Um livro de receitas, em que se aprende a fazer salada, caldo de feijão, pão de frigideira (“um pão-quase-pizza”), limonada, molho de iogurte, guacamole, vinagrete, sopa de tomate com ovos, bolo de maçã e, claro, batata chaca chaca. Do abastecimento da despensa ao momento em que chegam os convidados para a refeição, o leitor vai sendo desafiado a identificar ingredientes e utensílios de cozinha.
Para adivinhar as primeiras quatro iguarias são dadas estas pistas: “1. É feito de leite e pode ser fatiado, cortado aos cubos… 2. É um vegetal e faz chorar. 3. Os coelhos adoram-na… crunch crunch. 4. É verde e há quem o confunda com a curgete.” Seguem-se depois orientações para o procedimento na confecção dos vários pratos que se pretende oferecer aos amigos que hão-de chegar, “lá para o final do livro (mas não vale espreitar)”.
Batata Chaca Chaca é o novo título da Colecção de Cantos Redondos, que a editora define assim: “Livros em papel interactivos e digitais? Nem mais.” E é o que Yara Kono faz com este manual de culinária, em que põe os miúdos a mexer no livro como se estivessem mesmo a cozinhar. “Levanta ligeiramente esta página e abana-a com cuidado, para passares tudo para a tigela da página ao lado” ou “… dá duas pancadinhas no topo do livro, para a limonada passar melhor no coador”.
Todas as descrições e informações são acompanhadas por imagens muito coloridas, com uma grande profusão de elementos, como a capa do livro deixa antever. Como se diz na contracapa este é um livro “transformado em bancada de cozinha”. Toca a lavar as mãos e a pôr um avental.
Batata Chaca Chaca
Texto e ilustração: Yara Kono
Edição: Planeta Tangerina
40 págs., 13,50€
(Texto divulgado na edição do Público de 10 de Dezembro, na página Crianças.)
Em papel, foi assim.