Será hoje leiloada uma carta de Darwin a um então desconhecido, o jovem advogado F.A. McDermott, que o inquiria sobre as suas convicções religiosas.
Durante muitos anos, Charles Darwin tinha escondido o que pensava da religião, embora o seu livro sobre a evolução das espécies tenha sido lido como um questionamento da doutrina bíblica – e era. Ou porque a sua mulher era crente, ou por temer o escândalo que as suas opiniões provocariam, nunca tinha respondido a questões semelhantes e que tinham sido insistentes. Mas, aos 71 anos (morreria dois anos mais tarde) respondeu lapidarmente.
Escreve Darwin que não acredita na Bíblia como uma revelação divina nem que Jesus Cristo fosse filho de Deus. Nas duas respostas, Darwin aponta o essencial: essas duas ideias são crenças (e ele não acreditava). Acreditar ou não é o que se chama uma questão de fé e, portanto, o seu debate fica fora do alcance da razão e da argumentação. Não há forma racional de estabelecer essas vinculações, seja da Bíblia à palavra de um Deus seja a de Jesus Cristo como seu filho. Isso, aliás, não diminui o significado da figura histórica de Jesus, que marcou o ascenso de uma seita cristã dentro do judaísmo – para usar as palavras de Frei Bento Domingues, se o estou a citar bem – e se transformou numa das grandes religiões mundiais. Ou, como escreve Anselmo Borges, sacerdote e teólogo fascinante, Cristo, “blasfemo religioso e subversivo social e político”, haveria de marcar o nosso tempo.
Miguel Portas ofereceu-me uma vez um livro deslumbrante, “A Verdadeira História de Jesus”, de E.P. Sanders, professor de ciências da religião na Universidade de Oxford e depois na de Duke, nos Estados Unidos. O livro compila a evidência histórica disponível e verificada sobre a heresia cristã e sobre o seu impacto na época, conduzindo-nos através da Bíblia e de muitos outros escritos ao encontro dos sinais dessa revolução, que demonstra como foi profunda e como se prolongou no tempo.
Ao ler a carta de Darwin, que não conhecia, pergunto-me quanta coragem foi preciso para que aquele cientista do seu tempo pudesse responder com honestidade à pergunta que o excluía do senso comum da sociedade britânica, conservadora e autoritária, temente e obediente, em nome da sua ciência que era a sua convicção mais profunda. E noto o cuidado, talvez até carinhoso, com que ele escolhe as palavras e se diferencia do que recusa, porque não encontra justificação racional para esses dogmas, mas nada mais dizendo sobre a fé ou opinião dos outros. Darwin, grande senhor da ciência moderna, respeitando o seu correspondente, era um homem mais tolerante do que alguns bispos e ayatollahs dos tempos de hoje.
Para os comentadores que escrevem “Teoria da Evolução” para implicar que a Evolução é apenas uma teoria, não facto, saibam que estão desactualizados de várias décadas.
A Evolução é um facto aceite pela generalidade da comunidade científica, não meramente uma teoria. Existe até um artigo no wikipédia acerca do assunto (a versão em Inglês é bem mais completa) https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_como_teoria_e_facto.
Se a wikipédia diz, quem pode negar?
Valha-me “Deus”
Para os comentadores que consideram que uma teoria científica aceite pela generalidade da comunidade científica é, por isso um facto, saibam que a sua desactualização é de várias décadas.
Muitíssimo poucos em Epistemologia da Ciência aceitam isso hoje (sem link do wikipedia). É uma teoria muito plausível e a melhor que temos, mas isso não faz dela facto.
Dar a volta ao resultado: “Com minúcia de intérprete e transparência de Mestre, o Prof. E. P. Saunders tenta reconstituir a fisionomia histórica de Jesus através da fideliadde às fontes, à releitura das comunidades nascentes e aos contextos de uma Pessoa” – quem escreveu isto foi D. Januário Torgal Ferreira
Chandra Wickramasinghe, professor de matemática aplicada e astronomia no University College de Cardiff, no País de Gales, comenta:
– “A probabilidade de formação espontânea da vida a partir de matéria inanimada, é de 1 em um número 1 seguido por 40.000 zeros … o que é suficientemente grande para sepultar Darwin e toda a Teoria da Evolução. Não houve caldo primordial nem neste planeta nem em qualquer outro, e se o início da vida não foi aleatório, deve conseqüentemente ter sido produto de inteligência com propósito.”
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O vencedor do Prémio Nobel, bioquímico que ajudou a desenvolver a penicilina, Dr. Ernst Chain, chamou a teoria da Evolução de “uma tentativa muito débil de entender o desenvolvimento da vida:” (1972):
– “Eu preferiria acreditar em contos de fadas a acreditar em tão desregrada especulação. Eu tenho dito há anos que especulações acerca da origem da vida não levam a nenhum propósito útil visto que mesmo o sistema vivo mais simples é de longe muito complexo para ser entendido em termos da química extremamente primitiva que os cientistas têm usado em suas tentativas de explicar o inexplicável. Deus não pode ser invalidado por pensamentos tão ingênuos.”
