Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

Francisco Louçã

14 de Setembro de 2015, 08:59

Por

Chegou o maná dos céus

manáSetembro é um mês maravilhoso.

Crato atribui mais 154 milhões aos colégios privados.

Assunção Cristas anuncia mais 200 milhões para agricultores.

Pires de Lima garante que vão chegar 1000 milhões a distribuir a empresas pelo Banco de Fomento, que até agora se limitava a pagar os generosos salários dos administradores.

E já vai quase um por cento do PIB (ou o mesmo valor no défice, ou como se quiser chamar).

E, maná dos céus, o primeiro-ministro promete abrir o porta-moedas e oferecer uma esmola generosa para pagar a ida a tribunal de quem tem direito a ir a tribunal (e até a não ser insultado).

Se houvesse eleições todos os anos, setembro seria sempre um mês maravilhoso? Afinal há dinheiro, vivemos dentro das nossas possibilidades, aquilo dos desempregados é uma chatice, eles que criassem um colégio privado que o assunto se resolvia, o que falta é empreendedorismo. Mas setembro é um mês lindo.

Comentários

  1. 154 milhões para o ensino privado… o dinheiro que falta para aquecer as salas de aula onde os miúdos gelam ou desviam as carteiras dos pingos que caiem do tecto, ou o dinheiro que falta para pagar a professores do ensino especial. A Constituição que se… lixe.
    E depois a isenção de pagar a Segurança Social dada como apoio aos agricultores, e retiram este dinheiro da um sistema que eles próprios dizem estar em perigo – argumento para recusarem a subsistência a tantos que descontaram para ela. Esta Assunção “Eucalipto” Cristas é uma maravilha com “o dinheiro dos outros”. E da Segurança Social, quer dizer que eu vou pagar este “apoio”, como já pago o financiamento do Estado às empresas privadas e administração pública através dos “estágios” (onde está o Banco de Fomento?). Afinal há “Socialismos” bons!
    Pois, o Banco de Fomento e mais o seu funcionamento demasiado… privado, não é nada a que um cidadão informado não esteja habituado pelos lados da “pafalhada” azul/laranjada. Este país não precisa de eleições, precisa é de uma desratização.

  2. caro F Louça

    peço desculpas, mas este comentário nada tem a ver com o assunto da noticia. Aliás, não é um comentário, será antes um pedido para que num dos próximos artigos possa explicar, porque eu não percebo, como é possível que um regulador (banco central ou BC) tenha sido transformado num vendedor (BES-novo). E depois, se conseguir vender, vai regular a venda? a compra? afinal para que serve o BC neste caso?
    Já agora, esta embrulhada é constitucionalmente possível? Pode, por exemplo, o Infarmed, fabricar e vender medicamentos? Pode a Anacom veder pacotes de chamadas telefónicas? Pode o ISeguros, vender seguros? Pode?!…

    Abç.

    1. Com todo o gosto, mas leia os excelentes artigos anteriores do Ricardo Cabral aqui no blog e sobre esse assunto, explicam muito do que se está a passar.

