Sempre foi tradição do PÚBLICO conceder visibilidade editorial ao desaparecimento de grandes criadores, sejam eles portugueses ou estrangeiros, e tivessem ou não gozado em vida de uma ampla popularidade. No domínio da poesia portuguesa, o jornal já dera o devido destaque à morte de Sophia, Cesariny ou Eugénio de Andrade, para citar apenas alguns exemplos, e deu-o agora, como seria de esperar, a António Ramos Rosa. Um poeta que, para lá do consensual reconhecimento crítico de que justamente usufruía, até era bastante popular, como sugere o facto de a notícia da sua morte ter chegado ontem a ser a mais lida na edição on line do PÚBLICO, acima mesmo dos recentes e mediáticos desacatos que envolveram o treinador do Benfica.
Luís Miguel Queirós