Ernst B. Chain, as quoted by Ronald W. Clark, The Life of Ernst Chain: Penicillin and Beyond (London: Weidenfeld & Nicolson, 1985), pp. 147-148
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Mas esta é a minha preferida:
Hoyle comparou o surgimento aleatório da mais simples célula à probabilidade de que:
“um tornado varrendo um depósito de lixo possa fabricar um Boeing 747 a partir dos materiais lá disponíveis.”
“A noção de que não somente o biopolímero, mas também o programa operativo de uma célula viva possa ter surgido por acaso numa sopa orgânica primordial aqui na Terra é e evidentemente um absurdo de ordem superior.”
Acho que poderíamos até dizer com algum humor, que necessitam de muita “fé”, os que acreditam no surgimento da vida pelo acaso, negando a existência de um propósito inteligente na Criação.
O problema destes e outros argumentos é o de que tentam negar a ciência através de justificações científicas. Até aqui tudo bem, mas não tentam provar a Criação através de métodos científicos. A fé e uma história contada há mais de 2000 anos atrás servem como prova.
Portanto hei de julgar que Darwin, que tanto viajou e estudou antes de elaborar a sua teoria, estará correcto, ou então será que me hei de levar por acreditar que foi um ser superior que criou o Homem e os animais tal como eles hoje o são?
Deus existe porque sim, e depende da Fé. Não existe nada que possa comprovar a sua existência, além disso mesmo. E os crentes olham para o lado quando lhes pedem provas.
A ciência é composta, em diversas áreas, por teorias plausíveis. Muitas delas acabam por ser desmentidas e substituídas por outras.
Contudo, aquando da sua elaboração e durante o seu período de “vida”, podemos “tocar” elementos práticos, verdadeiros, baseados nas mesmas.
Obviamente, é simples dizer que por x ou y a teoria poderá estar incorrecta.
Aplicar o método científico para tentar explicar Deus, isso já não é preocupação.
Nem por isso, o universo é infinito e dura há muitos milhares de milhões de anos. Qualquer probabilidade ínfima é uma certeza.
Essa está de mestre “tentam negar a ciência através de justificações científicas”. Vale tudo para justificar o Culto do Ateísmo.
Os cientistas Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe, recorrendo a um número reduzido de variáveis, calcularam a probabilidade de uma célula funcional surgir por acaso em 1 x 10^- 40. 000. Outros cálculos, jogando com mais variáveis, chegaram à probabilidade de 1 x 10^-57 800.
E estamos a falar apenas de uma célula.
Não estamos a falar de seres vivos complexos e funcionais.
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“Probabilidade Zero
Como pode ser visto a seguir, a probabilidade de formação de uma molécula de proteína constituída por 500 aminoácidos é de 1 em um número formado colocando-se 950 zeros em seguida ao algarismo 1, o que é algo inconcebível para a mente humana. Essa é somente a probabilidade calculada. Na prática, a possibilidade de isso acontecer é nula. Na matemática, uma probabilidade menor do que 1 em 1050 é considerada como tendo estatisticamente probabilidade zero de acontecer.
A probabilidade de “1 em 10 95 0 ” está muito além dos limites dessa definição.
10950 =
100.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.
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Embora seja tão pequena a probabilidade de formação de uma molécula de proteína composta de 500 aminoácidos, podemos continuar a exercitar os limites de nossa mente com níveis ainda mais elevados de improbabilidade. Na molécula de hemoglobina, que é uma proteína vital, existem 574 aminoácidos, número maior que o considerado anteriormente.
Considere então que, em somente um dos glóbulos vermelhos dentre os bilhões existentes em seu corpo, existem 280 milhões de moléculas de hemoglobina.
A suposta idade da Terra não é suficiente para permitir a formação de sequer uma única proteína pelo método da “tentativa e erro”, em um único glóbulo vermelho. Mesmo que supuséssemos que os aminoácidos tivessem se combinado e decomposto por um método de “tentativa e erro”, ininterruptamente desde a suposta formação da Terra, para formar uma só molécula de proteína, ainda o período de tempo necessário seria maior do que a suposta idade da Terra, em face da probabilidade de 1 para 10950.
A conclusão tirada de tudo isso é que a evolução desaba em um profundo abismo de improbabilidade logo no estágio da formação de uma simples proteína.”
Se o início da vida não foi aleatório, deve consequentemente ter sido produto de “inteligência com propósito.”
Sendo assim, se fomos criados (ou a vida foi criada), quem criou o criador?
Comece por aí por favor…
E já agora, quem disse que as probabilidades que referiu são baixas?
Só só baixas se comparadas com a paridade (1/1).
Se comparadas com 1 seguido de 1 milhão de zeros, não seriam altas?
