… quando desaparecemos? Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso tentam responder. Será que conseguem?
Uma das conclusões deste livro é: “Para que alguma coisa desapareça, são precisos sempre dois. (Um que fica e outro que desaparece.)” E o que desaparece pode ser uma meia, que quase sempre vai “para o fundo da cama ou para debaixo do sofá”. Mas também pode ser o barulho: “Fica algum tempo a zumbir no ar e depois cala-se. Mas se vê lá ao fundo meninos a correr e a brincar, vai ter com eles. Há certos sítios onde o barulho não pode faltar.” E um dia um dos desaparecidos será alguém que amamos. Ou nós mesmos. Certamente, terá sido esse o pretexto (ou plano) para a escrita de Para Onde Vamos Quando Desaparecemos? Um título que pode ajudar a falar-se com as crianças sobre a ausência e a morte, sem certezas nem dramatismos. Madalena Matoso, através das ilustrações, cria um caminho que percorre (e liga) todas as páginas. Bifurca-se e desmultiplica-se em cores, mas nunca chega a desaparecer totalmente. Pena que o lettering da capa seja pouco legível.
Para onde Vamos Quando Desaparecemos?
Texto Isabel Minhós Martins
Ilustração Madalena Matoso
Edição Planeta Tangerina
48 páginas; 11,25 euros
Mora Fluviário de Mora (Parque Ecológico do Gameiro – Cabeção). Tel.: 266448130; todos os dias das 10h às 17h (dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro das 13h às 17h). Bilhetes a 5 e 7,30 euros