Ficámos este fim de semana pelo menos dois mil milhões de euros mais pobres, apesar de o comunicado seráfico do Banco de Portugal se ter esforçado por apresentar tudo como coisa normal. O Primeiro-ministro assumiu a perda. E o Santander ficou mais rico, bem como eventualmente os beneficiários de alguns jogos bancários dos últimos dias ou semanas no Banif.
Pode ainda acrescentar-se que, na realidade, a tramoia já vem de longe e que foi só por razões políticas que a questão do Banif foi escondida, nos termos de um acordo ou de uma concessão do Governador do Banco de Portugal às conveniências eleitorais de Passos Coelho.
Os erros acumularam-se durante todo o ano, apesar dos claros sinais de alarme: uma extravagante tentativa de receber como acionista a família reinante da Guiné Equatorial, o incumprimento da dívida para com o Estado desde janeiro e, finalmente, a evidência da vulnerabilidade do Banif nos últimos meses, com oito planos de reestruturação do banco rejeitados pelos organismos europeus.
A resposta das autoridades portuguesas foi nenhuma. A administração devia ter sido demitida e o Estado devia ter tomado conta do banco (sendo o acionista a 60%, a coisa seria trivial), mas preferiu-se a inacção e o apodrecimento. Tomé e Luís Amado continuaram tranquilamente a explicar ao país o que esperavam que fizéssemos por eles.
Na última semana, tudo piorou. Alguém lançou o boato da liquidação do banco e desencadeou assim a corrida aos depósitos. Se não foi um comprador pretendendo tornar irreversível a pressão sobre os representantes do Estado, foi muito bem imitado. Entretanto, a crise exigiu centenas de milhões de euros de empréstimo de liquidez e o prazo para uma solução não podia ser adiado. Acresce finalmente que, por razões enigmáticas, a CMVM só no fim da semana suspendeu as acções em Bolsa.
Um ano de erros, uma semana de catástrofe.
Vieira Pereira, um cronista conservador e certamente próximo dos pontos de vista de quem tem governado Portugal, escrevia-o com toda a propriedade e algum pesar: a banca é um problema sistémico. Ou nos livramos dele ou continuamos a pagar.
Mas, mesmo esperando medidas de fundo para resolver este problema sistémico de todo o sistema bancário, há perguntas imediatas que esperam resposta.
A primeira, o Governador do Banco de Portugal, depois do BES e do Banif, não tira nenhuma conclusão sobre a degradação da confiança na banca, sob a sua liderança e nestes dois casos com a sua responsabilidade directa?
A segunda, o governo, se entende que é necessário uma nova forma de supervisão e uma nova instituição capaz de proceder à resolução de bancos em risco, que passos vai dar nesse sentido?
A terceira, queremos mesmo submeter Portugal a um regime de resolução que, nos termos da União Bancária, imporá forçosamente a desconfiança permanente dos depositantes?
Vamos lá ver se nos entendemos:
1- a empresa B, privada, é mal gerida e para evitar a falência em 2013 pede ajuda à empresa P
2- a empresa P, no final de várias operações, acaba por ficar com 60% da empresa B por 700 milhões, numa avaliação da empresa B em 1167 milhões, fora mais uns quantos milhões que foram emprestados
3- apesar de acionista maioritária, a empresa P deixa a gestão a da empresa B a terceiros
4- durante 2 anos a empresa P tenta restruturar a empresa B para que corrija os problemas deficitários e possa no médio prazo recuperar o que foi investido. A empresa é maioritariamente sua, é gerida por terceiros e mesmo assim a empresa P tem de pedir autorização a uma 4ª entidade, E, que recusa o pedido 8 vezes seguidas.
5- em 2015 a empresa P decide vender os seus 60% da empresa B por 150 milhões (que tinha adquirido por 700), à empresa S. No entanto aquilo que é transacionado é a parte boa, que dá lucro, agora avaliada em 250 milhões (valia 1167 à 2 anos atrás).
6- como se não bastasse, a empresa P decide ficar com a parte má da empresa B, dando como perdido o empréstimo de 150 milhões ainda por receber e injetando ainda mais uns valentes 2000 e tal milhões, em algo que se considera como provável investimento a fundo perdido.
