Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

António Bagão Félix

6 de Setembro de 2014, 08:00

Por

Incêndios florestais

2014 tem sido um bom ano quanto à incidência de fogos florestais no nosso país.  Entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto arderam “apenas” 11.745 hectares em Portugal Continental. Certamente para tal muito contribuiu o ameno e pluvioso Verão, como também a maior sensibilização e prevenção e a mais dura moldura penal nas situações criminosas. Para se ter uma melhor ideia da devastação que os incêndios florestais têm tido, vale a pena olhar para o quadro relativo à área ardida neste século, no Continente:

Ano
Área ardida ha
2000
159.605
2001
112.312
2002
124.619
2003
425.839
2004
130.108
2005
339.089
2006
 76.058
2007
 32.595
2008
 17.565
2009
 87.421
2010
133.091
2011
 73.829
2012
110.232
Média 2000/12 
140.181
Fontes: Pordata, AFN/MA

A nível planetário, estima-se que, por ano, cerca de 150 000 km2 de florestas desaparecem, o que equivale a três Suíças ou 1,6 vezes Portugal) e acentua-se o abandono do campo através de uma rápida e desordenada urbanização (50% da população mundial vive em cidades, atingindo na Europa o valor de 72%!).

As leis do mercado têm prevalecido inexoravelmente sobre as leis da Natureza. A evolução do mundo vegetal está sujeita a uma crescente cultura de indiferença e insensibilidade e até a um acentuado egoísmo geracional. No fundo, hoje somos mais ricos em tecnologia, mas mais pobres em Natureza.

Também as estatísticas subestimam a árvore e a floresta. É o caso do PIB. O desenvolvimento não se esgota neste indicador macroeconómico, porque não toma em conta a apreciação ou a desvalorização dos recursos naturais. Considera apenas o que se produz, sem deduzir o passivo que resulta da depreciação ou destruição de bens naturais, como água, solos, arvoredos e florestas. Se isto fosse tomado em conta, a degradação da nossa floresta e a destruição da agricultura teriam provocado diminuições acentuadas do PIB. O que, por certo, levaria a uma maior atenção a estes sectores, pois que deste modo todos os governantes se sentiriam mais escrutinados… para ver não apenas a “árvore” do momento, mas a “floresta” de sempre. Com sensibilidade e sentido geracional.

Comentários

  1. Nossa empresa tem a solução para os incêndios florestais, através de um produto equilibrado em sua tecnologia, permitindo que se tenha o controle do fogo e podendo ser aplicado com até 15 dias de antecedência, onde o fogo não progride seja em copas das arvores, rasteiros e/ou debaixo da terra ( Pit Soel ), com caracteristicas especiais não oferece qualquer dano a natureza ( Solo – Vegetação – Afluentes – qualquer cultura agronômica ). De facil aplicação e baixo custo. A aplicação deste maravilhoso produto tem que ser divulgado, após o risco ele se degrada naturalmente em até 22 dias, não atraindo qualquer tipo de mudança local. Ecoclogicamente perfeito e financeiramente viável. http://www.ecopluscompany.eco.br ( Fertil-Fire ) Bloqueia a passagem do fogo em 100 % dos casos.

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