O Rublo continua na sua queda a pique. Um euro vale agora 40% mais do que valia a 1 de Julho de 2014. A taxa de juro da dívida Russa denominada em Rublos continua a subir (acima de 10%, para a dívida a 10 anos).
Parece tudo ligado à evolução do preço do petróleo (“Brent”), que cai 35% desde essa data de $111 para cerca de $72 por barril.Contudo, parece evidente que o conflito na Ucrânia, com proporções internacionais, contribui também para as referidas quedas a pique do Rublo.
Mas, não é só o Rublo que cai. A queda do preço do petróleo está a afectar a Arábia Saudita e também a Venezuela, e, em geral, os países produtores de petróleo. Provavelmente, irá também afectar muito significativamente Angola.

Legenda: Preço de um barril de “brent” em dólares, Fonte: onvista.de
Alguns desses países são importantes destinos das exportações portuguesas. Acrescem ainda as consequências das sanções à Rússia, que se repercutem negativamente na economia portuguesa, nomeadamente, no sector agro-alimentar.
Todavia, em termos líquidos, a queda do preço do petróleo deverá representar um choque positivo para a economia portuguesa e para outras economias para as quais Portugal exporta, em especial para os países da zona euro.
De acordo com os dados do INE, as importações líquidas de combustíveis e lubrificantes foram de 6,2 mil milhões de euros em 2013. Uma queda de 35% no preço médio em dólares dessas importações líquidas em 2015 representaria um choque positivo directo para a economia portuguesa de cerca de 1% do PIB (o euro desvalorizou-se 9% face ao dólar, desde Dezembro de 2013).
Assumindo um multiplicador da despesa final para Portugal de 1,3 (estimado em 2012 pelo FMI), então o PIB português poderia vir a crescer 1,3 p.p. mais do que o inicialmente previsto em 2015.
Uma preciosa ajuda de que a economia portuguesa bem precisa!
(E as críticas às projecções de crescimento económico constantes no Orçamento do Estado para 2015 deixariam de fazer sentido…)
Republicado às 14:17: Altera título do post.
a queda do rublo
que só prova que o mercado funciona melhor que o “euro” ; porque o preço do barril desce e a taxa, corrige ; aqui nem uma coisa nem outra
é mesmo isso ; se o amorim nao ficasse com a fração e o “ministro” do petróleo ambiental português não ficasse com o resto.
esse é o multiplicador corrigido ou o incorrigido ?
O corrigido.
pois ,diz o multiplicador ; mas não diz das elasticidades ;porque i se o dim. do preço do petróleo levasse a mais consumo do ouro negro e fechasse o gap. nunca se sabe
o consumidor tem desígiinios que falham ao planeador