Às compras no Mercado Gourmet

Passei este fim-de-semana pelo Mercado Gourmet do Campo Pequeno e trouxe várias coisas boas para casa. Assim, aproveitando o espírito do “lado bom de Portugal”, a edição, que saiu hoje, do 27º aniversário do PÚBLICO, com o Miguel Esteves Cardoso como director por um dia, partilho aqui algumas das compras que fiz entre óptimas surpresas e confirmações.

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É uma vergonha, mas, apesar de conhecer a Ana Paula, não conhecia os produtos que ela faz com a mãe, Maria da Conceição (distracção minha e falta de comparência nos mercados onde elas estão todos os fins-de-semana), uma senhora extraordinária que já passou os 85 anos e que desfia à mão toda a carne para os escabeches, que são cozinhados em pequenos tachos pela Ana Paula em casa. Tudo artesanal e feito com grande cuidado e atenção.

Comprei o Coelho Vilão e fiquei fã. Mãe e filha começaram com os doces, mas entretanto lançaram-se a fazer escabeches e com enorme, e merecido, sucesso. Trouxe para casa e, com o pão da padaria Gleba (que também estava no mercado, com os pães a esgotarem a grande velocidade), o Coelho Vilão foi o jantar e não sobrou nem um pedaço.

Mãe e filha vendem também codorniz de escabeche; perdiz de escabeche; cogumelos de conserva; curd de limão e outros produtos, que podem ser encomendados em docesdapaulinha960@gmail.com ou pelo telefone 919733456. Outra hipótese é acompanhar a página do Facebook Doces da Paulinha e ver em que mercado estão em cada fim-de-semana (geralmente é ali pelo Príncipe Real).

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Outro projecto muito interessante, e bem mais recente, é o de José Moura Lupi, que decidiu produzir açafrão no Alentejo. A foto em cima mostra as latinhas de açafrão, que custam 20 euros cada, porque, explicou José, são precisas 170 plantas para reunir um grama de açafrão. Não é um trabalho fácil, mas José quis apostar em algo que fosse diferente e, garante, basta usar uma quantidade muito pequena, desfeita em água quente, para se obter cor e sabor num cozinhado. Ali, ao lado das latinhas, está uma planta de açafrão, para termos uma ideia do aspecto que tem. O projecto chama-se Açafrão da Várzea e está localizado em Portalegre.

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Não cheguei a comprar o açafrão, mas comprei dois patês na mesma banca onde estava o José Lupi. São da Patê+ e chamaram-me a atenção pelos sabores diferentes do habitual. Os que comprei são de alcachofra – a sugestão é que juntemos uma colher a uma massa, como se fosse pesto, com azeite. O outro sabor é ainda mais supreendente: amêijoas com coentros.

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Já conhecia a uvada D’Arada desde que uns amigos a trouxeram pela primeira vez da Mercearia das Flores, no Porto, com um queijo que parecia ter sido feito para ela. E, como estava no mercado, não resisti a trazer uma.

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E, para terminar, comprei o chá Milagrosa, dos Aromas d’Oureana, de Ourém. Num ano em que tanto se fala – e mais se falará, de Fátima – os Aromas decidiram fazer um chá milagroso: rosas, erva-príncipe e hibisco. Estavam a dá-lo a provar quando passei pela banca e o aroma foi… decisivo.

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