António Costa apresentou o seu programa. Detalhado e assertivo. Excepto na resposta à questão das questões: como é que vai pagar as contas públicas? Ou, como é que vai cortar 7 mil milhões de euros em três anos (cálculo do Banco de Portugal sobre a regra do Tratado Orçamental)? Como é que paga reformas a tempo parcial? E investimento? E juros?
Mas o programa tem uma ideia, concreta e persistente: círculos uninominais. Não é porque o sistema eleitoral não gere governabilidade e representatividade, diz, é porque os eleitores têm de conhecer os eleitos.
A moral da história dos próximos candidatos será esta. Vota em mim, porque aqui estou, belo de me ver neste espelho, já me conheces. Mas não te atrevas a querer saber o que vou fazer com o teu dinheiro. Não me perguntes nada.
Mas o programa que o António Costa apresentou foi um programa de governo para o país, ou foi um programa de candidatura a secretário geral do Partido Socialista, que lhe dará direito a ser candidato a primeiro ministro nas próximas eleições Legislativas, caso venha a ser o escolhido??
Ambas as coisas, no conceito do PS. Em qualquer caso, um candidato tem sempre que dizer ao que vem.
desculpa??
identifica-te.
boa resposta, francisco, à ves
sabes quem é??
…não parece haver ideias a debater; as ideias vem de fora e por isso torna se dificil assumir o que seja. As pessoas tem apenas que e perante a inépcia total, popularucha e desastrada do Seguro pensar em se…o famoso se português…se fosse o Costa isto seria diferente…seria ? pois, talvez.
A verdade é que Portugal entrou numa derrapagem nada recomendável…instaurou-se uma mentalidade de saque. Em Lisboa os restaurantes de preço elevado continuam cheios e o resto do País assiste. O governador do BP chega de Frankfurt e diz que lá é muito bem compreendido enquanto cá o criticam. Isto tudo é de um provincianismo atroz. Os pares felicitaram-no por ter evitado maiores danos à estabilidade financeira mundial pouco lhe interessando quem vai pagar os erros, melhor a golpada do BES.
É triste.
Esse provincianismo é que não é tolerável. Se aumentar o nível de exigência, e muita gente reclamar um debate concreto baseado em propostas e soluções quantificadas e calendarizadas, a política passa a ser mais consistente.
Peço desculpa pela duplicação
As suas interrogações são acertadas, têm razão de ser, outros já as têm feito. António Costa dar-nos-à as respostas, voto que o faça. Ainda tem tempo para isso. Mas não gostei do seu último parágrafo, pareceu-me demasiado chocarreiro. É que o assunto é sério.
Creio que o último parágrafo é muito sério. Quem propõe círculos uninominais exclusivamente na base do conhecimento dos candidatos (e apesar de favorecer a distorção da representatividade e outros males) e se esquiva a dizer como pretende governar, está em contradição. Espero que o debate permita e exija resolver e esclarecer todas as contradições.
e as diferenças, francisco, e as diferenças
tenho uma proposta em relação à segurança social, que é a seguinte
acho que a segurança social devia ter uma atenção especial por parte dos nosso políticos
pe. a politica de reformas antecipadas,devia ter uma dotação especial e própria
e contratava a té se gastar. o costa quer que seja com dinheiro da europa
Certo. Mas a segurança social só será protegida e melhorada se houver reestruturação da dívida.
está fora de causa que ainda venham a ser os melhores amigos,
não sei para que é que cita o BdP para o quer que seja
BdP há anos que anda a fazer errado. porque é que daqui para a frente há de ser diferente
não estou a ver. mt menos porque você quer
vcoê é uma figura de expressão
As contas devem ser analisadas e discutidas. E repare que, quando se trata de cortes, eles normalmente não se esquecem dos detalhes.
pois. cortes…
mas já viu quem é que fica sempre sem o dedo
«é porque o perde».
tenho informação privilegiada, por ler os índices, e contactar directamente com o espírito que se avizinha um novo afundanço na chamada “questão da dívida” ou também “o euro da periferia”.
não obstante, os poderes públicos e a política autóctone, que tirando Vasco Pulido Valente, ie. o único pressiona o polegar no lugar certo,, não conseguem locomover o carro e dentro desse o motor para uma nova fase do estado p0rtuguês nos prenúncios da globalização.
francisco louçã: rotura ou consumação
pois. mpasse .
A solução VPV é sempre culpar o índigena. A solução dívida é esmifrar o indigena. Por isso precisamos de uma solução solução.
o caminho só se faz
cumprindo
o
considero errado que um candidato a primeiro-ministro não estabeleça no seu programa a única medida, a condição para dar algum rolamento ao país que é a renegociação da dívida pública, na obtenção de juros e maturidades reestruturadas
não me quero queixar. mas enquanto reitor da nova os prox. anos não se afiguram de bonança
não podemos viver nesta ditadura entre por um lado preços a cair e por outro ausência de empregos a gente de superiores valências
alguém tem que dar cheque-mate. mas no entanto não se vê sequer um agitar de águas
emprego ou morte; pátria ou morte
obrigado
Por isso apresentei ao debate nacional, com três colegas, uma proposta concreta sobre essa reestruturação. Não é possível continuar à espera de milagres, temos de fazer.
salgado
mas como é que reage ao facto das críticas que afirmam q é uma proposta suicidária no contexto do euro
eu que sei ler sinas e entrelinhas
candidato costa está à espera que dês mais cartas
para se pôr a economia do euro a girar
não é certo que ganhe..
ask me no questions, i’ll tell you no lies
Infelizmente essa atitude só agrava os problemas…
O deserto de ideias é mais do que evidente, nestes dias que passam; nesta época dominada pelo mediatismo, pela imagem, pelo dom da palavra. António Costa não foge à regra. É somente mais um dos atores políticos que tenta canalizar apoios e conquistar as graças do eleitorado, interno(partidário) e externo. No entanto, é urgente discutir com urgência, além dos gastos dos dinheiros públicos, a forma de fixar a população no interior do País, que se desertifica, que se despovoa e empobrece. Assim de certeza que não há políticos e País num futuro não muito distante! Porque não, por exemplo, aliviar a carga fiscal às pessoas que queiram ir povoar o espaço interior? Porque não conceder mais apoios às autarquias que resolvam materializar uma “verdadeira” política de desenvolvimento local? Porque não gratificar portagens, aumentar abonos e facilitar crédito (s) a quem se fixe no interior do País? Então e as políticas demográficas, não devem ser discutidas? Sem população não há País, não há políticos que valham, não há desenvolvimento, seguramente. Devem acrescentar-se outros debates que realmente interessam ao eleitorado e às populações: a “questão” europeia e a formar de negociar com as instituições da União Europeia; o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança Social e a sua sustentabilidade; a Justiça, os seus meios e ação; a dinamização da economia nacional, a criação de emprego, etc. Os políticos deverão ser agentes ao serviço da Res-Pública, deverão ser os representantes e agentes dinâmicos das políticas públicas da comunidade, e não meros peões de interesses alheios. Eis, certamente, a materialização prática de uma República dos cidadãos.
Pois aí estão exemplos de discussões úteis e concretas. Volta sempre ao mesmo: é preciso saber onde se vai buscar o dinheiro.