Será que percebi isto bem?
Pois, no mundo empresarial, não se passava do ponto 2. Falia e pronto. Mas como se tratam de bancos, toca a encher os buracos com dinheiro… É isso, está decidido, vou ser “empreendedor” e abrir um banco, cavo um buraco diretamente para uma conta off-shore e depois os palermas dos contribuíntes que o tapem, otários…
Legenda:
B = Banif,
S = Santander,
P = Portugal (Estado = todos nós contribuíntes),
E = Entidades europeias (BCE, DG-COMP, €urogrupo),
gestão de terceiros = Luís Amado
1. ‘Alguém lançou o boato da liquidação do banco e desencadeou assim a corrida aos depósitos. Se não foi um comprador pretendendo tornar irreversível a pressão sobre os representantes do Estado, foi muito bem imitado’?
Teorias de conspiração, à dúzia sai mais barato.
E porque não esta outra hipótese:
Se não foi um faccioso do Costa e da sua trupe e aliados, procurando tornar irreversível a pressão sobre os representantes do Estado, foi muito bem imitado.
No fim de contas, este desenlace é exactamente o que convém ao Costa e à sua trupe e aliados.
O dinheiro do fundo de resolução não é do Costa ou da sua trupe e aliados. Esse é dinheiro dos bancos, accionistas, credores e depositantes.
O dinheiro dos contribuintes não é dinheiro do Costa nem da sua trupe ou aliados, é dinheiro dos contribuintes.
Portanto, esta resolução nada custa ao Costa e à sua trupe e aliados .
E, assim, usando o dinheiro dos outros, Costa não só despacha o Banif, não mais tendo de se preocupar com esse banquito, como ganha uma oportunidade única para lançar para cima dos outros toda a lama e todas as culpas por todos os prejuízos.
Costa e a sua trupe e aliados querem sair limpinhos e com o lucro todo. O dinheiro não é deles. Ele limitaram-se a usa-lo em proveito próprio. Daí a rapidez da decisão.
E, se o Costa tomou o poder, foi porque quis. Se não o tivesse querido, teriam sido os outros a ter de resolver o problema. Aí, a pergunta a fazer é esta: como é que os outros teriam resolvido este problema? Melhor ou pior do que o Costa?
2. ‘a tramoia já vem de longe e que foi só por razões políticas que a questão do Banif foi escondida, nos termos de um acordo ou de uma concessão do Governador do Banco de Portugal às conveniências eleitorais …?
Teorias de conspiração, à dúzia sai mais barato.
Mas se houve acordo ou concessão do Governador antes também é óbvio que, agora, também houve acordo e concessão às conveniências políticas (e, logo, eleitorais) do Costa e da sua trupe de aliados. Segundo consta em toda a imprensa, o Governador colaborou com o Costa em tudo o que o Costa acabou por decidir e fazer.
Quer isso dizer que o Governador faz jeitinhos a quem quer que esteja no poder? Não me admirava nada isso, tendo em vista a história dos banqueiros em Portugal.
Mas, aí, o problema não é dos banqueiros. Toda a gente sabe que os banqueiros procuram é lucro. Ora isso, em si, não é problema pois é graças a isso que os banqueiros podem ser socialmente úteis. O problema é mas é dos políticos que não os mantêm à distância e os usam para as suas conveniências políticas. Suas, dos políticos e das suas trupes e aliados.
3. Isto não é para defender os que lá estavam antes do Costa mas sim para atacar o óbvio, e possivelmente deliberado, enviesamento deste franciscano blog por parte de quem procura explicações plausíveis e embirra com óbvios, e possivelmente deliberados, enviesamentos e confusões.
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Tem toda a razão. Quem lançou o boato foi um capanga do Costa, para provocar dificuldades ao seu governo e para gastar dinheiro dos contribuintes que podia ir para prendas de natal. Abaixo as teorias da conspiração, tudo é evidente, o Costa é que lançou o boato.
Percebo porque tem que assinar com um pseudónimo, nunca escreveria isto com o seu nome, pois não?