  3. Sem pretender ser desmancha prazeres, volto à carga sobre um tema pertinente: a readequação das «FORÇAS ARMADAS» à dimensão do país – e reais necessidades de Defesa e Segurança.
    – Mais de 30.000 militares (1)? – Despesa acima dos 2 mil milhões de euros (2)? – Mais as exigências contínuas de modernização, manutenção e importação de equipamentos altamente sofisticados (ex. a revisão do Arpão prevista para este ano ascende a 5.5 milhões de euros, num negócio de aquisição de submarinos que ascendeu a mil milhões de euros! (3))?
    Afinal, para que ainda servem as «Forças Armadas»? Menos Defesa, mais Administração Interna. Menos militares, mais polícias e serviços de segurança. Menos Guerra, mais Paz e Protecção Civil. Menos quartéis militares e mais bombeiros profissionais. Menos armas e mais bem estar-social (educação, saúde, protecção social, justiça, ambiente, etc.)…
    Não, não é o “maná” caído do céu… É trabalho. Reformas estruturantes e duradouras… Pela Paz, e na promoção do bem-estar social, devemos ponderar “abolir” as Forças Armadas?
    Ou, prosseguir o “desmantelamento” continuado das FA, com vista à redução e manutenção de um contingente mínimo com um reduzido número de militares – suponhamos, inferior a 5000 efectivos, ou, arredondando, 1 militar / 2000 habitantes! Refira-se que em 1974, ainda no contexto final da Guerra Colonial, as FA dispunham de cerca de 240 mil efectivos; em 1993, 80 mil; 2004, marca ainda o início efectivo da profissionalização dos militarese; e, em 2010, chegamos a um contingente aproximado de 35 mil militares – ou seja, uma redução de 85% em 40 anos (1).
    Em resumo, mais de 40 anos significam: Democracia – e democracia é incompatível com a instauração de regimes/ditaduras militares; o fim do Império – e dos encargos com a Guerra Colonial – e a abertura a um novo quadro de Paz, cooperação e segurança que se seguiria à adesão CEE / União Europeia; e, ainda, no contexto internacional, a queda do bloco soviético e ao fim da Guerra Fria. Tudo isto, justificando a perda de relevância das FA – e da posição geoestratégica de Portugal – na condução da política, interna e/ou externa do país.
    Tal não significa, porém, que vivamos hoje num mundo mais pacífico e seguro. O que mudou substancialmente é o jogo de alianças e cooperação estratégica, e o modo de responder a potenciais ameaças à defesa e segurança interna.
    Em contraponto à ABOLIÇÃO, ou o DESMANTELAMENTO das FA, devemos, portanto, propor o reforço de meios e capacitação das FORÇAS POLICIAIS, SERVIÇOS DE SEGURANÇA e da PROTECÇÃO CIVIL.
    De resto, a participação dos militares da GNR, em missão de paz mediada pela ONU, em Timor-Leste (em pretérito da presença de um exército regular convencional) demonstra a adequação desta força policial de origem/natureza militar a este novo desígnio de segurança pública e de cooperação internacional.

    «[…] Em verdade, em verdade vos digo: Vós me procurais, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna […]» Jo.6:26-27
    A promoção da Paz é a promessa de prosperidade e vida eterna… Abraço fraterno.

    Fontes:
    (1) http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=697236
    (2) http://www.ionline.pt/284903
    (3) http://www.publico.pt/economia/noticia/submarino-arpao-vai-fazer-revisao-de-55-milhoes-de-euros-em-2015-1677286

    1. É interessante que António Anchas tenha tido a preocupação de se informar sobre os números, diz que são 2.000 milhões de euros de despesas militares, ou seja, uma despesa mínima num Estado que gasta algo como 70.000 milhões por ano (não sei o número exacto), gastando em 2013 mais de 3.000 milhões em “subsídios de desemprego”, pelo que foi noticiado. A abolição das forças armadas é uma medida pela qual lutaria antes de mais um anarquista, caro António Anchas! E convenhamos, as nossas forças armadas já são minimais. Não tenhamos ilusões, Portugal só sobrevive desarmado enquanto outros se encarregarem da nossa defesa. Na Suíça todos os cidadãos estão armados e prontos a defender o país. A Suíça passou assim o século XX no centro do centro da Europa sem ser invadida. Um país do tamanho de … Portugal!

    2. Caro Liberal, na continuação do seu comentário – e, por curiosidade, para melhor compreendermos quanto vale 2 000 000 000€! – sugiro que façamos a seguinte comparação, com os juros e comissões pagos à Troika em 2014:

      «Portugal pagou à troika, nos primeiros onze meses de 2014, 2.012,4 milhões de euros em juros e comissões, mais 15% do que em igual período de 2013. No total dos encargos com a dívida, Portugal pagou 7.004,6 milhões de euros, um montante equivalente a 92,4% do orçamento do Estado para a saúde em 2014.»
      Fonte: http://www.esquerda.net/artigo/troika-saca-mais-2000-milhoes-de-euros-portugal/35245

      Numa breve análise comparativa à «Evolução da Despesa do Estado – entre 2010 e 2015», o portal do Governo adianta os seguintes dados:
      «O saldo global reduzir-se-á em 2015 para -2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o que traduzirá uma redução de 8,5 pontos percentuais do PIB face a 2010 (cerca de 15 mil milhões de euros em termos nominais) face 2010 (ano que antecede o resgate). A correção acumulada até 2014 é de 6,4 p.p..»
      Ou ainda, «A despesa pública total descerá em 2015 para 47,3% do PIB, ou seja, somará menos 7800 milhões de euros do que no ano que precedeu o início do ajustamento, contribuindo assim em cerca de 50% para a redução do défice orçamental.». Agora, um cálculo de algibeira: 7800 / 5 = 1560!
      Fonte: http://www.portugal.gov.pt/pt/os-temas/20141022-evolucao-despesa-estado/20141022-evolucao-despesa-estado.aspx

