Não é uma novidade, mas, como a liberdade, continua a valer.
Esta obra de Margarida Fonseca Santos (texto) e Inês do Carmo (ilustração) foi lançada em 2009, no 1.º de Maio.
Na altura, escrevemos o que se segue.
Simbolicamente lançado no Quartel do Carmo, este livro centra-se em objectos também carregados de simbolismo a propósito do dia 25 de Abril de 1974. A autora começa por personificar um semáforo, que conta o seu sentimento naquele dia perante a coluna militar: “Nos olhos daquele capitão, senti que podia confiar. Senti que aqueles olhos não podiam trazer mais nada do que igualdade, justiça, respeito (…) O verde, o meu verde, ajudou-os então a avançar.” No conto seguinte, Margarida Fonseca Santos põe uma espingarda a falar: “Foi de repente que, bem no centro do meu cano, um cravo se veio alojar! Era a imagem que comoveu o mundo a usar-me como estandarte.” Sete contos bem contados e bem ilustrados invocam o lápis azul, o Rádio Clube Português, os documentos incriminatórios, os megafones e as RGA. No final, é a voz do portão de Caxias que se escuta: “E abro-me, comovido, com um ranger de alegria que talvez ninguém note.” Para ler em qualquer idade. Livremente.
7×25 Histórias da Liberdade; autor: Margarida Fonseca Santos; ilustrador: Inês do Carmo; editor: Gailivro; 40 págs., 8,90 euros
(Foi aqui.)
Olá, Rita Pimenta! Por sinal, usei este livro há dias, nas minhas atividades de mediação de leitura, e os meninos gostaram muito!
E… também por sinal… não tinha lido esta recomendação…
Até breve!