Claro que não. Que lhe interessa o meu nome? Exprimi a minha opinião porque acho que vale por si e não por aquilo que eu sou ou deixo de ser. De resto, sou pessoa anónima sem qualquer especial relevância ou filiação. E, nestas coisas, antes de mais, acho que o que interessa são as ideias. Desde sempre houve e continua a haver muito boa gente a escrever sob pseudóninos pelas mais diversas razões sem que por isso a importância do que escreveu tivesse ficado diminuída ou esquecida.
E não me interessa o seu nome. E nem me interessa quem você é. Primeiro, as suas intrigas e teorias, conspiratórias ou não, não me intimidam, seja você quem for. Segundo, não tenho a mínima intenção de andar atrás de si, seja você quem for.
Acho que deixei claro que a minha ‘teoria de conspiração’ era fruto da minha imaginação. Mas pelo menos eu sei que intrigas e teorias conspiratórias não pagam dívidas. E é essa a diferença entre o que eu escrevi e o que você escreveu.
Bem agora que já é conhecido o 4º banco falido e pago pelo contrubuinte aceita-me apostas para o 5º
sim porque isto não fica por aqui obviamente.
1) Montepio
2) BCP
3) Caixa agricola
Ó Louçã ! O Johnny está de volta !
Eu não te dizia que o Passos era um dos patifes mais espertos dos últimos tempos ?
A bomba está ou não está a explodir nas mãos do Costa ? Ainda só tomou posse há 15 dias e pimbaaaaa toma lá 4 biliões para dar aos contribuintes !
E ainda mal começou a festa !
Infelizmente não deve terminar aqui, a gatunagem dos gestores pagos a peso de ouro e muitos deles condecorados pelos políticos . Este é o retrato de todo o pais desde bancos passando pelas empresas ,as insolvências, mais recentemente os planos especiais de revitalização ( eu diria planos especiais de roubalheira) . O pais está a saque há muitos anos e como a justiça não funciona os juízes são comprados e quando não são e tentam fazer justiça aparecem os lacaios em manifestações de apoio. Se houvesse justiça toda esta gente apodrecia na cadeia ou era levada para o campo pequeno como dizia o Otelo e fuzilados . Porém tenho a certeza que este mesmos gestores vigaristas dentro em breve estarão noutro cargo importante, afinal tem sido assim com todos até hoje!
Estamos a chegar ao fim do natural caminho. Hà muitos anos que os portugueses vivem acima das suas reais possibilidades.
Assuma-se a realidade. Compram o automóvel, a casa, as férias etc. a prestações com valor acima das suas reais possibilidades de pagamento. Resultado ferram o calote ao Banco. Milhares de calotes levam os Banifs á falência . Para não ser tão rápido á falência deixam os CALOTES como ativos. Os gestores bancários são os reais criminosos porque financiaram o que se fossem sérios e responsáveis não teriam financiado. Os gestores do BANIF, BES, BPN, etc. devem ser julgados e sofrerem as consequências da sua irresponsabilidade.
Das três questões que deixa, no final da sua consistente análise, só a última constituirá uma verdadeira interrogação, porquanto, a primeira está respondida desde quando o governo da legislatura anterior, reconduziu no cargo de governador do BP, o actual titular, como promoção pelos altos serviços prestados no caso BES/GES.A resposta á segunda, dependerá do tempo e assuntos de Estado que sejam prioritários por este governo mas, será provido de guião e intérpretes diversos dos que pactuaram, por omissão ou conflito de interesses, com a degradação de todo o sector bancário. Em qualquer dos casos não deverão vir a sobrar muitas individualidades que, por altos serviços prestados, possam vir a ser agraciados por futuras condecorações, até porque já se antevê, uma escassez inusitada de medalhas e prebendas.
O que me espanta é o vosso espanto!
Engana-se quem quer jogar todas as culpas para cima do governo anterior. E daí? Perdem 100 votos nas próximas eleições? Governo, bom, ou mau, é eleito. Há que ir ao ventre. Por que motivo todos os admnistradores contiunuaram em funções quando sabiam que a situação era essa? Por que não teve um que se demitiu? São esses os grandes responsáveis, é essa ausência de coragem e de honestidade reinante na sociedade civil que deve ser atacada de frente. Se um adminstrador tivesse tido a coragem de denunciar essa situação muito poderia ter sido evitado. O mal está entre nós. Foram esses homens que permitiram que o salazarismo durasse 50 anos. É contra essa corja, que recruta em todos os partidos, que há que se levantar.
