A UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, quer que os decisores políticos estimulem o uso das novas tecnologias móveis na educação. A exortação encontra-se nas “Directrizes para as políticas de aprendizagem móvel”, um documento produzido com o apoio financeiro de uma empresa finlandesa de telecomunicações. A UNESCO recomenda que as directrizes sejam adaptadas às necessidades idiossincráticas e às realidades dos contextos locais.
O organismo da Nações Unidas diz que, “longe de ser una possibilidade teórica, a aprendizagem móvel é uma realidade tangível”, acrescentando que, de Moçambique à Mongólia, os alunos e professores já utilizam dispositivos móveis para aceder a uma grande variedade de conteúdos educativos, conversar e partilhar informação, solicitar apoio e facilitar uma comunicação proveitosa. Para a UNESCO, a tecnologia móvel não é – e nunca será – uma panaceia educativa, mas apresenta-se como um instrumento poderoso, entre muitos outros, que, frequentemente, não se tem em conta e que pode oferecer um apoio pedagógico de valor incalculável.
O documento começa por explicar que “a aprendizagem móvel comporta a utilização de tecnologia móvel, só ou em combinação com qualquer outro tipo de Tecnologia de Informação e Comunicação, para facilitar a aprendizagem em qualquer momento e lugar”. A UNESCO enumera, depois, alguns dos usos úteis dos dispositivos móveis: aceder a recursos pedagógicos, conectar-se com outras pessoas ou criar conteúdos, tanto dentro como fora da aula. “A aprendizagem móvel abarca também os esforços para atingir metas educativas mais amplas, como a administração eficaz dos sistemas escolares e a melhoria da comunicação entre escolas e famílias”.
O Porvir, que se apresenta como uma iniciativa que visa melhorar a qualidade da educação no Brasil, elaborou uma infografia (acima reproduzida), sublinhando aspectos essenciais das “Directrizes para as políticas de aprendizagem móvel”.
[Clicando duas vezes na imagem, é possível ler melhor o texto sobre os bons motivos para usar as tecnologias móveis na escola e as recomendações aos governos]