Letra pequena está de volta

 Embora de molho, fomos publicando alguns títulos. Agora que Letra pequena está de volta (mesmo que o tempo obrigue a estar de molho à mesma, mas na vertical…), vai dar conta do que foi saindo no Público e na Pública. Isto para os leitores/visitantes malandros :-) que não compraram o jornal durante o mês de Agosto.
Os livros que aqui se apresentam foram divulgados no dia 6 de Agosto (mas continuam lindos).
O Lanche do Senhor Verde
Texto e ilustração Javier Sáez Castán
Tradução José Colaço Barreiros
Edição Orfeu Negro
48 págs., 14 euros 
Há seis homens nesta história, cada um de sua cor: azul, amarelo, púrpura, castanho, preto e verde. Habituados a não ver para além daquilo que conhecem e em que acreditam, irão deslumbrar-se com a descoberta que o Senhor Verde com eles partilhará num convite pouco habitual para lanchar. O anfitrião acabara de descobrir um letreiro (em latim) que dizia: “Aviso aos senhores-cor: ousarão descobrir a verdadeira cor das coisas? Transponham a porta e vê-la-ão. Atentem, porém: esta é uma viagem sem retorno.” O que eles viram terá de ser o leitor a descobrir, mas fique certo de que valerá a pena. O Lanche do Senhor Verde revela várias referências “à arte do pintor surrealista René Magritte”, como Javier Sáez Castán explicou quando esteve em Beja na última edição das Palavras Andarilhas. Este autor-ilustrador espanhol também assina a original obra Animalário do Professor Revillod. Reflexão final do autor: “As cores muitas vezes passam-nos despercebidas, porque não costumamos reparar na dádiva maravilhosa que elas representam.” É verdade.

Contos de Perrault para Crianças Aventureiras
Texto Alice Vieira
Ilustração Carla Nazareth
Edição Oficina do Livro
54 págs., 13,90 euros
Depois de Contos de Grimm para Meninos Valentes e de Contos de Andersen para Meninos com Medo, Alice Vieira reconta agora quatro histórias de Perrault, duas delas muito conhecidas, as outras duas nem tanto: O Barba Azul e A Bela Adormecida; Pele de Burro e Riquinho do Penacho. Sem deixar de ser fiel ao espírito fundador dos contos, a autora imprime-lhes o seu estilo descontraído e irónico. Tudo numa escrita simples (mas não simplista) e criativa. Carla Nazareth continua a ser uma bela companhia nesta colecção. Com ilustrações expressivas que sempre acrescentam pormenores e novas leituras às narrativas. Um bom livro para aventureiros, mesmo que saibam à partida que o Barba Azul será derrotado e que a Bela Adormecida acabará por despertar.
(Obrigada a todos por não desistirem de visitar o blogue Letra pequena, mesmo quando não é actualizado com a frequência desejada, tanto por quem está desse lado do ecrã, como por quem vos espera deste.)

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