Dr Francisco Louca: na minha opiniao o governo fez bem em adiar este problema ate agora. E melhor assim, Resolver uma coisa de cada vez. Com eleicoes a porta, de resultado incerto, o pior que podia acontecer era uma crise bancaria em simultaneo com eleicoes. Infelizmente, Portugal esta num limbo na sua relacao com os mercados financeiros, e estara por muitos anos. E isso leva a que se justifiquem atitudes destas por parte dos governos e governadores do banco de central- enfim e horroroso, mas e a vida que temos.
Penso que nao houve ma gestao no ultimo ano do processo Banif, nem do governo nem do banco central. O que houve foi muito ma gestao (e porventura crimes) no periodo antes da crise, em que se concederam creditos a amigos e se pagaram salarios e bonus elevadissimos, sem sentido.
Acho que o BE deve ser diferente nesta materia – acusar o governo e governador nao resolve nada. No fundo as pessoas sabem que os gestores da banca e que sao responsaveis por esta infindavel ruina. Nao sao os governantes, sejam eles quias forem. Como contribuinte espero muito do BE nestes dominios.
Não são os dois milhões que nos empobrecem, a pobreza vem-nos do estofo que temos em tolerar os caciques que envenenam o sistema. Que se saiba, o Banco de Portugal assumiu até agora o papel de válvula de segurança nas infindáveis pilhagens dos gestores financeiros à coisa pública, o BdP tem, como qualquer banco central, um estatuto independente, mas haverá quem controle esta verdadeira loja maçónica de modo a que os seus gestores respondam finalmente perante a responsabilização pública? Poderá o governo livrar-se do conluio entre ex-ministros, ora ministros, futuros ministros e os gestores daquela instituição de bandidos? Porque será que insinuamos haver três poderes e só ostentamos um que nem consta nas premissas de um estado de direito, o da corrupção. Que mais será preciso para que os portugueses se mobilizem para por fim a esta dinastia do pilharete, talvez devamos tolerar a tirania do exímio carrasco que amputa o ladrão da sua melhor mão e para que lhes sirva de exemplo, que sejam os seus subordinados quem executa a punição.
Por razões meramente eleitorais o governo de Passos Coelho e Paulo Portas mandou à Pàf os “supremos interesses da nação” e escondeu a situação do BANIF.
É insuportável que uma democracia continue a acomodar a má gestão, feita para favorecer os seus interesses próprios de banqueiros e gestores por eles nomeados. É inaceitável que quando se regateia o aumento do salário mínimo nacional para 530,00 €, se tenha que devolver às prestações os cortes nas pensões de reforma, nos salários, nas prestações sociais, se adie o fim da CES e se devolva às pinguinhas a sobretaxa de IRS, se encontre sempre milhões de euros para pagar as falcatruas da banca e do sistema financeiro. Para falar só de Portugal os casos desfilam – BPN, BPP, BES, BANIF – e nunca há responsáveis. Para receber dividendos conseguidos depois de martelar as contas aparecem sempre os accionistas, para pagar as asneiras e as falcatruas cá estão os contribuintes, ou melhor os trabalhadores, reformados, desempregados.
Uma democracia assim, só pode estar doente.
Dr.Louçã, nunca desculpou Passos pela bancarrota que recebeu de Sócrates e já está a desculpar Costa pelo que recebe de Passos…interessante !!!
Dr. Louçã, nunca desculpou Passos pela bancarrota que recebeu de Sócrates, e já está a desculpar Costa pelo que recebe de
Passos… Interessante.
O estranho aqui é que ninguém se refere ao Luis Amado, o presidente do CA do BANIF… o homem tem um impressionante jeito para a camuflagem…
Não leu o texto?
