Imagine-se uma feira onde se pudesse comprar todo o tipo de vaidades. Ali se poderia tornar os olhos mais brilhantes, o cabelo mais dourado, a pele mais macia, a barriga mais lisa. Também era possível aumentar a inteligência, ganhar esperteza e talentos. Isto para não falar noutras riquezas que vivem de par com a vaidade: ouro, crachás, tronos. Pois esta feira existiu mesmo e foi esvaziada por um rei.
Conhecido como “Todo Inchado”, mais inchado ficou o monarca depois de adquirir todas as vaidades da feira. Transformou-se numa espécie de balão, viveu uns tempos nos ares e acabou como se esperava. “O soberano estava tão vaidoso com a atenção, tão inchado com as exclamações do povo, que o pior aconteceu: o rei rebentou!”
Mas a história não termina assim. Quem quiser saber o final terá de ler O Rei Inchado até ao fim. E certamente vai gostar desta história divertida e inteligente, que caricatura o poder, quem cegamente o serve e todos os emproados deste mundo.
O aplauso vai para o texto e para a ilustração. O Rei Inchado será apresentado hoje [dia 3 de Maio] em Lisboa, na Livraria Cabeçudos (Lumiar), às 16h, onde se poderá falar com as autoras: a jornalista Maria João Lopes e a designer e ilustradora Catarina Correia Marques. Há a promessa de um lanche e de uma feira de vaidades…
O Rei Inchado
Texto: Maria João Lopes
Ilustração: Catarina Correia Marques
Edição: Máquina de Voar
40 págs., 10,60€
(Texto divulgado na edição de 3 de Maio do Público, página Crianças.)
Eis a prova de que o rei inchou mesmo.
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