    3. A diferença é que esses 3.000M têm um enorme efeito positivo económico e social.

      Quanto a mais polícias, já temos muitos que nada fazem além de passar multas a quem não incomoda ninguém, ainda querem mais?

    4. É a sua opinião Paulo Marques, tem direito a ela, mas não corresponde à realidade, como acontece quase sempre com as opiniões chamadas “de esquerda”. O “subsídio de desemprego” é uma catástrofe para a economia de um país, e quando a “efeitos sociais”, eles são de curto prazo. Na Alemanha, segundo sei, existe um “subsídio de desemprego” que dura seis meses. Estamos esclarecidos. Quanto à sua opinião sobre as forças armadas e policiais, felizmente que não sou militar nem polícia, pois ao ser considerado como menos útil do que um inútil subsidiaodo, o Paulo Marques levaria uma resposta pouco agradável.

  4. Então Francisco Louçã, ou bem que os cofres estão “cheios”, ou bem que não estão! E que se lixem as eleições, mas não as de 2015, já agora. São assim as paixões, que também fazem um economista doutorado confundir crédito às empresas com despesa pública… É ou não é? Ou o “Banco de Fomento” dá subsídios, além de belos “jobs for the boys”?

    1. Se fizesse um esforço para passar da leveza, estudaria o “banco” de fomento, que não é um banco (não tem depósitos) mas um intermediário financeiro. Mas lembre-se de que não são eles quem pagam a pensão do Jardim Gonçalves.

    2. Francisco Louçã, com que leveza passou por cima da questão da natureza jurídica e económica dos créditos que o “banco de fomento” irá “distribuir” às empresas, e que foram anunciados por Pires de Lima, como diz.

    3. Portanto o “banco de fomento” vai assinar “Contratos de Maná dos Céus” com as empresas beneficiárias! É pá, onde é que se tem que ir, porque assim eu também quero ser empresário!?

  5. “Eles”, este Governo, mesquinho e medíocre, que em certas (para não dizer muitas ocasiões) incorporou a pior tradição portuguesa de governantes “mais papistas que o Papa”, que abordam a realidade com muito poucas dioptrias, de forma míope e esclerosada, são capazes de fazer poupanças onde elas não são necessárias, mas que relegam a maior parte da população e do País para a miséria e para o subdesenvolvimento. É incrível como agora têm o topete de mascarar a realidade. As acusações entre a coligação PaF e o PS têm mostrado à saciedade a falta de ideias e o combate político baixo e rasteiro. Ironias das ironias, esses dirigentes não topam que se estão a anular uns aos outros. Após o desastre político, financeiro e económico dos últimos quatro anos é bom que cada cidadão venha para rua e faça ouvir bem alto os seus direitos, e que diga não a político mesquinhos e incompetentes, que não sabem negociar, que não sabem gerir e administrar a “coisa pública”, que não têm uma visão de futuro para a comunidade que querem liderar.

    1. Eles lá “visões de futuro” até têm e com abundância, o que eles não têm mesmo é dinheiro! Entre um político com visões que as faz pagar pelo povo, e um político sem visões que não me vai aos bolsos, o segundo costuma ser melhor. Mas talvez o José Figueiredo já tenha pago os 20.000 euros que deve ao exterior, bem como cada um dos seus familiares, para poder reivindicar os “direitos”…

    2. É uma cobardia despudorada alguém esconder-se atrás de um nome fictício para atacar o autor do blog ou os comentários que são efetuados aos posts. Isso tem um nome: é cretinice. No entanto, não posso deixar de me arrogar ao direito de responder. O que é que este Governo fez nos últimos quatro anos para impedir o crescimento da miséria, do subdesenvolvimento, da perda de riqueza e da emigração. Este Governo fez Portugal recuar anos e anos. Atente-se no texto de Raul Brandão que tem cerca de 100 anos e tire-se as devidas conclusões.

