Dentro de um mês, precisamente, Tânia Carvalho estreará, em Lyon a sua primeira criação para o Ballet da Ópera de Lyon, aliás, a primeira vez que um coreógrafo português é convidado para criar para esse colectivo. Xylography, assim se chama, é uma peça para 18 bailarinos a partir de uma reflexão sobre o múltiplo e onde a música, assinada pela coreógrafa e Ulrich Estreich será construída ao mesmo tempo que o movimento. “Quis construir uma coreografia onde todos os bailarinos reproduzissem o mesmo movimento num timing diferente”, explica no pré-programa . Entretanto, Rui Lopes Graça apresenta este fim-de-semana, em Estrasburgo, a sua segunda criação, após Quixote em 2013 para o Ballet da Ópera du Rhin, Fatal, estreado em Dezembro. Num programa dedicado a Shakespeare e inspirado “nas irmãs fatais”, as bruxas de Macbeth, o coreógrafo recusa continuar a falar de amor – num programa chamado All we love – e cria uma coreografia que quer saber porque razão estas mulheres , ao início inocentes, escolheram o mal.