
Sofia Dias e Vítor Roriz, em António e Cleópatra, de Tiago Rodrigues (fotografia Christophe Raynaud de Lage/Festival d’Avignon)
Já começaram a ser publicadas as primeiras impressões críticas sobre António e Cleópatra, de Tiago Rodrigues que desde domingo- e até 18 de Julho – se apresenta no Festival de Avignon.
“Tudo se passa como se uma língua se inventasse diante de nós”, escreve Jean-Pierre Thibaudat no site Mediapart, descrevendo Sofia Dias e Vítor Roriz como “dois intérpretes fascinantes” que “num teatro sem vãs panejamentos” gerem um conjunto de elementos “que se podem destabilizar o espectador, depressa [demonstram] a magia dos corpos e das palavras” sem “golpes de teatro”.
Fabienne Pascaud fala de um espectáculo “quase hipnótico” no site da revista Télérama, descrevendo-o como “uma pavana de amor e morte”. Apesar de alguma “indulgência e maneirismos”, é a “precisão lancinante de Sofia Dias e Vitor Roriz, a beleza minimalista da sua dança, a justeza do seu tom [que] criam esse clima quase hipnótico”.
No site da Culturbox, Laurence Houot fala da “luta verbal e corporal” do encenador para descrever um “bailado às vezes tenso, às vezes calmo ” entre duas personagens que vivem “um jogo de espelhos que desmultiplica os movimentos e os sons ao infinito”.
Finalmente, Thierry Florile, no site da France Info, descreve António e Cleópatra como um espectáculo “entre a dimensão íntima e pública” onde Tiago Rodrigues “nos permite perceber a dimensão política desta obra, levando-nos a pensa na fractura entre Ocidente/Oriente, ou Europa/Grécia”.
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Tiago Rodrigues foi também um dos convidados da Universidade de Avignon onde, num encontro com alunos e público, falou sobre o seu trabalho, num encontro conduzido pela jornalista Laura Adler. Para ver aqui.
António e Cleópatra estreou no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em Dezembro 2014 e foi considerado um dos dez melhores espectáculos do ano pelo jornal PÚBLICO. Ver crítica aqui.