O Orçamento para 2015 foi antecipado por uma colossal campanha publicitária: CDS e PSD travavam uma florentina batalha pela redução em 1% da taxa que extraordinarou o IRS. Seria menos um euro por semana para o salário médio nacional mas que sinal de viragem, que luz ao fundo do túnel! Ora, esta “moderação” fiscal morreu na praia e sobrou a austeridade, mãe da crise. O Orçamento para 2015 confirmará esta desistência: mais um ano em estagnação, dívida no valor mais alto da nossa história e quinze anos perdidos com o euro.
O que o governo não faz, nem as autoridades do protectorado, é olhar para os problemas do país para definir prioridades. Pelo contrário, Portugal obedece às regras dos credores.
Pois se o Orçamento fosse um esforço para a solução, começaria a responder a dois tipos de dificuldades: as urgências sociais (uma criança em cada três sofre carências essenciais, há meio milhão de jovens que nem trabalha nem estuda e os desempregados de longa duração e os emigrantes são gerações desperdiçadas) e as necessidades estruturais (a desindustrialização e a restrição imposta pelo Tratado Orçamental). No primeiro caso, é decisivo criar emprego estável e qualificante a curtíssimo prazo. No segundo, é preciso aliviar a balança de rendimentos para investir, o que exige anular parte da dívida externa.
Não há por isso outro critério para um bom Orçamento: só quando renegociar a dívida é que Portugal poderá começar a responder à sua crise dolorosa. Com o Orçamento de 2015 continuaremos a ter um governo colaboracionista para uma economia inviável, que responde com impostos e despedimentos à crise social e ao desemprego.
afinal o problema já está identificado http://www.ft.com/intl/cms/s/0/1a456bc6-54d9-11e4-bac2-00144feab7de.html#axzz3GEcHYoYe
É uma explicação, mas muito parcial. Não é só a volatilidade em alguns mercados financeiros que nos afecta, é a estrutura da produção e da acumulação, e por isso é tão importante corrigir os defeitos da arquitectura europeia. E já é tarde.
certo
mas às vezes é a simplificação que vence
a simplificação que deixa tudo mais perturbado
Francisco Louçã,
porque é que a Esquerda não quer o Poder ?
Porque o Povo não lho dá?
Ou o problema é a dívida?
o francisco louçã
é que 2devia receber um prémio fiscal por escrever tão permente sobre a atualidade econonómico-financeira
EU
, se pudesse fazia o orçamento todo de alto a baixo.
até calculva as taxas sozinho e sem açores ,,,, assessores digo assessores
o que é preciso é controlo público
não vemos nada disso – está tudo dado ao abutres e aos vitor bentos desta vida
a mãe
mas para que é que foste já falar na mãe
nada de positivo neste orçamento
é sempre a mesma conversa – nem sequer há alinaças à esquerda