PRODUTORA Terratreme Filmes [Lisboa] é uma estrutura de produção de cinema que reúne realizadores e produtores em busca de novos modelos de produção que lhe permitam um maior grau de liberdade e autonomia nos processos criativos. Esta plataforma pretende articular a pesquisa, a pedagogia e a criação cinematográfica dentro de uma lógica de produção baseada na autonomia dos realizadores. Do seu currículo realça-se a presença em diversos festivais de cinema, nacionais e internacionais, em que obteve inúmeros prémios e distinções. Em 10 anos de experiência, a TERRATREME consolidou a sua capacidade de produção e distribuição de filmes, em parceria com entidades financiadoras. Actualmente procura afirmar-se na cena internacional, através de diferentes co-produções em curso e da presença em diversos festivais internacionais.
REALIZADORES
Susana Nobre
As missões botânicas em África – As viagens philosophicas
Em 1998 terminou a licenciatura em Ciências da Comunicação na Universidade de Lisboa. Colaborou na formação do Laboratório de Criação Cinematográfica da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas onde participou em diversas produções de vídeo de arte encomendados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Desenvolveu com a produtora Raiva um Ateliê sénior de Cinema com o apoio financeiro do ICAM em 2004. Frequentou, no Verão de 2005, o curso de Realização de Cinema no âmbito do Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian em colaboração com a London Film School.
João Nicolau
As missões botânicas em África – Moçambique
Nasceu em 1975, em Lisboa, cidade onde vive. Trabalha como realizador, montador, actor e músico. A sua primeira longa-metragem, A Espada e a Rosa, estreada na competição da secção Orizzonti do Festival de Veneza 2010, chegou depois de duas curtas que atingiram um sucesso notável: Rapace (2006) e Canção de Amor e Saúde (2009). Rapace, a sua primeira curta, estreou no Festival de Cinema de Cannes, integrou a selecção oficial de mais de 60 festivais internacionais e foi recompensada nos festivais de Milão, Belfort, Réus e Vila do Conde, ente outros. Canção de Amor e Saúde estrou na Quinzena dos Realizadores de Cannes, foi premiado 9 vezes em festivais como Belfort, Brive, Recife e Rio de Janeiro e integrou a programação de mais de duas dezenas de festivais pelo mundo fora.
André Godinho
As missões botânicas em África – Angola
Estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) e fez o Curso de Realização de Documentários Ateliers Varan, na Fundação Calouste Gulbenkian, onde realizou vários filmes: Antes da Estreia (Ateliers Varan), Riders, O Desterrado (Fórum Gulbenkian Imigração) e Namban Japan (Distância e Proximidade). Realizou os filmes Fonte Santa (Expo Zaragoza 2008) e MHM (documentário sobre Manuel Hermínio Monteiro). Trabalha regularmente em vídeo para teatro (com as companhias Teatro Praga e Cão Solteiro), e também ópera.
Com a Terratreme realizou em 2009 o documentário Faz Tudo Parte (making of do concerto Três Cantos: José Mário Branco, Sérgio Godinho & Fausto).
Luísa Homem & Tiago Hespanha
As missões botânicas em África – São Tomé e Príncipe
Luísa Homem licenciou-se em Ciências da Comunicação, na Universidade de Lisboa, e especializou-se na variante de Cinema. Durante esse período colaborou com o Laboratório de Criação Cinematográfica. Em 2004 frequentou o Curso de Realização de Documentários promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian em colaboração com os Ateliers Varan, no âmbito do qual realizou o documentário Cartas de Cabo Ruivo.
Em 2006 realiza Percursos Visuais, making of do Curso de Fotografia da FCG.
Em 2007-2008 colabora no filme Bab Sebta de Frederico Lobo e Pedro Pinho.
Em 2008 cria a produtora Terratreme, em colaboração com Pedro Pinho, Tiago Hespanha, Leonor Noivo, João Matos e Susana Nobre. Em 2009 recebeu a bolsa do INOV-ART e coordenou com Pedro Pinho o Laboratório de Cinema Documental Nomadlab realizado em Maputo, em colaboração com o Festival Dockanema. Trabalhou com a realizadora Maria João Guardão na série da RTP2, Eu sou África.
Tiago Hespanha licenciou-se em Arquitectura em 2004. Em 2006 foi aluno do Curso de Realização de Documentários dos Ateliers Varan, na Fundação Calouste Gulbenkian. Desde então tem trabalhado em cinema como realizador e colaborado com outros criadores em diferentes áreas.
Realizou os filmes: Quinta da Curraleira (2006), Andar Modelo (2007), Despolido II (2007), O Presente que veio de Longe (2008) e Visita Guiada (2009).
Pertence ao associação de realizadores Golpe Colectivo e à produtora Terratreme.
DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA
Pedro Pinho
Fez o curso de imagem e realização da Escola Superior de Teatro e Cinema. Entre 2001 e 2002 foi estudar cinema na escola Louis Lumière, em Paris, onde realiza a curta-metragem de ficção Perto. Em 2005 participa no primeiro curso de cinema do Programa Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian, onde realiza a curta-metragem No Início. Em 2006 funda a produtora Patê Filmes em conjunto com Luísa Homem e Maria Mire. Desde então tem trabalhado em imagem e realizou com Frederico Lobo o documentário Bab Sebta sobre migrações com destino à Europa, e que teve estreia internacional em Junho 2008 no FID Marseille, onde ganha o prémio Esperance Marseille. Em Outubro desse ano Bab Sebta vence também o prémio Melhor Documentário Português do DocLisboa 2008 e no ano a seguir continua a circular por festivais onde ganha o prémio de Melhor Filme no Fórum Doc BH, Brasil. Actualmente trabalha na preparação de um novo documentário, As Cidades e As Trocas, co-realizado com Luísa Homem. Em 2008 cria a produtora Terratreme em colaboração com Luísa Homem, Tiago Hespanha, Leonor Noivo, João Matos e Susana Nobre.
DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO
Marta Lança
Nasceu em Lisboa, em 1976. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante Estudos Portugueses e Pós-graduada em Literatura Comparada e Edição de Texto na FCSH – Universidade Nova de Lisboa. É jornalista, tradutora, editora e produtora free-lancer. Criou a revista temática e experimental V-ludo (2000). Escreveu em várias publicações, nomeadamente a revista LER, jornal Público, DNA e Le Monde diplomatique.
Desde 2004 dedica-se a questões culturais entre Africa, Europa e Brasil. Viveu em Cabo Verde (onde criou a revista cultural Dá Fala, 2004-5); em Angola (Universidade Agostinho Neto, Trienal de Luanda, Festival de Cinema de Luanda, colaboradora do Novo Jornal e da revista Austral); em Moçambique (Dockanema, 2009 programa Inov-art) e Rio de Janeiro. Fez pesquisa e produção nas séries documentais Eu Sou África (RTP 2), Triângulo (co-produção Portugal, Brasil e Angola). Foi co-editora da revista Jogos Sem Fronteiras, com Ana Bigotte Vieira e José Nuno Matos. Comissariou o Roça Língua, a primeira residência de escrita de autores de língua portuguesa, em S. Tomé e Príncipe (2011). Faz programação do Zona Franca. Em 2010 criou o portal BUALA (http://www.buala.org/), cultura contemporânea africana, do qual é editora.