Não vê que esse tipo de cálculo é de uma pequenez de raciocínio (e soberba) que julga que a mensurabilidade das probabilidades da espontaneidade da vida é algo que tem que ter uma escala humana?
Não vê que o homem enquanto espécie animal consciente, não obstante ser, até um certo ponto, maravilhosa, é, na realidade, mais torpe que maravilhosa… é tudo uma questão de escala…
Se fomos criados, então bela bosta de criação porque, presumo que não se tenha apercebido, nós somos uma praga neste planeta e que, se não arrepiarmos caminho, EM BREVE essa praga vai levar à destruição de 99% da obra do “criador”.
Aqui vai P. Cruz do maior Lógico-Matemático do séc. XX (3º de sempre!), Kurt Godel
A PROVA MATEMÁTICA DE GÖDEL PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS!
Axioma 1. (Dicotomia) Uma propriedade é positiva se e somente se sua negação é negativa.
Axioma 2.(Fecho) Uma propriedade é positiva se ela necessariamente contém uma propriedade positiva.
Teorema 1. Uma propriedade positiva é logicamente consistente (i.e., possivelmente ela tem algum exemplo).
Definição. Alguma coisa é divina se e somente se ela possui todas as propriedades positivas.
Axioma 3. Ser divino é uma propriedade positiva.
Axioma 4. Ser alguma propriedade positiva é
(lógico, consequentemente) necessário.
Definição. Uma propriedade P é a essência de x se e somente se x tem P e P é necessariamente mínima.
Teorema 2. Se x é divino, então ser divino é a essência de x.
Definição. NE (x): x necessariamente existe se x tem uma propriedade essencial.
Axioma 5. Ser NE é Divino.
Teorema 3. Necessariamente existe algum x tal que x é divino.
Kurt Gödel era matemático. E acreditava em Deus.
Um tremendo duche de água fria para os que pensam que quem acredita em Deus não pode usar a razão!
Então aqui vai (e há mais…):
A PROVA MATEMÁTICA DE GÖDEL PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS!
Axioma 1. (Dicotomia) Uma propriedade é positiva se e somente se sua negação é negativa.
Axioma 2.(Fecho) Uma propriedade é positiva se ela necessariamente contém uma propriedade positiva.
Teorema 1. Uma propriedade positiva é logicamente consistente (i.e., possivelmente ela tem algum exemplo).
Definição. Alguma coisa é divina se e somente se ela possui todas as propriedades positivas.
Axioma 3. Ser divino é uma propriedade positiva.
Axioma 4. Ser alguma propriedade positiva é
(lógico, consequentemente) necessário.
Definição. Uma propriedade P é a essência de x se e somente se x tem P e P é necessariamente mínima.
Teorema 2. Se x é divino, então ser divino é a essência de x.
Definição. NE (x): x necessariamente existe se x tem uma propriedade essencial.
Axioma 5. Ser NE é Divino.
Teorema 3. Necessariamente existe algum x tal que x é divino.
Kurt Gödel era matemático. E acreditava em Deus.
Um tremendo duche de água fria para os que pensam que quem acredita em Deus não pode usar a razão!
Caro Alfa. nem seria necessário chegar a tal extremo.
Há que ser compreensivo com os crentes do Ateísmo. É uma questão de “Fé” que há que respeitar.
Gostei da lógica apresentada, mas acaba por não se basear em nada palpável.
Mais do que uma lógica matemática, é uma lógica filosófica.
Matematicamente, poderia ser aplicada a muitos problemas.
Esse senhor, crente como era, aplicou e desenvolveu a teoria em volta da temática Deus. Mas a mesma já foi aplicada para outros problemas.
Mas olhe para o bóson de higgs. Era também uma teoria, e nada mais do que isso, até que físicos do CERN, ATLAS e outros trabalharam e conseguiram demonstrar a sua existência.
A teoria desse senhor não passa disso, ainda não foi provada de nenhuma forma.
Mas, voltando ao assunto em questão, o que leva o Criacionismo a ser mais plausível do que a teoria da evolução?
Dando valor a esta probabilidade de 1 em 10^40, qual é a probabilidade de existir um ser superior que tenha criado o ser humano e os animais tal como eles são hoje?
O que dizer dos fósseis, dos australopitecos, do homo erectus, do homo sapiens primitivo e do homo sapiens de hoje?
A Terra terá, supostamente, mais de 4000 milhões de anos. O organismo primordial pode até não ser originário da Terra, e se ter desenvolvido num outro planeta.
“Os cientistas Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe calcularam”. Não me prova absolutamente nada. Nem para negar a teoria da evolução nem, muito menos ainda, para dar valor ao Criacionismo.
Caro MP,
Muito daquilo que nos rodeia trata-se de uma questão de fé.
Fé em teorias e teoremas, fé religiosa, etc..
