
Olá, Farol! é assim uma forma de homenagear a vida destes homens e de algumas mulheres (não tantas) vigilantes. Um livro que tanto pode ser desfrutado por crianças como por adultos.
“Chega o novo faroleiro para substituir o antigo e continuar a cuidar da luz. Ele limpa as lentes e acrescenta petróleo e apara a ponta queimada do pavio. Durante a noite, dá corda ao mecanismo que mantém o candeeiro em movimento. Durante o dia, pinta as divisões redondas com tinta verde-mar. Ele escreve no diário do farol, cose à mão e escuta o vento que se levanta lá fora.”
A repetição, a monotonia, a solidão, mas também a alegria, a solidariedade e o consolo moram nestas torres redondas que iluminam o mar e salvam vidas.
“O céu escurece e as ondas agigantam-se e rebentam. Olá!… Olá!… Olá!”
O protagonista deste livro teve, a partir de certa altura, a companhia da mulher, mas antes disso escreveu-lhe muitas cartas que atirou ao mar, na angústia da espera por uma resposta. A mulher foi içada por um guindaste do convés do navio para o farol, como era a prática de então quando o mar estava muito picado. Tanto para visitantes como para mantimentos.
Na edição impressa saiu assim, com paginação de Sandra Silva. A secção Fim-de-Semana em Família resulta das escolhas de Cláudia Alpendre Marques e Sílvia Pereira.