Os notebooks, os tablets e os smartphones vieram tornar mais difícil a tarefa dos pais que querem acompanhar a vida on-line dos filhos, observa a psicóloga brasileira Maria Tereza Maldonado. Na entrevista “O ciberbullying é democrático, atinge todas as classes sociais”, hoje publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos on-line, a autora de várias obras sobre cyberbullying julga que, não sendo, agora, possível controlar tudo, importa conversar muito.
É necessário, recomenda Maria Tereza Maldonado na conversa com Andriolli Costa e Luciano Gallas, conversar muito sobre estas questões, comentar as notícias que saem nos jornais sobre o que está acontecendo em termos de cibercrimes e em relação à consequência da colocação de fotografias, alertar para o facto de o ciberbullying ser crime e de os menores também sofrerem consequências se forem descobertos e de o anonimato na rede ser relativo. “São vários os temas de conversa que as famílias e as escolas precisam ter. Por isso, é tão importante a parceria família-escola, para promover a alfabetização digital, para falar sobre a questão da ética digital, da ética dos relacionamentos no mundo digital”.
Para a autora de Bullying e cyberbullying – O que fazemos com o que fazem connosco? e A face oculta – Uma história de bullying e cyberbullying, “a questão que precisa de ficar bem clara na conversa familiar é a seguinte: os pais são legal e amorosamente responsáveis pelos seus filhos”. Explica a psicóloga que assim como o pai ou a mãe não largam o filho de dez anos num lugar completamente desconhecido, também não o podem largar completamente na praça pública do ciberespaço.
(As imagens são do Jornal das 8, da TVI, de 16 de Janeiro)