      “18 de Janeiro – 1918
      O pior é que a vida é cada vez mais difícil, e até nas aldeias aprecem pasquins: – «A fome não tem lei. Lembram-se da Rússia.» Ali, em Lordelo, perto da minha freguesia, as crianças sustentam-se de talos de couve. Nunca vi, na aldeia, o pão vender-se a mais de mil réis a rasa. Custa agora três mil quinhentos. E não o há. As mulheres vão buscá-lo para as bandas de Fafe ou de Vieira, e vêm com os taleigos à cabeça, através de montes. Às vezes assaltam-nas. No Porto, o tabardilho – e a gente pobre das ruas atira com o piolho a quem passa ou para dentro das casas, dizendo: – Os ricos também hão-de morrer! – É que nunca se viram tão grandes fortunas – nunca se enriqueceu como agora, de um dia para o outro, quando há fome em muitos lares e aldeias em peso emigram para o Brasil.”
      Raul Brandão, Memórias (Tomo III – Vale de Josafat), Obras Completas, Vol. I, Edição de José Carlos Seabra Pereira, Lisboa, Relógio de Água Editores, 2000, p. 85.

    3. Um bom ensaio de demagogia o seu, José Figueiredo, mas não vai ficar sem resposta, se ela for aceite pelo dono da casa. Eu nunca me vi ou gabei de alguma particular coragem, por isso ao chamar-me cobarde está apenas a repetir algo que começa a ser apenas um aborrecimento, para mim certamente, e para muitos dos outros leitores do blogue posso supor. Outros participantes não usam o seu nome, e é possível que alguns dos nomes que aqui surgem sejam pseudónimos, mas eu fui eleito para cobarde de serviço, no fundo é uma distinção, de uma forma tortuosa. Eu não tenho participado neste blogue para atacar Francisco Louçã, e quando é o caso esforço-me por atacar as ideias dele, e não a pessoa dele, embora já tenha constatado que ele é mais susceptível do que eu próprio esperaria para um político enrijecido com muitos anos de experiência. Vivendo e aprendendo!

      Falemos pois da sua pergunta sobre o que fez o governo de Portugal nos últimos anos. Recebeu esse governo em Junho de 2011 para governar aquilo que estará bastante perto de ser o pesadelo de qualquer político, um Estado sem um vintém no Tesouro, sem qualquer crédito, sem moeda nacional, com um programa assinado com os credores de última instância a quem tinha que prestar CONTAS a cada trimestre, e não discursos floridos, e dos quais dependia para que o Estado pudesse manter o financiamento, e para o qual não havia alternativa. Nestas circunstâncias, esperar que não houvesse sacrifícios para a generalidade da população releva de uma coisa a que José Figueiredo deu nome, a cretinice. Mas, como não quero fugir à sua questão, o Estado foi cuidadoso em poupar os trabalhadores com baixos salários, os pensionistas com baixas pensões, em geral os cidadãos com baixos rendimentos, a sacrifícios directos. Eu suspeito fortemente de que essa especial atenção àqueles milhões que são mais débeis economicamente, e não àqueles que DIZEM ser mais débeis ou que DIZEM defendê-los, vai ter consequências muito desagradáveis para alguns no dia 4 de Outubro.

      Sobre o texto de Raúl Brandão, naturalmente e felizmente que ele não passa de um anacronismo, e evocá-lo para falar da actualidade roça a troça àqueles portugueses de há cem anos que sofreram MESMO com fome. É preocupante e mesmo esclarecedor sobre a economia nacional que os portugueses importem 80% do que comem (não garanto o número), mas o facto é que não há fome em Portugal em 2015 por falta de alimentos, e se há e houve crianças com fome isso deve-se a maus-tratos, e não à falta de alimentos no país, a que até os mais pobres dos mais pobres têm acesso, sem pagarem. E não vou fugir à questão, considero repugnante a instrumentalização política de casos de maus-tratos a crianças.

      Para concluir, que isto já vai longo, muita gente insiste em confundir as consequências com as causas, sendo aqui a consequência um governo que “apertou o cinto”, usando a expressão já consagrada, e a causa a duplicação da dívida pública de Portugal em seis anos pelos governos de J.S. Pinto de Sousa. Já agora, eu considero que o actual governo se limitou a cumprir “serviços mínimos”, e não apenas por sua responsabilidade. Com grande destaque para impedir mudanças no Estado temos o Tribunal Constitucional e a sua sagrada Constituição.

