novas maratonas não será em próximo concurso eleito “o MAIOR Português de Todos os Tempos” e os seus “rimances” obras de referência condensando toda a história, ciência e filosofia políticas, “clássicos” que dispensarão a leitura de farfalhudos e obsoletos “calhamaços”, sem necessidade de “queimar pestanas” e tempo em bibliotecas e centros de investigação, porque acessíveis no “sítio do costume” ali ao virar da esquina nas prateleiras intermédias, ao alcance da mão e do olhar. Sobre o efeito JRS, com “ligeireza” e “souplesse”, basta observar os instrutivos comentários nas caixas on-line, desde os tabloides aos “considerados” de referência. Afinal “Time is Money” & “It’s all Business”. Na verdade, “JRS sabe perfeitamente ao que vem e com as suas ideias “fracturantes” procura apenas publicidade para embolsar. E quanto mais gratuita, melhor. É um produto da TV e se se anuncia na TV – a tal caixinha mágica que pretende mudar o mundo – é porque é “bom” e “fala verdade” – toda a verdade e nada mais que a verdade – como ditam ou rezam os manuais publicitários. Daí a publicista vai “o passo de um anão”. Reza a Wikipedia que é “doutorado em Comunicação Social “ e “ é hoje um dos jornalistas mais influentes para as novas gerações e no panorama informativo nacional” Afinal e de acordo com a mesma fonte “Em 2016 foi eleito o melhor escritor português, por 28 000 portugueses” Quem sabe se com piscadelas de olho, publicidade gratuita e novas maratonas não será em próximo concurso eleito “o MAIOR Português de Todos os Tempos” e os seus “rimances” obras de referência condensando toda a história, ciência e filosofia políticas, “clássicos” que dispensarão a leitura de farfalhudos e obsoletos “calhamaços”, sem necessidade de “queimar pestanas” e tempo em bibliotecas e centros de investigação, porque acessíveis no “sítio do costume” ali ao virar da esquina nas prateleiras intermédias, ao alcance da mão e do olhar. Sobre o efeito JRS, com “ligeireza” e “souplesse”, basta observar os instrutivos comentários nas caixas on-line, desde os tabloides aos “considerados” de referência. Afinal “Time is Money” & “It’s all Business”. Na verdade “that’s the question”. E contra factos e “rimance”, não há argumentos. Apenas e só, infinitas sagas para esticar o cordel e a guita ?
Lamentavelmente o meu comentário saiu em “dobradinha” Mas a responsabilidade é minha. Enfim …aqui fica a rectificação.
Respeito o texto de José Rodrigues dos Santos porque, indirectamente, põe em jogo algo que fica sempre escondido atrás do biombo da História, particularmente a Portuguesa, manobrada ideologicamente pelas Raqueis Varelas e Fernando Rosas da nossa praça: a de que fascismo e comunismo são cara e coroa da mesma moeda. Ou seja, regimes de terror e opressão. Esta é que é a questão que deveria ser mais esclarecida.
Eu também respeito a sua patetice.
Copy/paste de um comentário que já apareceu em para aí 5 sites diferents.
Quanto à historia portuguesa ser manobrada por Raqueis Varelas e Fernando Rosas respondo-lhe com este nome: josé hermano saraiva (sim em minusculas). Apoiante declarado do estado novo. Um dos primeiros membros da mocidade portuguesa. Ministro da Educação do ditador salazar. Ah e claro! Um dos historiadores que mais “manobrou ideologicamente” a História de Portugal.
Eu não respeito a sua, pseudo.
Voltando à carga…
Quanto ao fascismo estar relacionado com o comunismo, julgo serem todos filhos do mesmo movimento. O Iluminismo deslumbrado com o progresso da Técnica que tenta criar um Homem Novo e destruir tudo o que está para trás. É a rejeição da Tradição que vinha da Antiguidade e o espalhar de mentiras sobre os Antigos, o Cristianismo ou a Idade Média. Tal como as seitas, espalham-se as teorias sobre como deve funcionar a sociedade e a partir daí vem o liberalismo, socialismo, comunismo, fascismo, etc., enquanto se constrói o Estado moderno. Essa construção começa com a vitória de D. Pedro mas tem raízes no Marquês de Pombal. Penso que os britânicos têm conseguido escapar mais a isto, afinal ainda têm a Monarquia, nunca estoiraram os colégios universitários, as instituições são proprietárias, o Estado é menos intrusivo, etc. Os franceses estão no extremo oposto e influenciaram muito a geração que tomou o poder após o 25 de Abril.