Acontece apenas que a fé em teoria e teoremas, muitas vezes, resulta em aplicações práticas.
A energia atómica; a ida do homem à lua.
A teoria da evolução é mais uma que ainda não se conseguiu provar a 100%, mas existem diversas provas a apontar para a sua veracidade.
O criacionismo não passa de uma fábula.
Mas Copérnico passou pelo mesmo, e acreditar em Deus não significava, já na altura e mesmo uns séculos antes, crer que a Terra seria plana ou o centro do Sistema Solar.
Relativamente à origem da vida, só existem duas hipóteses.
Ou a mesma foi criada por Deus, ou a mesma foi o produto de processos naturalísticos aleatórios.
Concorda que não há provas naquilo em que acredita e chama “Fábula” áquilo que as mais recentes descobertas científicas indicam.
E está confundido. E não venha com a falácia de confundir este tema com esse Criacionismo que consiste em acreditar em explicações literais da Bíblia.
Ninguém está aqui a defender um Deus antropomórfico, de Barbas brancas no Céu a ditar Leis.
Hoje em a ciência reconhece que a complexidade dos processos naturais é tal, que serem originados processos naturalísticos aleatórios não é viavel. Só um desenho inteligente poderá explicá-lo.
Mas já percebemos que a sua Fé no Materialismo Ateu é inabalavel. Esteja á vontade.
Darwin foi de facto um cientista dedicado e ousado mas as suas teorias vão para além do desafio aos religiosos da altura, fala-se pouco de um elemento importante da teoria da evolução de Darwin: foi a base para construção das teorias de superioridade genética (eugenics) e foi o Francis Galton (primo de Darwin) que fundou a British Eugenics Society (que mais tarde foi presidida por 7 anos por um tal de John Maynar Keynes) que dentre outras coisas inspirou o racismo, discriminação contra deficientes e o modelo nazi de Hitler.
Há teorias que dizem que Darwin não se opunha a forma que Galton usava as suas teorias mas há quem diga o contrário, mas a verdade é que “The Hereditary Genius” (1869) de Francis Galton foi inspirado por “The Origin of Species” (1859) de Charles Darwin.
O último livro de Darwin desmente abertamente as teorias racistas.
Os tanques Panzer, que tanta destruição causaram, também dependeram de uma tecnologia anterior, a roda. Faltou ainda falar em todos os geneticistas (incluindo Mendel) como os responsáveis pela má aplicação dos conhecimentos …
Muitas vezes não são os fundadores ou pensadores originais de uma nova teoria o problema, são os seus seguidores! Veja-se Keynes e os “keynesianos”, a desgraça que são estes últimos face ao mestre. O mais das vezes nem sequer compreendem o seu raciocínio, limitam-se a fixar o chavão que lhes diz que a despesa pública faz crescer a economia…
As suas fontes podem estar profundamente erradas, já que Galton professava já em 1850, e exacerbado depois de uma viajem à Africa do Sul, o seu eugenismo refinado de racismo, enquanto “A origem das espécies” só foi editado em 1859. Contudo, à época, toda a aristocracia e todo o esplendor científico se impregnou dessa doutrina, a própria teoria económica, ainda embrionária, deve o sucesso das teses Malthusianas a esse fenómeno e Keynes não foge à regra. Houve mesmo dois prémios Nobel da medicina em 1912 e 1913 sem contarmos com o tardio Egas Moniz em 1949. Hoje, por exemplo em França, a instigação ao eugenismo dá pena de prisão perpétua.
Caro professor Louçã, admito que sim. Aliás, fui claro em dizer que existem teorias contraditórias sobre a posição de Darwin em relação ao trabalho do seu primo Francis Galton. Contudo, Galton sempre fez recurso às teorias de Darwin de forma aberta para justificar as suas posições mas Darwin nunca sugeriu a aplicação da “selecção artificial” à humanidade.
Sendo certo que não podemos culpar o inventor por todas as derivadas das suas criações por “desvios” promovidos por inovadores, chamei apenas a atenção para o facto do livro mais famoso de Darwin estar associado à algumas teorias de organização social mais destruidoras da história recente da humanidade.
Nunca tive acesso ao “último livro de Darwin” que menciona, mas fico feliz que se tenha afastado de tais teorias que, infelizmente, insistem em estar presente nos dias de hoje.
Quanto ao senhor Fernando Barbosa e aos seus “tanques Panzer” sugiro que nos poupe do seu “whataboutism” porque por esta via todos os males do mundo serão “perdoáveis”.