    4. Fraco exercício de retórica, “Liberal”. Não entendeu, ou não quis entender, o que foi escrito. Aqui não há “PS’s”, nem “Pintos de Sousa” mais gordos ou mais magros, presos ou em liberdade. O que se deve efetivamente discutir é se o atual Governo, ainda em funções, não podia ter feito melhor, não podia ter sido mais competente, não podia governar mais de acordo com aquilo que é o interesse da coisa pública. Esse é o poma da questão. Objetivamente, não o fez. E para além disso foi um Governo muito incompetente. Dos piores desde o 25 de Abril de 1974, em termos políticos e técnicos. E quanto ao argumento de não ter havido, nem haver fome e miséria, que aumentou efetivamente a olhos vistos nos últimos anos, deixe-me rir, mas com tristeza, sobre quem defende o contrário.

    5. Fraco exercício de distorção do que eu disse, José Figueiredo, mas essa é mesmo uma velha especialidade “de esquerda”. Volto a repetir, vamos lá ver se com dose reforçada o José Figueiredo capta: não há fome em Portugal por falta de alimentos, há casos de maus-tratos a pessoas completamente dependentes, como, infelizmente, crianças, que resultam também em fome. Nada de novo sob a rosa do sol, infelizmente outra vez. Já quanto a pobreza acredito que tenha aumentado desde 2011, mas olhe que os números de partida já eram péssimos. Nunca me viu por aqui expressar entusiasmo com o actual governo, mas sim uma enorme relutância em ir votar, coisa que só admito fazer para impedir António Costa (uma desgraça) de ser primeiro-ministro. Não lhe sei dizer o que vai vencer, mas, se votar, irei pôr a mão por cima do símbolo do PSD, como os comunistas fizeram com Mário Soares. Mário Soares que já lá para 1983 quase foi crucificado politicamente por ter dito o óbvio, “não há fome em Portugal”. E isto em 1983…

    1. E o Francisco Louçã, tem consciência do contributo que deu para o estado de coisas que agora critica ?

    2. Que cassete tão triste, e que argumento tão autoritário (houve eleições, lembra-se? e o Sócrates pediu que houvesse eleições em 2011, como é que se queixa do resultado?). De facto, eu não votei a privatização da TAP nem a escrevi no programa do meu partido, enquanto tive responsabilidades. Talvez não possa dizer o mesmo. Ou a redução das pensões. Ou os cortes no SNS.

    3. Claro Louçã…você nunca coloca coisas más no seu programa, nem nas suas opiniões. Só coisas maravilhosas, fantásticas, sem custos nem sacrifício. Não percebo como é que todos os portugueses não votaram em si, e em massa! Porque recusar só coisas maravilhosas que você iria trazer sem custos nenhuns?

      Claro que os gregos já sabem a resposta a esta pergunta.

    4. Que injustiça para Passos e Portas. Eles têm coisas excelentes no seu programa, é o maná dos céus.

    5. Pois houve eleições, Francisco Louçã! Mas podia não ter havido se o BE trocasse a privatização da TAP pela não privatização da escola publica ou do SNS ! Ou vai dizer-me que estamos melhor assim ?! Que argumento tão triste!

    6. Tem que se entender com o seu próprio argumento. O valor do PEC4 era ter sido negociado com a Merkel. Impunha cortes no SNS e nas pensões. Acha que Sócrates ia mudar uma vírgula para negociar com a esquerda, com quem nunca quis negociar, e abandonar assim o seu acordo com Merkel? Ingenuidade, acho eu. Mas, pior, porque é que os socialistas vivem obcecados com a derrota eleitoral em 2011, numa eleição que pediram que se realizasse? Acha que isso ajuda o PS a ganhar as eleições em 2015?

    7. Pois, olhem bem, as escolas já tinham sido empacotadas para serem vendidas, os grupos GPS já existiam com grandes contribuições do governo, e o Pinóquio já tinha criado PPP na saúde. Vir agora dizer que favorecer os que vivem à custa do estado é um exclusivo PSD-PP é de rir.

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