Deveríamos ser mais anglo-saxónicos ou franceses? É ver quem nos estendeu a mão quando as potências continentais tentaram invadir-nos…
“Se acham que o fascismo não tem origens marxistas, façam o favor de desmentir as provas que apresento nos dois romances.”
Oh diabo, eu que nem estava para comprar os livros (já estou servido de lenha para o próximo inverno) vou ter de reponderar… É que eu faço parte do (suponho que enormíssimo) grupo de pessoas que acham que o fascismo não teve origens no marxismo e como membro do grupo estou a ser exortado a desmentir as provas que estão nos livros, ou seja, a comprá-los. Ora aqui está uma boa estratégia de vendas…
Obviamente que a afirmação que Rodrigo dos Santos colocou é abusiva mas acho que se entende a “grande novidade” que ele pensa ter discoberto. Acho que é pacífico dizer que um comunista é diferente (até oposto de certa forma) de um anarco-simdicalista temos a guerra civil espanhola que exemplifica bem estas relações conflituosas que ainda hoje e devido a isso se mantêm um pouco. Também penso ser pacífico que o PC foi formado por um grupo de dicidentes anarco-sindicalistas encantados com a revolução soviética. Foi esta decidência baseada no pressuposto comunista que os fins justificam os meios face ao pressuposto anarquista inverso que fez separar estas duas correntes ao ponto de andarem aos tiros uns contra os outros. Vem o comunismo do anarquismo? De serta forma vem, é no entanto este pressuposto diferente que separa como água de azeite estas duas correntes.
Acho que está certa a afirmação que todas as correntes ideológicas da direita à esquerda têm origem na revolução francesa não quer dizer porém (antes pelo contrário) que sejam iguais. Existem ligações originárias entre entre movimentos proletários e o fascismo, não faltou anarquistas a passar para o campo fascista nem comunistas e etc não quer dizer porém que um produza o outro ou até que partilhem um denominador comum. Como explicou e bem um historiador aqui no público as diferenças começam logo entre nacionalismo e internacionalismo. São precisamente as diferenças que definem não as semelhanças. Assim como Caim é diferente de Abel.
O que todos queremos é o comunismo herdeiro do milenarismo que por outras palavras significa o paraíso na terra. Na forma como lá se chega é que ninguém se entende.
Muito interessante! Corresponde ao que ando a querer dizer, mas não sabia bem como.
Rodrigues dos Santos é um caso. Não estão em causa os méritos literários. Trata-se das consequências de um abuso de posição. Megalomania. Que estatuto tem Rodrigues dos Santos para escrever a história fora do âmbito ficcional? Zero. Tem estatuto nesta àrea, currículo, prestígio, credibilidade metodológica? Não. Então de onde vem o poder de Rodrigues dos Santos ao ponto de ousar fazer de um livro uma tese? Vem da noção do país. Ele acha que os portugueses são estúpidos. E de onde vem esse poder? Vem do poder que a RTP lhe dá através de direcções fracas e sem carácter que deixam que use todas as estratégias subliminares de auto-promoção através da sua compulsiva linguagem gestual. Hoje vai mandar outra vez a Direccção da RTP para a retrete e com ela todos os bons costumes de jornalismo ao piscar o olho aos portugueses. Só na noção do país que Rodrigues tem, insistido numa cumplicidade sem oposição, em humilhar sem qualquer respeito os portugueses que ambicionam assistir a um telejornal normal.
