“Quebrar a cabeça” no Dia Mundial do Livro

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(Hoje, 23 de Abril, é Dia Mundial do Livro.)

Como o nome anuncia, este livro é um quebra-cabeças. Também será o que nós quisermos, basta aceitarmos o desafio do autor e desatarmos a pintar pequenas caixas de cartão ou de papel (caixas de fósforos, de pastas dentífricas, de lâmpadas, de medicamentos, de tisanas, etc, etc).

Depois de as juntarmos por tamanhos semelhantes e de lhes darmos cor, há que agrupá-las de forma a criar uma figura. “Assim que estiverem agrupadas, faz um desenho em cima delas com um pincel”, orienta o autor. “Roda as caixas e faz outros desenhos nos outros lados que ainda estiverem por preencher. E agora já podes brincar com o teu quebra-cabeças”, explica-nos Diego Bianki mais para o final do livro, depois de já nos ter conquistado com a sua arte.

O lema vem definido logo no início: recuperar, reciclar, reutilizar. Seguem-se as primeiras frases, também elas escritas em caixas pintadas. “Tu olhas para mim”, lê-se no rodapé de uma página encimada por várias caixas que compõem um homenzinho de chapéu e gravata. “Eu olho para ti”, vê-se na página seguinte, onde 16 caixas reproduzem a imagem de uma mosca de olhos muito grandes, que multiplicam a figura do homenzinho da página anterior.

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Este boneco de chapéu e gravata há-de aparecer em várias páginas mais adiante, levando-nos a ver as diferenças entre vários seres e a reflectir sobre as múltiplas identidades que o mundo nos oferece.

Na contracapa, descreve-se esta verdade: “De facto, embora sejamos tantos e pareçamos tão distintos, há algo em que somos iguais: ‘Somos todos diferentes’.” E mais esta: “Ainda que não haja um número onde caibamos todos, há porém uma palavra onde nos podemos encontrar: ‘Nós’.”

Quebra-Cabeças teve direito a uma Menção Especial na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha em 2016 na categoria de Disability. Mas o autor, argentino, já recebeu vários prémios pelos seus trabalhos, sempre muito originais e quase sempre interactivos, como o Prémio Novos Horizontes da Feira Internacional do Livro de Bolonha (2013), o Prémio Konex de Ilustração 2012.

Este professor de Desenho e também designer, na Universidade Nacional de La Plata, foi ainda seleccionado para a lista da White Ravens. Profissionalmente, é, além de ilustrador e autor de livros para crianças e jovens, director de arte da chancela Pequeño Editor.  Com tantas actividades, não admira que goste de “quebra-cabeças”.

Quebra-Cabeças
Texto e ilustração: Diego Bianki
Tradução: Ana M. Noronha
Edição: Kalandraka
56 págs., 15€

(Texto divulgado na página Crianças do Público de 22 de Abril.)

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A página completa ficou assim bonita… Com várias sugestões de actividades culturais em família. Mais informação no Guia do Lazer

Para conhecer melhor o autor e ilustrador de Quebra-Cabeças, siga por este caminho.

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