Avignon abre o apetite

 

(Foto Francis Braun)

(Foto Francis Braun)

photoApresentada hoje em Avignon, a 67ª edição do festival traz nomes que fizeram a história das últimas 8 edições, dirigidas por Hortense Archambault e Vincent Baudriller, naquela que é a última edição que dirigem.

– Stanislas Nordey encena Peter Handke na Cour d’Honneur com Jeanne Balibar e Emmanuele Béart.
– Jérome Bel apresenta o espectáculo que há dois anos está a preparar com os espectadores de Avigno (o espectáculo será transmitido em directo pela France2)
– Anne Teresa de Kersmaeker e Boris Charmatz apresentam Partita 2, encontro entre os dois coreógrafos que se estreia, em Maio, em Bruxelas.
– Warlikowsky inspira-se nos musicais de Bob Fosse e no filme Shortbus, prometendo regresso a um dos seus mais felizes espectáculos, Angels in America, onde provou que a América dos anos 80 podia ser a Polónia dos anos 2000.Warlikowsky instala-se para um atelier de portas abertas durante 15 dias na Fábrica, o espaço que será o legado de Hortense Archambault e Vincent Baudriller.
– Philippe Quesne regressa com Swamp Club, a peça a partir da obra de Bruegel que marca os 10 anos da Vivarium Studio.
– Monika Gintersdorfer e Knut Klassen (que já estiveram no Maria Matos e se estreiam finalmente em França).
– E ainda Jan Lauwers, Christian Rizzo, Angelica Lidell, Falk Richter, Jean-Michel Bruyére, Faustin Linyekula, Rimini Protokoll, Sophie Calle, os artistas associados Dieudonné Niangouna, o extraordinário Brett Bailley, artista sul-africano que responde à letra sobre a violência dos europeus em África.

– E os artistas que foram associados dos últimos 10 anos, e outros que fizeram a histórica mudança do festival, marcarão presença, numa noite, no palco da Ópera-theâtre: Olivier Cadiot, Guy Cassiers, Romeo Castellucci, Jan Fabre, Boris Charmatz, Fredric Fisbach, Christoph Marthaler, Arthur Nauzyciel, Thomas Ostermeir, Alain Platel, Pascal Rambert, Valerie Dreville, Pippo Delbono. Não deixará de ser visto como uma demonstração da vitalidade de um festival que, a partir de 2014 será dirigido por Oliver Py.

– Nicholas Stemman atira-se à integral de Fausto, de Goethe, depois de no ano passado ter criado com Le Contract du Commerçant, uma ácida leitura sobre os subprime a partir do texto de Elfriede Jelinek.
– Ludovic Lagarce faz Rei Lear na Carrère de Boulbon.
– Katie Mitchell regressa (e não há maneira de chegar a Portugal?).
– Angelica Lidell, que os franceses têm numa conta que eu não percebo, ocupa duas salas para finalizar a trilogia qu a levou à China.
– Aquela qu foi a Nora, de Ostermeier (talvez uma das melhores interpretações que vi da peça de Ibsen) faz um Nora-Tutta
– E Michel Houellebecq é levado ao palco com uma adaptação de Julien Gosselin, arriscado encenador de 26 anos, vindo de Lille para o seu primeiro festival. Maguy Marin vai até Beirute com Wagon Libres (e nunca mais volta a Portugal?)

 

O programa completo será conhecido em Maio. As bilheteiras abrem a 17 de Junho. O cartaz é assinado pelo congolês Kiripi Katembo Siku

Deixar um comentário

O seu email nunca será publicado ou partilhado.Os campos obrigatórios estão assinalados *

Podes usar estas tags e atributos de HTML:
<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>