F, hoje é o dia em que me apetece ser do MRPP, morte aos ladrões, e de passo condecorar a uma série de pessoas que nesta situação decidem ser justiceiros, o governo apoiado pela esquerda, acaba de fazer um negocio ruinoso para os contribuentes e numa lógica olimpica responsável pelo que se passou no Banif. A esquerdalha bancou o Banif, nada mais de agrado dos masoquistas virados sádicos, coisa muito estudada na psicologia. Devo dizer esta solução é má, poderia ter sido evitada?, quem não evitou foi o Banco de Portugal, o Governo anterior, que fique claro, isto não teve nada ver com este governo, embora tenha a ver com o PS. pelo Banif passaram dirigentes socialistas. Cabe ao PS tirar as ilações sobre a sua visão sobre o funcionamanto do sistema financeiro, que foi no passado de laissez faire. Mas a pergunta fica, porque o negócio bancário anda tão mal, porque o Estado teve que salvar este banco, como salvou o BPN, o BES, sem esquecer os chorudos empréstimos ao BCP, BPI, porque os partidos tiveram a complacência de facilitar todos os negocios havidos e hachados à banca, porque intepretaram um papel da banca como omnipotente, não apenas de facilitadores financeiros mas de lideres do desenvolvimento económico e com a possibilidade de serem donos de isto todo, no caso do Banif, da Madeira e de tudo o que vem rede, de modo escandaloso, mas em surdina para a opinião pública, que vive de estes momentos circenses onde o actual governo se asemelha à Geni , joga pedra no governo, mas é so sacanice temporal porque veremos o Carlos Costa e a Maria Luis a arder no seu zepelin prateado.
Penso que a PGR deveria se debruçar sobre o assunto, e que os administradores nomeados pelo Estado ou não deveriam devolver os salários e valor das demais regalias de que gozaram abusivamente. É uma satisfação mínima a dar à população que mais uma vez vai arcar com os prejuízos. E depois seria também interessante conhecer o que fazia o Banif em Malta, e quem era seus clientes e demais detalhe sobre essas e outras operações. O sigilo bancário é muito bonito, mas é um dos elementos desta roubalheira a que estamos sujeitos. Creio também que este caso lança uma luz nova sobre o caso do BES, independentemente das malandrices cometidas pelo R. Salgado, que queriam vender ao Fosun. Até quando os palacetes, os carrões, os restaurantes e os hoteis, os relógios a dezenas de milhares de euros? Até quando tudo dantes no quartel de Abrantes?
Então o BE e o PCP vão pactuar com este ataque ao erário público??????????????
TINA!!!! ahahahah As obrigações sénior e os depósitos milionários (>100k) protegidos pela extrema esquerda, atacando o contribuinte! Ainda não parei de rir!!!!
o dr.coelho/portas e a senhora dra maria luiz albuquerque tambem ainda não pararam de rir,os da tvi tambem não param de rir…no fundo estamo-nos todos a rir.Boas Festas….
Vai ser um sapo duro de engolir.
Bom, pelo menos vão perceber como é que a dívida externa vai continuando a subir.
É o mercado a funcionar, paga lá o dízimo ao Banif, perdão, Santander.
Nesta altura já não deve restar um único deposito superior a 100k no banif… nem secalhar em outros bancos como o montepio…
Vou ser ligeiro. Mas, compreendida a extensão do problema, questiono: quando é que isto acaba?
Sempre me causou estranheza a figura misteriosa de Luís Amado – que, curiosamente, o polémico VPV considerou, em tempos, um homem educado e civilizado. Um PS(?) da ala direita, um MNE politicamente correcto até à náusea, sem levantar uma onda, com um discurso enrolado e circular. Pessoas deste quilate fazem falta, em funções de grande responsabilidade, a Portugal? Quando fazemos a limpeza da casa? Estes senhores cinzentos -muito cinzentos – não fazem falta a Portugal. Resultado: mais dois mil milhões de euros.
Este problema integra a desgraçada herança de Passos/Portas.
É o que dá ter a esquerda radical a nacionalizar bancos, tudo o que é público é mal gerido. Como, era (mais um) banco privado? Pois… O problema é não se ter privatizado a CGD.
Ou coisa assim, não tenho jeito para imitar atrasadices mentais.
Um dos principais acionistas da Prisa não é o Santander? Ai, capitalismo, capitalismo… És um fofo.
