O pretexto foi a comemoração do Dia do Turismo (27 de Setembro) e a ideia era mostrar tudo o que Setúbal tem para oferecer. Para isso, passeio de barco, pescaria, a companhia de chefes simpáticos – um domingo perfeito, portanto. Tudo correu como previsto. Mas isso porque, sendo gente de experiência, seguimos a velha máxima que diz que “quem vai para o mar avia-se em terra”.
Primeira paragem: Mercado do Livramento, Setúbal.
Na foto (de Mário Cerdeira): Luís Barradas (de boné), Miguel Laffan (no meio) e Rodrigo Castelo no mercado de Setúbal, a decidir as compras (ou a ver fotografias?)
Aquele que nos últimos meses se tornou o mercado mais mediático do país, graças à telenovela Mar Salgado (e que eu já conheço bem porque sou cliente), estava já em plena actividade quando chegámos – por nós, entenda-se um grupo de jornalistas e os chefes Miguel Laffan (L’And Vineyards), Luís Barradas (Sea Me) e Rodrigo Castelo (Taberna Ó Balcão).
Foto de Mário Cerdeira
Quanto a peixe, Luís Barradas, que é setubalense, trazia um papel para não esquecermos de nada: raia, claro (antigamente usava-se tremelga, mas hoje é difícil de encontrar), cação, safio, pata-roxa (na foto em baixo) e charroco. Luís diz que gosta de no final pôr um salmonete, mas como a tradicional caldeirada à setubalense não leva este peixe, optamos por seguir a tradição.
Foto de Mário Cerdeira
Tudo certo, peixe comprado, batatas, pimentos e cebolas. Com os sacos cheios, é tempo de embarcar no barco da Sea Life Lovers, que oferece em Setúbal (e desde há pouco tempo também em Lisboa) diversos tipos de excursões, desde grandes pescarias a sério, até passeios para mergulhar e ver as magníficas paisagens do Sado.
Foto de Mário Cerdeira
Mas antes do peixe, era preciso abrir o apetite. E Luís Barradas tinha trazido ostras da Neptuno Pearl. A diferença de tamanho que se vê na foto não tem a ver com perspectiva. Era mesmo assim. A ostra grande tem três anos. Ou melhor, tinha, porque foi transformada em sashimi e comida ali mesmo. Um exercício que permitiu perceber, em grande, que há diferentes sabores nas várias partes da anatomia de uma ostra. Trabalhou-se, portanto. Até porque também havia que provar os vários queijos comprados no mercado de Setúbal.
Foto de Mário Cerdeira
Houve quem trabalhasse mais do que outros (não é verdade, Miguel Pires?). É que apesar do relato inspirado que o Mesa Marcada fez deste passeio, a verdade nua e crua é que houve apenas dois peixes apanhados nesta pescaria (não fomos para o mar alto, que era a ideia inicial, porque não houve tempo para isso). O primeiro peixe, um ruivo, foi apanhado por Rodrigo Castelo (na foto em cima).
Foto de Mário Cerdeira
O segundo, uma choupa, foi apanhado por mim (na foto com Miguel Laffan). Não era grande, é verdade, Miguel Pires, mas era um peixe. Ou seja, mais do que algumas pessoas pescaram, certo?
Foto de Mário Cerdeira
O meu, por manifesta falta de tamanho, voltou para o mar. Valeu-nos o peixe comprado no mercado. Os três chefes meteram mãos à obra, a caldeirada à setubalense foi para o lume e…
Foto de Mário Cerdeira
… estava óptima. E o Sado ainda nos deu uma prenda extra, não prevista no programa: golfinhos a mergulhar mesmo à nossa frente e a passar por baixo do nosso barco.
tenho mesmo que deixar um comentario ,como SETUBALENSE que sou muito embora a muitas milhas d minha querida terra ,sinto muitas saudades das nossas caldeiradas ,com o bem peixe ,desejo a todos vos bem apetite ,a caldeirada tem um bom apeto um abraco grande daqui d australia
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