Tudo Menos Economia

Por

Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral

Francisco Louçã

8 de Dezembro de 2015, 10:35

Por

Pedro e Paulo apoiam Marcelo que apoia António que gosta de Marcelo que gosta de toda a gente

marceloA entrevista de Marcelo Rebelo de Sousa à Sic foi um postal ilustrado do que é (e do que não é) a força da campanha do “professor”.

Marcelo precisa de se distanciar de Cavaco Silva, que é “passado”. O homem não preparou bem a crise política. Ele não sabe falar com quem devia. Eu falo. Tudo perfeito para a campanha.

Marcelo precisa de se distanciar do PSD e do CDS, até porque tem o seu apoio na mão e é para o centro que deve olhar. O prazo, ainda por cima, encurtou: no dia 10 o CDS e o PSD resignam-se ao inevitável. Por isso mesmo, Marcelo tem que forçar a barra e explicou então que não demite o governo de António Costa e que lhe deseja quatro anos de bonança. Fica de bem com uns porque não têm força para lhe desejar mal e de bem com os outros, porque aos opositores da direita convém a debilidade dos que apoiam Marcelo – e a Marcelo também. Se virmos algum dirigente do PSD e do CDS nesta candidatura será na última semana e caladinhos de preferência. Tudo perfeito para a campanha.

A entrevista de Marcelo mostrou assim como é meticuloso: ele explica os poderes presidenciais, ele gosta dos adversários, ele preocupa-se com a desigualdade, ele lembra o que fez pela Pátria, ele conta que foi um grande presidente do PSD, ele mostra que andou pela Europa. Tudo como deve ser para a campanha.

O PSD e o CDS terão que engolir este candidato. De todas as formas, já perceberam que não têm eleições no verão e que não lhes cai uma crise no colo aos trambolhões. E António Costa vive bem com ele, sabendo que, em todo o caso, o PS desistiu das eleições presidenciais há muito e só anima candidatos para consumo interno. Resta-lhe por isso a coabitação, como sempre foi a regra. Tudo normal, é isso mesmo que Marcelo precisa que seja o mote da candidatura. Porque só assim disputa a eleição e mantém o favoritismo.

O PSD e o CDS resignam-se a essa normalidade, o PS aplaude-a, Marcelo tem até agora tudo o que quer e não podia pedir mais.

Comentários

  1. Gosto de ouvrir o Senhor Francisco como politico porque conhece bem de politica .muitos nao gostam porque o Senhor e de esquerda . mas os Portugueses que nao se iludem nem daqui à 20 anos o trabalhador portugues tera um salario décente isto e um salarié minimo 1000E , os salariés elevados serao sempre para para os mesmos aqueles que se considem.se supérieur ao resto da populacao ,aos que imigrarem nao voltem mais senao de ferias nem mandem mais dinheiro para o PAIS porque os politicos so falem dos immigrantes so para mandarem dinheiro ,hoje nenhum immigrante nao précisa de Portugal para viver

  2. Uma opinião e análise do candidato Marcelo, correta e realista. Marcelo vai ser Presidente da República e será um bom Presidente. Quem o julga só pelos comentários que semanalmente faz na TV não sabe quem é verdadeiramente Marcelo. à frente de qualquer cargo público Marcelo será sempre totalmente independente e nunca fará favores a ninguém, muito menos aos seus correligionários do partido. E ainda bem, porque para Presidente da facção PSD já tivemos o que se vai despedir sem honra nem glória.

  3. Está admirado, Francisco Louçã, pela postura de Marcelo?

    E a do Costa?

    Isto é a “Geração Rasca” de políticos no seu melhor!

    Onde V. Exa se inclui, desculpe a franqueza.

    João Albuquerque

    1. Deve ser do feriado que lhe dá o gosto para o insulto. Suponho que se sente bem com isso. Com toda a franqueza.

    2. Caro Francisco Louçã, com toda a franqueza não vejo insulto nenhum nas minhas palavras.

      É o que eu penso desta geração de políticos!

      Podia ter dito “Geração Que é de Má Qualidade”. Tem o mesmo significado!

      Sabe, o meu caracter, quase todo, foi moldado nos “Anos Dourados de ’60”.
      Anos da “Geração de Ouro”.

      Já ouviu falar?

      Os valores, atitudes, respeito, eram outros, muito, muito melhor do que assistimos agora, principalmente pelos “fazedores da opinião pública”.