Quanto ao caríssimo Arons VC, sugiro que deixe de rebuscar argumentos no passado de Galton porque os que acusam Darwin de o apoiar diziam precisamente que ambos partilhavam as mesmas ideias antes de Darwin publicar o seu famoso livro, i.e., muito antes de 1859. Já agora, leia a matéria do link:
http://www.newstatesman.com/society/2010/12/british-eugenics-disabled
Em conclusão, há uns tempos estive meio a brincar a conversar com uns amigos sobre os livros que justificaram a piores decisões políticas/sociais do mundo (sem necessariamente culpar os seus autores) e entre alguns mencionei precisamente “A origem das espécies” mas na conversa falámos muito de outros livros como: “O capital”, “Bíblia Sagrada”, “Alcorão” e “Mein Kampf”…
A Teoria da Evolução é por vezes acusada de dogmatismo (por atitudes como as de Dawkings, por exemplo), por assumir que as questões estão resolvidas, o que não podia estar mais longe da verdade. Para outros, a situação é tão grave que estão mais virados para a classificar como questão de fé.
Vejamos apenas um “detalhe” (onde se esconde o Diabo, dizem): os problemas matemáticos (Teoria de Probabilidades,…) levantados pela teoria são duma magnitude tal, que já levou ao abandono da colaboração de matemáticos que não podiam aceitar aqueles números, assim como levou outro matemático a afirmar que apenas estas questões (entre muitas coisas, ligadas á dependência das leis do acaso nas alterações evolucionistas), seriam mais que suficientes para arrasar totalmente a teoria da evolução.
Penso que Cristo exige menos fé que esta teoria.
Olá Francisco Louçã
Ainda bem que ás vezes a economia fica à porta.
Penso que já o terá lido, mas para o caso de lhe ter escapado, sugiro “Heresias” de Raul Vaneigem, obra devastadora de mitos, onde o autor, como habitual, recupera o fio da História.
Obrigado. Sim, já li.
Cristo: o Filho de Deus, o Filho do Homem – e o Encoberto?
«Os Deuses vendem quanto dão. / Compra-se a gloria com desgraça. / Ai dos felizes, porque são / Só o que passa!
Baste a quem baste o que lhe basta / O bastante de lhe bastar! / A vida é breve, a alma é vasta: / Ter é tardar.
Foi com desgraça e com vileza / Que Deus ao Christo definiu: / Assim o oppoz à Natureza / E Filho o ungiu.»
Neste poema – em Mensagem / «O Das Quinas» – o génio de Pessoa, no seu gnosticismo, descreve um «Cristo» oposto à «Natureza» – o que é uma interpretação arrojada e deveras extraordinária! A Natureza, como bem definiu Darwin, é guiada pela “selecção natural” dos mais aptos e fortes. E da “selecção natural” poderemos raciocinar sobre a “selecção social” – e o primado do “individualismo”, na complexidade crescente das sociedades hodiernas, em contraponto ao “comunitarismo” e à “vida colectiva”, ainda na vaga memória da «Idade de Ouro», ou do retrato dessas outras sociedades ditas “arcaicas” e “primitivas”, que habitam na comunhão entre o homem e a natureza.
A natureza animal e humana compele-nos à conquista, disputa e acumulação de riqueza – que são também formas de poder, hierarquia, prestígio e poder. O homem animal é racional e também carnal – entregue às paixões, luxúria, vícios, sedução e dominação. Quanto poder tem um “falo” erecto, disparando balas de canhão, e quantos sedutores mistérios se escondem no velo de uma “vagina”? Nascer, sobreviver, procriar e morrer – é a isto que se resume a vida?
Porém, “Baste a quem baste o que lhe basta… a vida é breve, a alma é vasta. Ter é tardar” – assim é a boa-nova de Cristo, sugerindo haver um outro Reino para lá dos reinos temporais deste mundo. – E onde fica essa Reino? Será no céu? Ou, numa outra terra ou paraíso prometido? Não! Esse Reino, assim ensina Jesus (quem o puder entender que o entenda) já está dentro de vós, no vosso coração: Amai!
O Homem é, portanto, um ser dialéctico – repartido entre duas essências. Ele é natureza animal e carnal – e, porque pensante, racional. Ele é “alma”, imanente ou transcendente, que lhe anima o espírito e eleva a consciência: Ama: reparte e partilha o pão! Ama – não injuries, não ofendas e não mates! Ama – pratica o bem, a igualdade e a justiça! Ama – e os teus pecados (faltas) serão perdoados (ou limpos da tua consciência)! Ama – acima de todas as coisas, em oposição à Natureza e ao próprio Deus, criador absoluto, omnipotente e omnisciente, que assim também criou toda a “desgraça” e “vileza” existente neste mundo…
Deus – ou os “deuses”, mais de acordo com o “politeísmo” pessoano – é assim um personagem que se vende aos anseios e caprichos humanos. De outro modo, se Deus criou o homem à sua imagem, os homens imaginaram um Deus, ou deuses, de características antropomórficos – e cada civilização tem a imagem dos seus deuses (ou destrói as imagens dos “deuses” que não são seus!), como cada aldeia ainda tem na capelinha o seu santo patrono protector! Deste modo, melhor se entende o Deus bíblico – como também Saramago o tentou fazer. Deus é – na linhagem abraâmica – um personagem “faccioso”, que ora protege o «povo eleito», esmagando os seus opositores e inimigos, como castiga e pune todo o hebreu que fuja à obediência da «Lei».
