Monte Selvagem já reabriu

Ná página Crianças do Público de hoje, o destaque de Helena Melo vai para Montemor-o-Novo. (Agasalhem as crianças e visitem o Monte Selvagem.)
Depois de três meses encerrado para manutenção e defesa de algumas espécies, o Monte Selvagem acaba de reabrir para nova temporada. Habitado por cerca de 400 animais de 75 espécies, o Monte Selvagem é uma reserva animal e um parque de lazer localizado num montado típico alentejano de sobreiros e azinheiras. Oferece aos visitantes a possibilidade de realizar percursos pedestres e passeios de tractor, brincar na quintinha de animais domésticos, no parque infantil, em escorregas tubulares ou nas casas construídas nas árvores e ainda saltar num trampolim gigante. Um macho de cobra pitão albina, resgatada no Verão passado em Alcabideche e com cerca de 2,50 metros, é a mais recente “estrela” do parque.

Montemor-o-Novo Monte Selvagem (Monte do Azinhal – Lavre). Tel.: 265894377; 3ª a dom. das 10h às 17h (de Abril a Outubro das 10h às 19h). Bilhetes a 10 e 12,50 euros (37 para 2 adultos e 2 crianças até aos 12)

As nossas sugestões de leitura vêm já.

O Que Vês Dessa Janela?
Texto Isabel Minhós Martins
Ilustração Madalena Matoso
Edição EDIA/Museu da Luz
28 págs., 12,50 euros

A janela de que fala o título deste livro faz parte do Museu da Luz, na Aldeia da Luz (a nova). O que dali se avista é “o lugar da aldeia antiga”. Mas, para se perceber onde ficava a povoação submersa por causa da barragem do Alqueva, conta-se com a ajuda de um pinheiro manso que se ergue na paisagem. Poupado ao “dilúvio”, é ele que narra a história da mudança. Uma boa ideia. Há o cuidado de integrar no texto várias gerações, diferentes sensibilidades e medos. O ambiente rural está bem retratado nas ilustrações e os mapas ajudam na percepção do que se alterou (fica a dúvida sobre se “pano de água” não seria “plano de água”). O objectivo de O Que Vês Dessa Janela? é, passados quase dez anos, contar/legitimar o que se passou. Uma encomenda da Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva ao Planeta Tangerina. O livro foi distribuído gratuitamente às crianças da aldeia. 

(É mesmo “pano de água”, confirmou-nos Isabel Minhós Martins. Portanto, está tudo certo. Ainda bem.) 

Onde Moram as Casas
Texto Carla Maia de Almeida
Ilustração Alexandre Esgaio
Edição Caminho
32 págs., 10 euros

Há janelas neste livro, mas olham mais para dentro que para fora. A autora começa por dizer: “As pessoas moram nas casas, mas o contrário também é verdade. As casas moram nas pessoas.” Tem razão. Depois, entra sem cerimónia, mas com delicadeza, nas “assoalhadas” de cada um de nós: coração-cozinha; sonho-sótão; cave-medo. Compara abraços a grandes salões de festa e aconselha a “bater à porta”, mesmo perante os que “são como quartos muito bem arrumados”. Um passeio poético em que Carla Maia de Almeida vai bem acompanhada. O ilustrador Alexandre Esgaio revela-se um belo “decorador” de interiores e de exteriores… Numa expressão colorida, mas não berrante, cria imagens inesperadas com pormenores bem-humorados. Pressente-se boa vizinhança.

(Para conhecer melhor o ilustrador, venha connosco. Vai gostar.)

Mais sugestões de actividades em família: lazer.publico.pt/Miúdos e indeks.pt/criancas.

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