Óscar mudou-se para a cidade. “‘Tenho saudades dos campos verdes’, suspirava. ‘Sinto a falta de estar ao ar livre, mas, acima de tudo, tenho saudades dos meus amigos’. ” Mas a tristeza do menino em breve vai atenuar-se, depois de um passeio pelas ruas. De repente, o rapaz viu aquele que viria a ser o seu primeiro amigo na cidade. “Tão chamativo com uma papoila no meio de uma seara.”
Era o Faísca, “um cãozinho pequeno, encharcado e de pêlo branco, com uma coleira vermelha ao pescoço. Ele estava completamente sozinho, tal como o Óscar”. É fácil adivinhar o que se passou em seguida: levou-o para casa, cuidou dele, brincaram e passaram a andar sempre juntos. Mas, ao anoitecer, o cachorro ficava triste: “Algures, lá fora, na neblina da noite iluminada, estava o seu verdadeiro lar.” Óscar decidiu então procurar o anterior dono do Faísca. Fez uns cartazes com a foto do novo amigo, mas “desejou secretamente que ninguém os visse”. E nada aconteceu.
No entanto, durante um passeio, o Faísca desatou a correr e foi dar a um pequeno parque. “Uma menina estava sentada no baloiço, triste e sozinha. O Óscar reparou no seu casaco e botas vermelhos — e então ele soube.”
Um livro terno, com ilustrações a lembrar desenhos animados e um bom final. Deixamos uma pista: Óscar continua feliz e já não tem só um amigo.
Óscar e Faísca
Texto: Claire Freeman
Tradução: Sónia Santos
Ilustração: Kate Hindley
Edição: Jacarandá
32 págs., 9,50€
(Texto divulgado na edição do Público de 16 de Abril, na página Crianças.)
Página completa, com várias sugestões para as famílias. Atenção que a Ilustrarte termina já amanhã (17 de Abril). Mais alternativas no Guia do Lazer.