      João Albuquerque

  4. Custa a acreditar que o bloco não tenha candidatado o pai fundador, o antigo líder Francisco para as presidenciais. A escolha neo-realista de uma antiga pastora que vencia com pés descalços o orvalho da manha assim como vence na vida através do seu mérito, esforço e tremendo sacrifício pessoal é uma imagem ao estilo de heroína soviética mas na minha opinião não suplante o enorme carisma a afiada inteligência a nobreza popular e a visão profunda e cirúrgica da mandala econômica do grande irmão Francisco. Só pode ser porque já anda muito muito ocupado com políticas internas do ninho. Foi com certeza decisão tomada para o nosso bem. Mesmo quando não percebemos acreditamos que o pai Francisco não dorme na defesa intransigente e sólida das nossas aspirações desejos e direitos. Obrigado pai Francisco por seres esse farol que és neste céu português coberto por negras tormentas.

    1. E a “cara” Leonor, tirando a sua prose jocosa e vaidosa, o seu soneto não só oco como vazio… essa mordida desdentada é tudo o que tem para oferecer? Cultive-se em vez de decorar palavras bonitas que na sua boca sem virtude ficam. Quase era cómico… quase “cara” Leonor, acabou por ser pobre!

    2. Gostei especialmente da expressão “orvalho da manha”. Porque a manha é muito inspiradora. Umas vírgulas também teriam ajudado, mas está perdoada. Oxalá o “correio da manha” recompense o seu esforço. Já agora: a pastoricia deve ser mais difícil do que pensa. E dá muito menos vantagens “econômicas” do que seria justo.
      Cito um poema clássico: “descalça pelo orvalho da manha/ enfrentando um céu de tormentas/ vai leonor pela mandala verdura/ em breve chegará ao interno ninho/ vai, por mérito, formosa/ mas, nem por isso, segura.

    3. Só gostaria de deixar claro que tenho muito respeito pela pastorícia. Só conheci pastores excepcionais: o Acacio ex-pastor hoje médico ortopedista e um francês mais velho ex professor de matemática e expecialista em cálculo diferencial. É uma profissão que alavanca altos voos. Eu próprio pondero comprar 20 cabras para me introduzir devagar no meio da pastorícia (não há aqui ironia). Quanto ao comentário, agradeço os diversos apoios mas manifestamente exagerais ao chamar poema a esse mal alinhavado, tardio, e mui merecido elogio.

  5. Atencao portugueses eu nao sou de nenhun partido minha vida foi feita desde jovem no estrangeiro mas sempre com a ideia de regressar ao nosso querido PAIS que e PORTUGAL à 3anos tive à sorte de regressar pense assim consomindo no PAIS ajudo à économia à andar para a frente . qual o meu espanto ao ver nos jornais n’as radios e TV tanta corrupcao à todos os niveis e tantos paloeiro politicos n’a TV exemple Marcelo ..mende rangel . esses senhores iem buscar informacoes aos colegas do governo e vinha paraa TV enganar os portugueses , farto agarrei em mim e regressei de onde tinha vindo . aviso à vos todos esse Marcelo so quero o lugar de PR quero chupar como todos os outros

  6. Melhor que a Marisa ou o partido totalitário do Padre que em Portugal votam num governo pró-europa. Na Europa votam contra a Europa. Monumental hipocrisia. Gente falsa e que vende por qualquer coisa.

    1. A Marisa tem charme e é bonita… além de integridade intelectual e de preocupação social, ao contrário deste “professor” falsário.

    2. Mude a cassete. Qual é a União Europeia de que falamos, aquela que se submete aos ditames do governo alemão …..aquela que aceita governos fascizantes como o hungaro o polaco, que acha natural forças xenófobas e racistas participem nos governos da Dinamarca da Finlândia ou da Holanda, contra os tratados e os princípios que cimentaram a União Europeia ….A União Europeia de Delors de Kohl e Miterrand, nada tem a ver com a União Europeia actual.

    3. Eu gostaria de comentar, mas agradecia que escrevesse em Português. Não entendi pêvia da sua arenga capitaleira. Mas fiquei alarmado: não me diga que o Vaticano (Padre com maiúscula só se for…o Santo!) formou um partido político em Portugal. E votou contra a “europa”! E onde? na “europa”! É muito descaramento junto! Francamente!

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Tópicos

Pesquisa

Arquivo