Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

António Bagão Félix

19 de Dezembro de 2015, 12:54

Por

É grave ser agudo

Gosto de reflectir sobre normas e curiosidades da nossa Pátria linguística, às vezes tão maltratada. Fico feliz quando encontro oportunidade de falar sobre estes assuntos com amigos igualmente atentos (confesso que muito poucos…). Há dias falava com um deles. Sobre a classificação das palavras em relação ao acento tónico.

Como se sabe (ou deveria saber) as palavras são agudas ou oxítonas, como maçã, graves ou paroxítonas, como pêra, esdrúxulas ou proparoxítonas, como nêspera. Os exemplos são uma forma de aliança linguístico-botânico, dois dos meus prazeres favoritos.

E notámos que falta classificar as palavras resultantes da conjugação pronominal de um verbo, que pode dar-nos formas com 3 sílabas átonas depois da tónica. Exemplo: fazíamo-lo; notáramo-los; enganáramo-nos. Poderiam ser classificadas como pré-esdrúxulas ou pré proparoxítonas!

E, curiosa ou estranhamente, a palavra esdrúxula é esdrúxula; a palavra grave é grave; mas a palavra aguda não é aguda, mas grave – o que é “grave”!

Comentários

  1. Uma coisa que me deixa doente na Aberração Ortográfica são precisamente as “conjugações pronominais” como “rejeitá-lo”, em que os correctores ortográficos da Aberração me querem sempre tirar o acento final! Fico possesso!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Tópicos

Pesquisa

Arquivo