Um submarino em forma de baleia que nos é dado a observar, externa e interiormente, convocando toda a nossa atenção e imaginação. Um livro-acordeão que nos vai revelando cantos e recantos de uma espécie de robô altamente complexo mergulhado no fundo do mar.
Para os mais crescidos, é impossível não pensar em Júlio Verne ou em Leonardo da Vinci (com as suas maravilhosas caranguejolas…).
A divulgação que nos chega deste livro-objecto é bem certeira: “Ao abrirmos o livro, a perspectiva dos leitores, que observam o interior deste artefacto, dividido em numerosos compartimentos, altera-se por completo, pois é aí que entra em jogo a imaginação, não só para recriar o que sucede na cabine do cetáceo mecânico; como também para tentar adivinhar o que preparam na cozinha ou de que falam os trabalhadores do jardim, ou em que trabalham os operários da casa das máquinas… E assim por aí fora, do ginásio aos dormitórios ou à despensa…”
Por isso, cada leitor-observador estará na presença de um livro diferente, mais revelador de si próprio do que dos autores. Pode dizer-se que é assim em todos os livros, mas em Balea poderá ser um superior exercício de exploração de saberes e emoções com as crianças.
Ambos os autores são espanhóis e tiveram formação em Belas-Artes. Já receberam vários prémios artísticos, mas nesta parceria e produção conjunta temos de lhes agradecer a mistura de arte com engenharia, arquitectura e mar, muito mar. Obrigada.
Balea
Ideia original e desenhos: Federico Fernández
Cor: Germán González
Edição: Kalandraka
2 págs. (em fole), 16€
Texto divulgado na edição do Público de 2 de Setembro, na página Crianças.
A página completa foi publicada assim, com as habituais sugestões de actividades em família vindas do Guia do Lazer.