Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

António Bagão Félix

24 de Janeiro de 2016, 21:19

Por

A matemática presidencial

Marcelo venceu a coligação anti Marcelo, com absoluta maioria. Um passeio de Marcelo-ele-próprio melhor do que Marcelo-candidato. Uma eleição que só poderia ter como vencedor alguém que é capaz de alargar a habitual dicotomia direita/esquerda, ao contrário de, em nome de um proclamado “tempo novo”, a reduzir.

Numa simbologia matemática, bem se poderá dizer que Marcelo usou a potenciação com mestria. Os outros candidatos limitaram-se á divisão (das suas áreas doutrinárias, com fracções) e à adição (de assuntos que não eram chamados para esta eleição). Também houve raízes quadradas, mas o melhor é passar ao lado.

É claro que na pré campanha e, sobremaneira na campanha, todos fizeram os seus números. Marcelo também aí se diferenciou. Usou a simplicidade e inteligibilidade dos números naturais e evitou números fraccionários. Já outros candidatos abusaram dos números imaginários e dos complexos, o que os levou a chegar a certos números irracionais.

 O novo Presidente, inteligente comunicador, nunca esqueceu a propriedade associativa, ainda que tenha sido generoso no uso da propriedade distributiva face ao trigonométrico Costa. O segundo candidato mais votado, Nóvoa, terá abusado da propriedade comutativa numa lógica discursiva em que, invertendo os temas, o resultado era o mesmo, quer dizer, redondo ou involutivo.

Pronto. Agora é tempo de Marcelo R. de Sousa preparar a topologia do(s) seu(s) mandato(s), com bom uso da análise combinatória, da geometria projectiva e com prudência na teoria dos jogos.

 

ABF

24/1/2016

Comentários

  1. Marcelo R.de Sousa. R. de Sousa. R. Erre. Herr. Alemanha. Chegámos ao ponto.

    Para a Europa o problema é cada vez mais claro: a Alemanha e a Holanda acumulam excedentes. Os países do Sul estão na austeridade. (Veja-se “EUA versus China”, de Félix Ribeiro, Ed.Guerra e Paz, Lisboa, 2015, páginas 133-137. Vejam-se as premissas. Veja-se a conclusão. Como se diz em lógica, é um silogismo forte. Plausibilidade? Existe certeza.)

    Marcelo pouco pode fazer perante isto. A Alemanha é o maior problema da Economia Global. Acumula excedentes absorvendo mercado, ao contrário dos EUA que fornecem liquidez e geram mercado. A Alemanha gera desigualdades no espaço do Euro. Atrapalha a Economia Global. A Alemanha é um país envelhecido, pouco inovador. Vejam o resto no livro citado.

    Do ponto de vista de Marcelo é mais a curiosidade de saber, considerando as combinações de 3 dois a dois seguintes:

    PR – Bloco/PCP ; PR – Governo PS ; Governo PS – Bloco/PCP,

    como se vai comportar. É quase de somenos importância. É um pormenor.

    Quem distribui jogo, quem pode fomentar consensos a nível europeu é Costa(o quarteto latino está em marcha). Costa é o cérebro, o 10, o Joker. Marcelo é quase acessório. Vai continuar mediático. Tão somente.

  2. Os média estão de parabéns por elegerem o seu candidato. Agora, é só esperar que seja a esperada força de bloqueio e que se continue a fazer de conta que tudo pode ficar na mesma.

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