Na floresta Jingle Bell, há um rato traumatizado com o Natal. Por isso, desde bebé que, para ele, Natal é sinónimo de perigo. Assim, para proteger os amigos e também para sua própria protecção, decidiu cancelar o Natal. Ao urso, que enfeitava a árvore, disse: “Pára imediatamente! Primeiro, essas agulhas do pinheiro são afiadas demais. Segundo, as luzes são brilhantes demais. Terceiro, espero que não estejas a pensar colocar essa estrela pontiaguda no cimo dessa árvore enorme!” O urso, triste e perplexo, respondeu: “Mas é Natal!” O rato insistiu: “Não, não, não! É perigoso, perigoso, perigoso!”
Depois, foi impedir os coelhos de cantar uma canção que falava em fogueiras, disse à Senhora Esquilo, que cozinhava biscoitos, que o rolo da massa era perigoso e que as mãos dela deviam estar cheias de micróbios. Nem brincar na neve permitia. Então declarou: “Se não conseguem celebrar o Natal com cautela e juízo, deixamos de o celebrar. O Natal está cancelado!”
Uma história bem-disposta e diferente sobre esta importante festa que se espera reúna amigos e família. É claro que o rato mudou de ideias e o Natal foi celebrado na floresta com alegria. Já a segurança não foi total porque ninguém ligou aos avisos que um pequeno pássaro discreto por entre as páginas foi dando a cada momento. Isso fica para os mais atentos descobrirem. Feliz Natal.
O Rato Que Cancelou o Natal
Texto: Madeleine Cook
Tradução: Francisco Ferreira da Fonseca
Ilustração: Samara Hardy
Edição: Livros Horizonte
32 págs., 13,65€
(Texto divulgado na edição do Público de 19 de Dezembro, página Crianças.)