A vontade genuína de ajudar

CapaLivroPág.Crianças 31Maio

Uma miúda de oito anos quer tanto ajudar as pessoas que ao resolver uns problemas cria outros. Tudo com a energia e boa vontade próprias da infância. Começa por aprisionar o vento num barracão, para que o penteado da avó sobreviva quando quiser sair à rua. Quem vai padecer com isso é o moleiro, que ficou “zangado com a vida”. Sem vento, os moinhos no alto do monte pararam.

A menina pede então a um monstro que sopre as velas dos moinhos. Solução que dura pouco. O monstro fica com saudades “de pregar um valente susto a uma criança”. E logo à menina ocorre de novo o pensamento que sempre a impele à decisão seguinte: “Acho que posso ajudar.” Há-de pintar o céu, trocar bicicletas por vassouras de bruxa, pôr gatos a perseguir ratos e inventar muitas outras formas de melhorar… a vida de todos.

Entre a bondade e a malandrice, esta história de David Machado comove e diverte o leitor, que, mesmo já estando afastado da infância, é facilmente reenviado para lá. Se for criança ainda, certamente se identificará com a imaginação e desempenho da protagonista.

Mafalda Milhões escolheu um registo de humor que expressa bem nas imagens o desassossego que a personagem traz ao mundo. Prepare-se para ficar despenteado. Há vento à solta nas páginas.

Acho Que Posso Ajudar
Texto David Machado
Ilustração Mafalda Milhões
Edição Alfaguara
38 págs. + livro para escrever e colorir, 11,90€

(Texto divulgado na edição do Público de 31 de Maio, página Crianças.)

Colorir

No final, há um pequeno caderno com páginas assim como esta, para colorir e escrever.

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