Ainda bem que Alberto João Jardim foi hoje condecorado. O Banco do PSD-Madeira bem o merece, “tudo o que é público é mal gerido”, como se vê.
Não foi condecorado A.J.Jardim mas durante anos e anos ouviu-se quer de elementos do PSD/CDS, quer do PS os mais rasgados elogios a Horacio Roque. O homem até foi convertido em Comendador provavelmente pelos inumeros certificados de habilitação e inumeras cartas de condução que ” facilitou ” aos Portugueses que tiveram que fugir de Angola no pós-25A.
Todos os Partidos , todos os Governadores do BP , sabiam e pelo seu silêncio foram coniventes dos negócios realizados com o dinheiro dos depositantes do BANIF e uma empresa de nome RENTIPAR , a qual era detida em simultâneo com o BANIF , pela mesma pessoa.
Os Politicos , todos eles , que estiveram calados que nem ratos não venham agora lamentar o que quer que seja.
Foi condecorado AJ Jardim.
Se o apoio do Fundo de Resolução se materializar já este ano, o défice vai voltar a subir e ficará acima dos 4% pelo sétimo ano consecutivo. O Sr., Francisco Louçã, foi dos que nunca se coibiu de apregoar e criticar aos quatro ventos, que o défice de 2014, ficara nos 7% por culpa da solução encontrada pelo anterior governo. E agora? O que tem a dizer a isto? Um défice em 2015 de 4%, por culpa da solução aplicada pelo Governo Costa, com o apoio do seu partido, nunca é demais dizê-lo, já é bom, já é justificável? Claro que sim, porque coerência é algo que não se pode pedir a um político
Não, não é justificável. Passos Coelho responde pelo caso do BES e responde pelo caso do Banif. Os dois com implicações no défice. E Carlos Costa responde por todos.
Ao montante agora despendido deve juntar-se o que será necessário para a recapitalização do NB, isto se o Governo decidir que não pretende vender o Banco assumindo perdas. Convenhamos, a nacionalização do BPN teve ao menos a virtude de ter sido mais transparente (embora tenha deixado de fora a SLN). Ficamos a aguardar por notícias de novos esqueletos no armário do sistema bancário. Como já aqui disse, a Esquerda deve rapidamente decidir o que vai fazer, isto é qual o novo modelo de supervisão e regulação bancárias, porque tal como na Grécia, a banca é mesmo o Calcanhar de Aquiles de toda a nossa Economia. Felizmente, parece que a questão do alívio da dívida vai começando a fazer o seu caminho no FMI. O BE não deve largar o Governo nesta matéria…
Ate se tentou resolver o problema, sim sim..não se recordam provavelmente mas durante os trabalhos preparatórios de Basileia II falavase em, ‘Early intervetion””Living will”, » Bail In » etc …-expressões peremptórias -para definir indicadores comuns e também um « timing » adequado caso não se pudesse evitar a intervenção pública (a ideia matriz era no entanto deixar os bancos ira os mercados numa primeira fase) também se pretendia diminuir/minimizar os custos para os contribuintes ,agora perguntasse: o que fez o Banco de Portugal neste sentido? Muito pouco parece…
Exacto.
Gostaria de ver sentados numa comissão de inquerito,o dr.coelho,o dr.portas,o governador do banco de Portugal,o director de informação da tvi e os donos do santader(em Espanha tambem acabou o bipartidismo,logo os donos do santader tambem vão ter que responder ao…Podemos).
Lá estarão sentados.
A questão essencial não está na recuperação da banca nacional. São os argumentos, as ‘razões’ e a protecção do Feudalismo em Portugal.
Portugal é um País extremamente violento, baseado numa rígida sociedade por classes em que há ameaças a quem aponta o dedo aos Senhores Feudais.
Francisco Louçã, como homem inteligente que é, sabe perfeitamente as consequências de mencionar esse tema.
Com famílias importantes em Portugal, a única solução é deixá-los brincarem com o nosso pouco dinheiro, com as nossas parcas posses, com o nosso futuro.
Mais um banco, mais dois bancos para o maralhal pagar? Não há problema: o que interessa é não incomodar suas Excelências porque isso seria intolerável.
Louçã sabe isso perfeitamente.
