O país está em estado de choque. Parece que o nosso Cristiano Ronaldo e a sua namorada russa decidiram pelo desenlace, antes até do enlace. O país cor-de-rosa ficou atónito e as manchetes sucedem-se, especulando sobre tudo e sobre nada.
Nos próximos tempos está, assim, assegurado o aumento de tiragem das revistas sociais e da audiência da parte social dos telejornais. Como se já não bastasse, no mundo fantasioso que é a sua matéria-prima, a fartura de encontros e desencontros, amores e desamores, juras de fidelidade e infidelidades ajuramentadas, frases feitas, desfeitas e meias-desfeitas, ou o bipolar afectivo “agora ele é só meu” e “agora ela é só minha”, antes do previsível “mas somos amigos para sempre”.
Tudo através de “TAC afectivos” e relatórios circunstanciados. De quem gosta dessa generosidade sempre altruísta de se dar a conhecer na privacidade, até que um dia o efeito boomerang lhes causa a dor da intrusão consentida.
A atenção continuamente devotada a esta notícia (não haverá nada de mais importante, mesmo à nossa porta?) e as “preocupações” que afligem a nossa “sociedade” deveriam dar que pensar: de facto, é…chocante!
Simultaneamente, continuam as notícias doutro caso “exemplar”: Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho – esses sim, enlaçaram-se -, de que o DN de hoje dá conta. Ainda mais chocante!