Arnaldo Antunes
valter hugo mãe na festa da editora Globo
Em Paraty, os telefones raramente funcionam, a rede 3G anda desaparecida e a Internet vai abaixo constantemente. Mas claro que não é essa a única razão para que os meus posts sobre o que se tem passado por estes dias na FLIP- Festa Literária Internacional de Paraty estejam reduzidos ao mínimo. A culpa é das festas.
Este ano decidi que a não ia mais ser “escrava do jornalismo” e fui a todas as festas que consegui! Os meus pés sofreram (torci um pé ao sair de casa, em Lisboa, antes de vir para o Brasil e as pedras do chão de Paraty são fatais) mas tenho um sorriso na cara desde que decidi dar uma de “saideira” em Paraty.
A época das festas começou na (na quinta-feira, ou terá sido na sexta, já baralho os dias, foi quinta mesmo) com a magnífica festa da editora Companhia das Letras que comemora os seus 25 anos. Era uma festa conjunta com a agência literária Lúcia Riff com música ao vivo. Na pista de dança,o editor norte-americano Erroll McDonald ( da Pantheon Books) brilhou por causa dos seus dotes de dançarino. Lilia e de Luiz Schwarcz e grande parte da sua equipa dançavam e sambavam sem parar. O escritor colombiano Héctor Abad Faciolince também.
Na sexta-feira foi a vez da primeira festa da Publish News. Ontem foi a vez da festa da editora Cosac Naify, este ano realizada num barco atracado no cais. O escritor português valter hugo mãe foi a atracção: cantou um fado (mesmo estando com a voz rouca de tanto falar).
Dali se seguiu para a festa de lançamento da antologia de contos “Liberdade até agora” com organização de Eduardo Coelho e Marcio Debellian que reúne 21 contos de escritores brasileiros, numa casa belíssima em Paraty.
E a noite acabou na festa da editora Globo, onde o escritor Luiz Ruffato lançou a antologia “Oswald de Andrade: A alegria é a prova dos nove” com um concerto de Arnaldo Antunes e da sua banda:
“Onde é que eu fui parar?
Aonde é esse aqui?
Não dá mais pra voltar
Por que eu fiquei tão longe?
Longe…
Onde é esse lugar?
Aonde está você?
Não pega celular
E a terra está tão longe
Longe…”