Sei do que falo: se querem perder o emprego em semanas, façam uma pergunta ou apontem alguma coisa aos Senhores Feudais.
As consequências desse sistema estão à vista de todos. Portugal tem credibilidade reduzida em muitos círculos Internacionais. O PR refere isso sistematicamente.
O que mais me surpreende tal como no caso BES, é que durante meses tentou-se encontrar soluções a isto, sim, sim…não se recordam provavelmente mais foi nos trabalhos preparatórios do Basileia II, e falavasse então de « Bail In » e de « Living Wills », expressões peremptórias para mecanismos que deviam jugular os fracassos dos bancos, até se dizia que os reguladores deviam elaborar « early Intervention » o seja indicadores comuns para definir previamente o momento exacto da intervenção dos reguladores para minimizar a intervenção publica-o seja com dinheiro dos contribuintes e agora perguntasse o que fez o Banco de Portugal nesse sentido?
Caro Dr. Francisco Louçã,
Sempre achei estranho estas vendas por proposta em carta fechada.
Não teria lógica que após se ver qual é a melhor proposta, que se juntassem todos os candidatos numa mesma sala e se verificasse se existe algum que desse um maior valor?
Seria um leilão tendo por valor mínimo a melhor proposta e eventualmente um valor mínimo definido pelo vendedor.
Seria um caminho. Mas neste caso fica a indistinta sensação de que as autoridades europeias tinham já escolhido o vencedor.
Eu só gostava de saber, quem é que no seu perfeito juízo, ainda continua a defender que os bancos comerciais (não os de investimento), devem continuar a ser privados…
Isto é surpreendente.
E mais. Ainda têm a lata de chamar radicais e extremistas á CDU e ao BE, por exemplo, que há muito defendem que este tipo de bancos devem ser públicos.
Mas que grande “imposto ideológico” (palavras usadas ontem por Paulo Portas, referindo-se á reversão da privatização da TAP vendida á pressa e de forma ilegal), nos querem impor a todos!!!
É completamente inaceitável que o governo de extrema-esquerda transfira esta quantidade absurda de dinheiro para enriquecer os banqueiros do Santander. Ao mesmo tempo, aumenta as pensões mais baixas de uns míseros cêntimos que nem sequer compensam a inflação prevista. Repugnante!
Suponho que devam ser condecorados os que esconderam este caso para se protegerem da crítica nas eleições. Ou que lá puseram o dinheiro. Repugnante.
Não devem ser os clientes a pagar.
Mas muito menos devem ser os contribuintes. Porquê os contribuintes?
São os contribuintes a pagar reparações de um equipamento Industrial vendido por um Importador que vai à falência?
São os contribuintes a pagar o jantar de trufas e lagosta de um VIP que afinal estava falido? Só para não prejudicar o restaurante?
É inadmissível.
Francisco Louçã: Se supõe, supõe muito mal. O governo da PaF é inteiramente responsável pelo estado lastimável a que chegou o BANIF. O governo da extrema-esquerda é inteiramente responsável pela lamentável solução que consiste em tirar aos pobres para dar aos banqueiros espanhóis.
Lagosta com trufas? De que maneira? Talvez com a bicha cortada na longitudinal e a trufa encorporada em manteiga a fazer uma camadinha antes de ir tudo ao forno. Será assim? Tem o amigo outras ideias? Vou já experimentar.
Exma. Leonor: teve muita piada. Repare: é o truque perfeito para jantar sem prejudicar nenhum restaurante: os contribuintes que paguem a conta.
Os portugueses nao veem que o governador do banco de Portugal nao prestava e ainda o meterem a segunda vez , faz.me lembrar o Cavaco . portugueses abrem os olhos
Não foram os portugueses quem escolheu Carlos Costa. Foi Passos Coelho.
Francisco Louçã: Carlos Costa foi escolhido por Sócrates em 2010 e reconduzido no cargo em 2015 por Coelho. Agora o governo da extrema-esquerda cozinhou esta “solução” com Carlos Costa. Aparentemente, Carlos Costa é muito estimado pelos principais partidos políticos portugueses. Será muito interessante ver quem vai aprovar o orçamento retificativo na AR.