créditos Steven Cohen & Elu

Sexta, no ÍPSILON: “Steven Cohen diz de si, como se falar na terceira pessoa lhe permitisse, por uma vez, fugir à imagem que criou “quando ainda só tinha 20 anos e passava fome nas ruas e a única certeza que tinha era que queria ser artista”, que hoje, à beira de completar 50, o trabalho que faz “vive das falhas que o próprio trabalho sugere”. E que não há maior falha do que ele mesmo. “Era um nazi sem o saber, era racista inconsciente e isso enoja-me”, recorda, para falar de um passado que continua a trazer para palco, em performances que são murros no estômago de uma Europa que olha para ele, fascinada, como se olhasse para um aparatoso acidente de carro. “Eu sou esse acidente”. “Eu sou o erro”. “Eu sou essa escolha”.

Em 2006 vi, pela primeira vez, o trabalho de Cohen. Escrevi sobre ele aqui.