Já Jesus – esse tal “blasfemo religioso e subversivo social e político” – apresenta-se como Messias [sin. “ungido”] e, como «Filho de Deus», diz que não vem revogar a Lei; porém, como «Filho do Homem», pretende que da Lei se tenha outro entendimento – já não pela interpretação e punição que dela os homens fazem, em cumprimento da obediência a Deus, mas da justa medida do «Amor», que impele sobre a consciência individual de cada homem. Observai: “Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro que lhe atire uma pedra!” – assim terá dito Jesus aos fariseus, zelosos cumpridores da aplicação severa da Lei de Deus, quando se reuniam para apedrejar a mulher adúltera.
A “boa-nova” de Cristo é, portanto, “individual”, no apelo que faz ao Amor e à consciência, mas também profunda e provocatóriamente “fraterna”, “solidária” e “equitativa”.
Prosseguindo pelos versos de Pessoa – Mensagem / «O Encoberto»
«Que símbolo fecundo / Vem na aurora ansiosa? / Na Cruz morta do Mundo / A Vida, que é a Rosa.
Que símbolo divino / Traz o dia já visto? / Na Cruz, que é o Destino, / A Rosa, que é o Cristo.
Que símbolo final / Mostra o sol já desperto? / Na Cruz morta e fatal / A Rosa do Encoberto.»
Cristo – aqui apresentado como sendo «A Rosa do Encoberto», num poema de clara inspiração gnóstica rosicruciana – já não é tão somente o «Filho de Deus», que acima se opôs à Natureza e aos caprichos dos “deuses”. Cristo é o «Filho do Homem» – do outro Homem renascido que há em cada um de nós.
A Cruz é, metaforicamente, a “morte” do “velho homem” natural, animal e racional que somos – ardente de paixões, sonhos e idealismos de domínio e conquista. Capazes de o erguer até ao topo do mais poderosos Império, como de o fazer cair, incógnito, despedaçado, no deserto inglório, vazio e depressivo daquele areal… A Rosa é o renascer desse outro Homem – “O Encoberto” – quão centelha divina, que é o Cristo ou o “Filho de Deus” que todos também somos e sempre habitou em nós.
Ao homem velho animam-no as paixões que inebriam a razão. Ao novo homem (como já o observara Paulo) motiva-o a Fé, a Esperança e o Amor – que é também a “Utopia” de a cada dia construirmos um outro Reino (ou «Quinto Império»), i. e. um novo Mundo mais livre, justo e fraterno!
«Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós» João 14:15-17
«Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele […] Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.» João 14:21-23
Não creio (fé!) que a intolerância de uma pessoa esteja ligada a ser ou não crente na divindade. Quer uns quer outros muitas vezes pretendem forçar os outros a ser como eles, e isso sim torna-os intolerantes.
Sem dúvida. Mas é uma das formas de intolerância.
A coragem correspondente, hoje, à ousadia de Darwin naquela época, é no mínimo equivalente à fraqueza dos homens de ciência e outras Letras que, hoje ainda, não conseguem assumir um corte radical e definitivo com o mito, com o esotérico ou com o metafísico. Apesar da ideia generalizada de que o mito não passa disso mesmo, constata-se que a esmagadora maioria dos seres mediáticos não ousam ignorar o conceito de deus, é como se um rasto de incertezas ocupasse o lugar do mito e impeça os homens de ver claro, sem “mea culpa”. Há mesmo um assumir tácito da contradição entre o mito e a ciência; mesmo se uma nega o outro, mesmo se um se encarrega de dar crédito à outra. É frequente que um acto médico seja auxiliado com uma prece. E que não se pense que esta é uma realidade dos meios onde a ignorância prevalece, há homens e mulheres insuspeitas, que mandam erigir locais de culto em privado, longe dos olhares que os confrontam com a contradição. Parece não haver volta a dar…
A mim parece-me que o Homem é sempre um ser que crê, e se não crê está morto, mesmo que o corpo viva. O homem que idolatra a “ciência” continua, estranhamente, a ser um crente, mas não estou convencido de que tal fé lhe traga mais felicidade do que as outras. Os mitos são necessários, como o ar que respiramos. Não estão por norma em contradição com as ciências, e não são verificáveis. São património espiritual, colectivo e individual. O nada que é tudo, disse o poeta. Quem espera que a razão destrua ou domine o coração, ilude-se. Quem for contar a uma criança pequena as leis de Newton em vez da história do Capuchinho Vermelho vai dar-se mal. Francisco Louçã, com essa de não falar de eleições o seu blogue está a ficar metafísico!