O Jose
e vc gosta de que? esclareça-nos
Senhor Luis eu gosto de tudo um pouco , mas gostava imenso que a maioria dos portugueses abrissem mais os olhos , exemplo virados mais para a cultura , baterem-se para uma vida melhor com bons salarios para eles e seus filhos sairem para à rua quando nao se esta contente e nao quando o Benfica ganha.Senhor Luis à 50 anos tinha 15 ans de idade muito chorei de ter deixado o nosso Portugal mas sempre com a ideia de um dia regressar , à très anos regressei vi como tratavem os portugueses depois o PASSOS falou novamento imigrem fiquei revoltado vendi a minha casa e parti novamento e pour isso digo abrem os olhos .tive muito gosto de conversar com o senhor.( hoje tenho 64 anos e muita tristeza de nao tido passado a minha vida em Portugal porque e aqui que tenho filhos netos e os idosos sao mais respeitados.obrigado
Se o JRS fosse menos malicioso e interesseiro(esta “polemica” foi inventada para vender livros tipo dan brown) poderia ir a qualquer hipermercado da nossa terra e testemunhar que o seu livro é vendido ao lado do mein kampf do sr.hitler,pelo que basta comprar os dois “edificantes”(amarelos?) livros e compara-los.p.s-aposto que com este comentario,o JRS já me mandou para a…venezuela/coreia do norte/cuba(riscar o que não interessa)
Escrevo-lhe desde a Venezuela. RS tem absoluta razão. Marxismo e fascismo são filhos da mesma mãe.
Para o comprovar terei todo o prazer de o receber em minha casa, aqui em Caracas. Não lhe deve ser difícil obter visto de entrada.
Aproveito a oportunidade para lhe pedir o favor de me trazer umas alheiras de mirandela e umas latas de atum. E também alguns jornais e revistas. Podem ser atrasados.
Cumprimentos,
muito bom
Depois de uma profunda investigação histórico-filosófica, e que me levou de forma febril a mergulhar nos mais de 350 comentários ao artigo de Rodrigues dos Santos escreveu no Público, descobri que a origem e a chave do pensamento intrincado deste filósofo se encontra no pensamento sábio do velho George W. Bush Jr.. Eis a demonstração deste facto. Em relação à guerra no Iraque, Bush afirmava:- “Não é uma guerra contra o Islão ou contra a nação da Islamia.” Já Rodrigues dos Santos parece querer afirmar:- Não é uma crítica ao Marxismo ou à nação da Marximia. Bush dizia que “precisamos de um Irão estável. Um Irão livre da influência Iraniana.” Rodrigues dos Santos defende que precisamos de um novo tipo de marxismo. Um marxismo livre da influência de Marx. Ainda em relação ao Iraque dizia Bush:- “Eu só quero que saibam que quando falamos sobre a guerra estamos na realidade a falar sobre a paz.” Já Rodrigues dos Santos afirma que quando falamos sobre Mussolini estamos na realidade a falar sobre Marx. Em relação à certeza, já Bush afirmava:- “Nós precisamos de estar certos… uma vez. Quero dizer, cem por cento do tempo.” Ou, “se ensinar uma criança a ler ela conseguirá passar um teste de literacia.” Ou de forma mais filosófica:- “Eu sei que o ser humano e os peixes podem coexistir pacificamente.” Que contrasta no entanto com a confissão:- “Eu gosto de ir à pesca.” Já Rodrigues dos Santos gosta mesmo é de escrever livros cujas frases chegam, como dizia Bush em relação às suas, “onde nenhum outro homem chegou.” Tal como Bush, para quem “uma dos coisas boas sobre livros é que por vezes têm imagens fantásticas,” Rodrigues dos Santos também parece gostar de livros. Em jeito de resumo podíamos dizer com Bush, agora em relação a Rodrigues do Santos:- “Vai levar algum tempo até conseguirmos restabelecer o caos.” QED.
Em Portugal sao sempre os mesmos jornalistas ,os mesmos comentadores, o mesmo cantorTCarreira, os mesmos apresentadores TV, os mesmos atrasados de certos politicos,sempre os mesmos atrasados de certos portugueses que se deixem levar pelo paleio dessa quadrilha assim foi eleito PR. o Marcelo. o Portugueses nao olhem para o futuro do PAIS mas sim dao-lhes futebol ficam logo com a barriga cheia .