Procura-se cabeça

CapaLivroCabeça

Não” é uma das palavras que cedo se aprendem a dizer, talvez porque também cedo é escutada com frequência. Céu usa-a bastante e com força. De tal maneira que um dia, ao não querer largar o baloiço, negou-se tantas vezes que lhe saltou a cabeça.

E agora? O que vou fazer sem a minha cabeça?” Começa então a busca, com a ajuda de uma gaivota, pela montanha acima. Por lá, há-de encontrar outras cabeças perdidas: uma cabeça-flor, uma cabeça-pedra, uma cabeça-nuvem e uma cabeça-boneco-de-neve. Nenhuma lhe agradou, pois que nenhuma era a dela. Será dentro da montanha que descobrirá a palavra mágica que a fará recuperar a sua própria cabeça. Uma palavra simples de pronunciar, mas nem sempre fácil de escolher.

A menina do baloiço passou a conseguir travar a vontade de dizer “não” e suspeita-se de que não voltará a ficar sem cabeça. Eu Quero a Minha Cabeça! é um livro que, sem moralismos, apela ao sentido de aceitação, mas não de obediência cega. A descoberta interior das alternativas ao comportamento está bem ilustrada (nas imagens e texto) pela entrada na montanha.

Uma delícia a copa da árvore a fazer lembrar um cérebro. O lançamento do livro acontece[u] hoje [dia 28 de Novembro], às 16h, na Fnac do Chiado (Lisboa), estando as ilustrações aí expostas até dia 6 de Fevereiro. Um convite a que se diga mais vezes “sim”.

Eu Quero a Minha Cabeça!
Texto e ilustração: António Jorge Gonçalves
Edição: Pato Lógico
40 págs., 13,90€

(Texto divulgado na edição do Público de 28 de Novembro, página Crianças.)

Não apetece mesmo ler?

Imagem espectáculo

Esta história já esteve em palco. Conheça outros trabalhos de António Jorge Gonçalves aqui. (E faça por manter a cabeça no lugar.)

Deixar um comentário

O seu email nunca será publicado ou partilhado.Os campos obrigatórios estão assinalados *

Podes usar estas tags e atributos de HTML:
<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>