É por isso que a verdade é hoje algo do domínio do metafisico, pois se os seres que dizem procurá-la ou possuí-la, se encandeiam com os deuses que levam na bagagem… entretanto as leis de Newton já estão, hoje também, na prateleira do capuchinho vermelho, pergunte a Poincaré ou viaje no atractor estranho…
Cá para mim, que o costumo ler quando ele fala do sagrado e não de Francisco, etc, o padre Anselmo Borges é que é um subversivo social e político. Aquilo a que se convencionou chamar um “padre vermelho”.
Liberal de alcance curto. Deixe o homem escrever o que pensa sem o etiquetar com termos da ditadura.
Mas Francisco Louçã, não foi o Cristo que disse claramente, pelo que consta dos evangelhos, que o seu Reino não é deste mundo? Qual é a dificuldade de compreensão disto? Não é nenhuma, não compreende mesmo quem não quer. Quem não quer carregar a sua cruz?
“A Verdadeira História de Jesus”, de E.P. Sanders… Tenho esse livro e o que fica evidente para mim são as rasuras dos manuscritos antigos e a confusão para datar situações descritas nesses documentos. O próprio autor diz que é difícil provar historicamente os relatos descritos… Ou seja, Jesus foi uma invenção.
A cada um a sua fé.
“A selecção natural” é uma invenção que assenta no pressuposto da iniciativa privada. Darwin inventou que a vida funcionava em “iniciativa privada” em que cada espécie competia com as demais. Parte do princípio, muito germânico, que andam todos uns contra os outros e a realidade é a miséria da eterna guerra contínua.
Como se observa a vida determinou todas as espécies e não apenas algumas. Uma espécie não é uma iniciativa privada. Nenhum ser vivo sabe sequer como funciona, quanto mais inventar os processos de onde fazem parte. Não há nada que mostre que uma espécie se auto determine, bem pelo contrário.
É ridícula a presunção que as espécies não fazem todas parte do mesmo corpo da vida, e que por isso estão umas contra as outras para entrarem na “selecção natural”, como acredita a barbárie.
A “selecção natural” não tem qualquer fundamento na realidade, tem apenas fundamento cultural. É uma crença científica em que a dita “comunidade científica” inventou que a vida funciona à imagem e semelhança da tentativa erro (dito método científico). Dizem os alquimistas do lixo que a vida (a ordem) anda ao acaso da desordem e iniciativa privada das espécies. Isto é, em vez de tentarem perceber a vida dizem que a vida anda ao acaso, como a “comunidade científica”.
O “ao longo de milhões de anos de tentativa e erro” demonstra o grau de inteligência da “comunidade científica” para perceber a vida.
A vida deve pedir desculpa à “comunidade científica”, por não ter um funcionamento básico e pragmático, ao alcance da falta de inteligência das criaturas da tentativa e erro, principalmente essas vindas da barbárie germânica, como Darwin.
A “comunidade científica” tem o papel do “feiticeiro” da cultura germânica, cuja função é tornar as vontades e fantasias em realidades, através de “milagres de progresso científico”.
Percebe-se o atraso cultural actual quando se observam os aspectos culturais pré-históricos dos germânicos no presente, como a figurinha do feiticeiro agora chamado de “comunidade científica” e os seus “milagres” de imundice planetária.
É necessário ter presente que a civilização desapareceu com o cristianismo, e que hoje temos a mistura das barbáries das periferias: a barbárie germânica e a barbárie abraâmica.
A civilização nega as crenças e fantasias da barbárie, sejam as fantasias abraâmicas do deus miserável e delinquente, criador de mundos; sejam as fantasias germânicas dos feiticeiros – o clero miserável e delinquente criador de mundos de “progresso científico”.
Erradicar os aspectos culturais insalubres, e respectivas práticas da barbárie germânica e abraâmica, que empestam a europa desde o século IV, é uma necessidade de higiene para a próxima etapa do renascimento da civilização.
Caro Louçã não seja tão pródigo a mostrar a sua ignorância cultural, ao apresentar o autor que inventou a teoria que serve de base de legitimação da direita mais medieval.
Felizmente voltou o cómico de serviço. “Ignorância cultural”, teoria da evolução como fundamento da “direita mais medieval” – Eppicuro é impagável, do que ele se lembra. Claro que se soubesse do que fala saberia que a teoria de “selecção natural” não é de Darwin. Mas a um cómico anónimo não se pode pedir mais.
A prova de que deve haver erros na teoria da selecção natural é a existência de um só “Eppicuro”… É urgente inventar a máquina do tempo, e enviá-lo para o Império Romano, onde talvez ele pudesse adquirir o estatuto de escravo numa mina, para poder apreciar plenamente os encantos da “civilização”.
Para a melhor resposta para este genero de patetice, procurem no youtube “Richard Dawkins – Science works bitches!”.
Caro Louçã, é normal que na universidade não façam a mínima ideia do que dizem, é por isso que o vemos a si dizer que a “selecção natural” não faz parte da obra ” On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life” de Darwin.
