Quando o talentoso violinista Baltasar conheceu a liberdade, partiu rumo a casa, embora de início não o soubesse. Falamos de um urso que foi libertado do circo onde, por ser considerado o melhor intérprete do mundo naquele instrumento, era tratado como Baltasar, o Grande! “Disse adeus aos velhos amigos, visitou novos lugares. E fez novos amigos também.” Tudo isto nos vai sendo dito, página a página, ao mesmo tempo que nos são mostradas paisagens ora exuberantes ora inóspitas, de dia ou de noite.
O músico lá vai seguindo o seu caminho. “Certos dias, Baltasar tinha sorte e tudo corria bem. Noutros dias, sentia-se muito sozinho e perdido.” É o que sempre acontece quando alguém se faz à estrada. Quando a viagem lhe parecia interminável, esteve prestes a desistir, mas encontrou quem o fizesse mudar de ideias. Um livro sobre partidas, buscas, regressos e reencontros, mas também sobre o uso que cada um pode fazer da liberdade, se tiver a sorte de a ter conquistado. Há ainda um alerta subliminar para o respeito de se deixar os animais viverem livremente nos seus habitats.
Kirsten Sims é designer, ilustradora e vive na Cidade do Cabo (África do Sul), o que ajuda a explicar o tipo de paisagens que reproduz em Baltasar, o Grande. Neste livro, a sua estreia em ilustração para a infância, usa aguarela, guache e tinta-da-china. Resultou.
Baltasar, o Grande
Texto e ilustração: Kirsten Sims
Tradução: Carla Oliveira
Edição: Orfeu Negro
40 págs., 13,50€
(Texto divulgado na edição do Público de 23 de Abril, na página Crianças.)
Para conhecerem outros trabalhos da autora, venham até à Cidade do Cabo.
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