Após semanas de incertezas e no final de uma maratona negocial de 12 horas, a União Europeia acordou finalmente um novo pacote de resgate à Grécia, no valor de 130 mil milhões de euros. O acordo salva o país de entrar em incumprimento – pelo menos no imediato, uma vez que entre os líderes europeus e os técnicos da troika continua a haver receios sobre a capacidade da Grécia aplicar as medidas de austeridade ao mesmo tempo que enfrenta o quinto ano consecutivo de recessão económica.
O novo episódio na longa tragédia grega obriga-nos a olhar para as causas mais profundas da crise europeia. É o que faz Patrycja Szarek Mason no blogue da Anti-Corruption Research Network. Numa Europa tão preocupada com a consolidação orçamental, a autora aponta um conjunto de falhas acumuladas na formulação de uma verdadeira política europeia anti-corrupção.
A falta de mecanismos de controlo e de prevenção da corrupção, explica Patrycja Szarek Mason, amplifica o sorvedouro de dinheiros públicos e arruína a confiança dos cidadãos no Estado, nas instituições europeias – e nos planos de resgate a parceiros problemáticos da zona euro. As coisas já começaram a mudar, nota a autora, mas é preciso aproveitar a oportunidade para criar uma verdadeira política europeia de transparência.
Leia o artigo “Economic Crisis and Anti-Corruption in the EU” no blogue da ACRN
Pingback: Crise europeia, corrupção europeia – Às Claras | Info Brasil