Obviamente que não tem bases culturais mínimas para observar as teorias integradas nas culturas de onde vêm. Não sabe sequer que as teorias da barbárie expressam o seu atraso e os seus preconceitos culturais, como observamos em Darwin.
O caro Louçã é demonstração da ignorância que reina na universidade. A criatura não percebe sequer que os conceitos de estado, sociedade, democracia são decorrentes de um visão cultural que é a antítese da visão expressa pela barbárie.
Na “cosmovisão” que afirma que a realidade é cada um por si, numa selecção natural na desordem, não cabem os conceitos de ordem, estado, sociedade, democracia… É preciso ser analfabeto como um universitário para não perceber a incompatibilidade cultural entre os conceitos da civilização baseados na percepção da ordem, e as fantasias de caos da barbárie, como essa da “selecção natural”.
Obviamente que o caro Louçã não tem cultura para fazer parte do renascimento actual. Perceber a herança da civilização está fora do alcance dessas criaturas ignaras, ao ponto de afirmarem que o conceito de economia (regras da casa) quer dizer regras da feira (a antítese da casa). À plebe universitária que acredita na conversa de mercador (que inventou convenientemente que economia quer dizer regras de chantagem mercantil) não se pode esperar muito. Basta ver que acreditam nas mentiras mais ridículas dos mercadores para se perceber o seu grau de atraso e incapacidade intelectual.
É sempre com imenso gosto que leio o exercício de graçola de Eppicuro, um monumento, um sábio, uma torre de marfim, uma enciclopédia que esmaga os vermes ignaros com um frase solene. Como é que o Ricardo Araujo Pereira não repara neste homem (claro, isso implicava que ele não fosse anónimo)?
Ah, o Happycure sabe inglês! É que foi notada a sua incapacidade para responder à grande Ayn Rand. E não foi por não saber inglês, como se constata. O silêncio é por vezes mais informativo do que a palavra.
O caro Louçã apresenta-se como de esquerda e crente no Darwinismo. Não está mal.
Não é de estranhar, é universitário, tem a mesma ignorância que se observa na cristandade que clama por heresias (do grego hairesis: eleições livres). Tal como a cristandade é ignara ao ponto de não saber sequer que o cristianismo é contra as eleições (a escolha/eleição é contra o dogma cristão do deus único/ verdade única e a verdade única não permite escolhas), o caro Louçã não sabe que o Darwinismo é incompatível com a visão da esquerda feirante.
Para um analfabeto 3+2= ao que o analfabeto quiser. Por isso é normal que um cristão clame por heresias e até existam partidos democratas cristãos, que é como quem diz hereges cristãos. Neste contexto atraso medieval universitário, onde a direita não sabe sequer os seus fundamentos, é mais do que normal que as figurinhas de esquerda os acompanhem e se apresentem como crentes no Darwinismo. É a tal continuidade da ignorância medieval que a universidade representa e faz questão de preservar.
Ah! E não se esqueça, a crença é a doença dos ignorantes. Entretanto continue a dar exemplos do seu grau cultural, pode ser que um Quim Barreiros, ou um Zé Cabra, se identifiquem consigo e lhe dediquem uma canção pelos seus exemplos de ignorância cristã (passo a redundância) que apresenta.
Oh homem, não seja modesto, você é muito melhor do que o Quim Barreiros. Ele nem tem o seu humor nem a sua prosápia, embora ao menos cante de cara descoberta. Continue a sua cruzada contra os “ignorantes medievais”, este blog agradece algum exemplo de pesporrência.
Crentes no darwinismo “o caraças”, oh Happycure! A mudança das espécies vivas por selecção natural AO LONGO DAS GERAÇÕES não é uma questão de crença, é uma hipótese científica que tem sido verificada pelos factos. As leis da ciência, ao contrário do que imbecis como este para aqui vêm propalar, não são uma questão de crença. Ou se verificam, ou não se verificam, e só são verdadeiras até serem invalidadas pela experiência. O homem e o chimpanzé terem um antepassado comum não é uma questão de crença: ou isso é verdade, ou isso é falso. O ar fica logo empestado quando alguém fala em crença no que respeita a teorias científicas. E, no que respeita a empestar o ar, um Happycure dá cartas! Vai chamando “caro Louçã” ao autor do blogue, ao mesmo tempo que lhe chama analfabeto, é notável! P.S. Reparei que continua a fingir que os meus comentários não existem, sabemos porquê.
lucky him
é qause como ter q escrever ao observador da época ,
Fez-me lembrar um outro retrato do Cristo dito histórico, aquele que apresenta o arqueólogo e activista britânico Neil Faulkner.
Não conheço mas agradeço a referência.
Ele é muito pouco conhecido entre nós, mas muito interessante. Num clique… http://www.counterfire.org/articles/book-reviews/15894-apocalypse-the-great-jewish-revolt-against-rome-ad66-73