Quanto deixar de gorjeta? Em que locais e situações se deve dar? E como? Estas são questões que provocam por vezes alguma confusão ou mesmo angústia a quem visita os Estados Unidos. Há, claro, algumas regras básicas e simples: nos serviços – restaurantes, táxis, estética – deve-se dar um mínimo de 15 por cento (caso seja um grupo num restaurante por vezes a gorjeta é incluída logo na conta, por isso é melhor verificar); quem não quiser fazer a conta aos 15 por cento pode optar por duplicar o imposto; e nos bares deixa-se um dólar por bebida. Mas mesmo quando já achamos que dominamos as regras podemos ainda ser surpreendidos: por exemplo, um dia deparei-me com uma pessoa a distribuir sabonete líquido e toalhas de papel na casa de banho de um clube onde estava a ver um concerto, deixando-me com um novo dilema. Dar ou não dar, e quanto? Em conversa com americanos, percebi que também para eles é discutível. Mas mais frequente será quem hesita em dar gorjeta quando é servido por alguém ao balcão. E talvez por causa disso, vários locais tentam mostrar aos clientes que esse dinheiro é importante, colocando, ao lado das caixas registadoras, slogans bem humorados como “Tipers make good lovers”, pedidos com alusões divinas como “May your tips be with us” ou mesmo menções de sketches do Seinfeld como “The crew sees and appreciates your tips – don’t worry about it like George does” (quem não se lembrar de como é que essa preocupação acaba, pode ver aqui).