Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

António Bagão Félix

28 de Outubro de 2014, 12:46

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Globalização cá dentro

Neste nosso reino da Dinamarca, temo-nos visto gregos. Há muito boa gente que trabalha como um mouro ou com força de galego. E com paciência de chinês à espera de melhores dias. A propósito, negócios da China é o que não falta por cá. Mesmo assim, há quem prefira a roleta russa, se não mesmo a montanha russa. Claro está, há sempre quem viva à grande e à francesa, ou em versão oriental, com luxo asiático. Ou quem descortine, com mestria, boas coisas para inglês ver. Ou quem obedeça fielmente como um soldado alemão.

Em tempo de vésperas, dizem-se coisas das Arábias para agradar a gregos e troianos. Que depois produzem discussões bizantinas ou ficam para as calendas gregas. Há ainda quem, julgando meter uma lança em África, enfie a argola, perdão Angola. E quem se sinta confortável com os ventos de Espanha, ainda que sem casamento. Neste mesmo tempo de “as eleições que se lixem”, chegou a hora de jornalistas e comentadores se verem confrontados com o aviso “já chegámos à Madeira?”

Pontualidade britânica só no futebol. Ou, numa versão diária, na pausa do trabalho e em fila indiana, para beber uma italiana, antes da francesinha que substitui o almoço. A não ser que haja semana-inglesa. E há quem seja tal e qual um relógio suíço: não atrasa nem adianta. Tal como esta curta crónica. Por isso, não perca o seu latim, caro leitor…

Em suma, trata-se da globalização à portuguesa, com certeza. Global por necessidade, local por gosto. Isto é, glocal.

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