Interactividade sem ecrãs

CapaLivroPág.Crianças11Jul

Para ver através das páginas e à contraluz. Mas os desafios deste livro começam assim que se pega nele e antes mesmo de o abrirmos. Como folheá-lho? Da direita para a esquerda? De cima para baixo? Experimente você mesmo e descubra.

Terá mais para descobrir, só terá de deixar que a luz atravesse as páginas. E se parece uma brincadeira de crianças, é um encanto para quem gosta de ver a magia acontecer, mesmo que já esteja neste mundo há mais tempo.

São 12 imagens de animais, com pequenos textos no topo. Mesmo estes estão incompletos e precisam que se “faça luz” para que os descodifiquemos, numa espécie de adivinha-legenda. Há uma coruja, uma borboleta, um cão, um gato, uma rã, etc. Talvez o menos evidente seja o animal escolhido para pôr na capa. À primeira vista, pensámos num bicho menos feroz, o que ainda deu mais sentido ao título, E tu, Vês o Que eu Vejo?

A Bruuá foi recuperar a primeira edição desta obra de Ed Emberley, de 1979, mas a verdade é que, pelo design, grafismo e intenção, podia muito bem ter sido criada por estes dias. Duas lições: olhar e ver não são a mesma coisa e a interactividade não é exclusiva dos ecrãs.

No final, o autor explica como o efeito conseguido resultou do uso de apenas duas formas (um triângulo e um quarto de círculo) sobre uma grelha. E a magia torna-se ainda maior. Agora, vejam lá o que vêem…

E tu, Vês o Que eu Vejo?
Texto e ilustração Ed Emberley
Tradução e edição Bruaá Editora
28 págs., 13€

(Texto divulgado na edição de 11 de Julho do Público, página Crianças.)

Para ficarem a conhecer melhor o autor Ed Emberley, vejam .

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