“Todas as noites, quando o Sol se deita no horizonte, os derradeiros raios de luz iluminam o céu num maravilhoso espectáculo de cores. À medida que a noite se aproxima, essas cores dão lugar a um céu escuro e profundo, coberto por uma tapeçaria de estrelinhas brilhantes. Essas estrelas e a escuridão entre elas são a maior coisa que existe: o Universo!”
Bela maneira de começar um livro sobre o espaço, as galáxias, a Terra, o Sol, a Lua, mas também sobre a vida que conhecemos e as vidas que desconhecemos.“Estamos sozinhos no Universo ou haverá outras crianças, algures num planeta longínquo, a olhar para o céu e a pensar o mesmo?”
Um livro que é uma viagem guiada por um sábio Astrogato, que dá muitas respostas mas também faz as perguntas certas. Só um autor que continue deslumbrado com o Universo (naquilo que dele se conhece e desconhece) poderia fazer um livro assim. O autor é cientista, doutorado em Física Quântica, e isso explica a clareza com que fala de coisas complexas. Invoca o passado quando é preciso e projecta um futuro que sabe incerto.
Tudo isto acompanhado por imagens dinâmicas e divertidas sem deixarem de ser rigorosas. A escolha das cores e do papel fazem com que o livro, à primeira vista, pareça antigo. E até esse equívoco seduz o leitor. Pelo menos o mais velho. Aquele que certamente, em tempos, quis ser astronauta.
O Professor Astrogato nas Fronteiras do Espaço
Texto: Dominic Walliman
Tradução: Nuno Quintas
Ilustração: Ben Newman
Edição: Orfeu Negro
68 págs., 21€
(Texto divulgado na edição do Público de 30 de Janeiro, página Crianças.)
Lá dentro, as páginas são assim:
Para mais pormenores, visitem a Orfeu Negro.