Alkantara Festival: Hoje, para ler no PÚBLICO

Para o ÍPSILON, Cristina Fernandes conversou com Björn Schmelzer, director artístico do agrupamento Grandelavoix, que apresenta hoje Cesena, feito com os bailrinos de Anne Teresa de Keersmaeker (hoje, 21h, CC; amanhã, 21h30, Teatro Camões, domingo, 15h, Mosteiro dos Jerónimos em versão concerto, sessão já esgotada; dias 14 e 15 na Fábrica ASA, em Guimarães): “O acordar do passado é algo que fazemos com a música antiga. Para os artistas é importante mostrar que a história é uma invenção. Há uma história oficial do Ocidente mas ela vai sendo reconstruída e é influenciada pelas visões do presente.” A actividade dos Graindelavoix tem sido feita deste questionamento. “Tal como a história também a recriação da música antiga é uma construção. Nos Graindelavoix sempre tivemos esta função crítica perante o nosso passado estético e histórico, tentando mostrar repertórios de uma maneira que por vezes as pessoas não reconhecem.”

Luísa Roubaud escreve, na secção de cultura, na crítica à pela de Bouchra Ouizguen que “no seu próprio tempo e contexto Madame Plaza (título emprestado de um velho cabaret de Marraquexe) é um trabalho ousado e transgressor. (…) Após a cena inicial, Bouchra deslizará do sedari, em posição invertida, de ombros e nuca sobre o chão. O que se seguirá é uma linguagem singular, não exactamente a dos bordões da etnografia nem a dos da dança contemporânea: um longo período de íntima convivência, conduzi-las-ia por trilhos desconhecidos de todas.” A peça foi apresentada no São Luiz nos dias 2 e 3 de Junho.

 

E, em conversa com Franck Vercruyssen, sobre a estreia, hoje (23h30, São Luiz), de Mademoiselle Else, o actor do colectivo TgStan fala-me da “”grande aventura da palavra” como “a grande aventura da imaginação”: “Há um trabalho sobre o próprio corpo da actriz que está a narrar a história, como se desse vida aos seus pensamentos, e fosse criando uma relação com um outro actor, e ao mesmo tempo, com os espectadores, que, individualmente, se vão aproximando dela, e da sua própria personagem”.

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