Há dias, António Costa deu uma entrevista à TVI. A certa altura, afirmou que Passos Coelho respondeu a uma certa questão com a cassete do costume. E eu fiquei a pensar que António Costa respondeu à resposta com uma outra cassete (ou a mesma?). Com cassete se dá, com cassete se apanha. (não confundir cassete com outro galicismo homofonamente parecido). É que a cassete representa uma forma política de empate, enquanto resultado ou de empatar, enquanto acção.
Por isso, sugiro uma alteração discursiva, não direi na perspectiva ético-filosófica de Jürgen Habermas, mas, digamos, tecnológica. Afinal, toda a gente fala da revolução e inovação informacionais como forma de fazer o país avançar e os políticos continuam a insistir nas cassetes? Como poderá o povo acreditar numa linguagem no estilo de “bem prega frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz”.
Depois deste reparo, deixo a minha sugestão: deitem fora as cassetes analógicas (a maioria dos jovens já nem as viram) ou digitais. Inovem! Têm à mercê uma variedade sortida para todos os gostos, desde o mais singelo CD à liliputiana pen. Esta tem a vantagem de se poder alterar, quase instantaneamente, o que pode dar muito jeito para resolver os súbitos câmbios de ideias e propósitos em função de se ser governo ou oposição.
Cassete é que nunca mais!
O aspecto gráfico é muito bom.
Rio-me.
Obrigada
Caro Bagão Félix, não concordo. Para muitos políticos a expressão apropriada é “a mesma tabuleta de argila”.