Eu sei que sou um rapaz novo


Este relato, que cir­cula, em diver­sas lín­guas, através da Inter­net sem atribuição de autor, sobre o que faz uma mãe quando o filho lhe apre­senta, infor­mal­mente, uma espé­cie de tes­ta­mento vital é pro­tag­on­i­zado por dois ami­gos. Um deles está a relatar o que se tinha pas­sado no dia ante­rior:
– Ontem à noite, depois do jantar, antes de sair, eu a minha mãe estávamos sentados no sofá a conversar sobre coisas da vida. Eu sei que sou um rapaz novo, mas, a propósito de uma reportagem que estávamos a ver na televisão, quis também falar sobre a morte. Então, disse à minha mãe: “Mãe, nunca me deixes viver num estado vegetativo, dependendo de máquinas, vivendo uma vida artificial. Se me vires nesse estado, e por muito que te custe, pede para desligar ou desliga tu as máquinas que me mantêm vivo”.
O outro decide interromper para fazer a pergunta óbvia:
– E a tua mãe?
A resposta não deixou de surpreender:
– Levantou-se, decidida, e foi desligar a televisão, o DVD, o computador, o cabo da Internet, o MP4 e o telefone fixo. A seguir, tirou-me e desligou o iPhone5, o tablet e a PlayStation.
É difícil não recordar esta história ao ler, hoje, um título que se encontra na primeira página do Jornal de Notícias, dizendo que “17% das nossas crianças não comem nem dormem para estarem na Internet”.

[A ilustração, com a inscrição “A boa notícia é: eles são hiper-conectados. A má notícia é: isso é tudo o que eles são”, é de Hugh MacLeod e foi encontrada aqui]

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