Uma lesma chamada Herberto tem uma vida feliz e cheia… de alface. Comer e dormir – assim é o quotidiano da lesma e dos seus amigos. Mas um dia a alface acaba, é preciso partir em busca de alimento e Herberto faz-se ao caminho. Sozinho.
Nesse percurso, conhece uma aranha e, vendo-a tecer, diz-lhe: “Oh, que bela teia! Quem me dera poder tecer um padrão assim tão bonito com essa habilidade.” A resposta não foi muito simpática, pois a aranha receou que Herberto estragasse a sua “obra-prima”.
Seguiu-se um encontro com formigas e novo deslumbramento: “Que grandes arquitectas que vocês são! Eu nunca conseguiria criar estes túneis tão complicados e tão bem construídos.” Resposta: “Fora daqui, sua lesma!”
Não será a última vez que é enxotada, mas há-de aparecer uma mariposa que o levará a descobrir a obra que fez com o seu rasto no jardim. “O Herberto estava radiante com a sua criação.”
Lara Hawthorne também pode ficar radiante com a sua, que é a primeira. O livro é bonito e delicado. Talvez seja esse o truque para quem se julga sem criatividade: olhar para trás numa noite escura e reconstituir o percurso feito até então. Decerto terá criado algo bonito e iluminado alguém.
Herberto
Texto e ilustração: Lara Hawthorne
Tradução: Miguel Gouveia
Edição: Bruaá Editora
24 págs.; 12,50€
Texto e ilustração: Lara Hawthorne
Tradução: Miguel Gouveia
Edição: Bruaá Editora
24 págs.; 12,50€
(Texto divulgado na edição de 12 de Julho do Público, página Crianças.)
Lá dentro, é assim…
… e assim.
Para conhecer melhor a autora, siga o rasto.
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